quarta-feira, 20 de junho de 2012

Joguinho dos 6 erros. Lembram?


quadrilhas

DO GENTE DECENTE

A MÃE DO PAC E A GESTORA DA LOJINHA DE 1.99

Do BLGO DO JOSIAS - Folha - Uol

Texto do TCU fulmina fama de gestora de Dilma


O Tribunal de Contas da União enviou ao Congresso um relatório que aniquila a decantada fama de boa gestora atribuída a Dilma Rousseff. O texto analisa as contas do governo referentes a 2011, primeiro ano da administração da sucessora de Lula. Aponta problemas gerenciais em vários setores do governo.
Graças à debilidade gerencial, apenas 20% das ações prioritárias previstas na Lei de Diretrizes Orçamentárias foram efetivamente executadas. O texto foi entregue ao presidente do Senado e do Congresso, José Sarney. Redigiu-o o ministro José Múcio Monteiro.
O mesmo José Múcio que, antes de ser alçado a uma poltrona do TCU, serviu ao governo Lula como ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. Nessa época, Dilma respondia pela Casa Civil.
No pedaço do relatório dedicado à análise da qualidade dos gastos públicos, o TCU revelou um quadro preocupante. Identificou deficiências de planejamento e de monitoramento das ações do governo.
Realçou que o Orçamento da União traz na rubrica de 'restos a pagar' somas muito altas. Uma evidência de que a execução de projetos que deveriam ter sido implementados no ano passado foram postergados para 2012.
Sugere-se no documento que o governo faça o óbvio: municie-se de indicadores capazes de aferir com precisão a eficiência de suas ações. Recorda-se no texto que foi criado em 2010 o SIC (Sistema de Informação de Custos). O tribunal manifesta a esperança de que a coisa funcione.
Detectaram-se problemas no ritmo de execução das obras do PAC. Por exemplo: prevista inicialmente para 2014, a conclusão de empreendimentos como a hidrelétrica de Belo Monte e o Trem-bala, foi empurrada para 2019.
Num instante em que o PIB, roído pela crise financeira internacional, clama por investimentos, o TCU constatou que os atrasos no PAC não são isolados. Na transição do PAC 1 de Lula para o PAC 2 de Dilma, reprogramaram-se os prazos. Nas obras do estratégico setor de transportes, por exemplo, houve um adiamento médio de 437 dias por ação.
Deve-se o fenômeno, na avaliação do TCU, à incapacidade do governo de gerir obras de vulto. Os projetos básicos, usados como referência nas licitações, são precários. Em consequência, as obras ficam sujeitas a revisões que esticam o cronograma e elevam os custos.
O documento do TCU apontou problemas gerenciais também nas obras da Copa-2014 –"situações não condizentes com o planejamento e os cronogramas traçados." Afora o risco de elevação do custo dos projetos, menciona-se a possibilidade de alguns deles não serem concluídos a tempo.
O relatório anota um dado alvissareiro: até maio de 2012, a correção de erros detectados na execução das ações governamentais produziu uma economia para o Tesouro de cerca de R$ 500 milhões. O diabo é que a economia é atribuída ao esforço dos auditores do tribunal, não à prevenção do governo.
O TCU menciona ainda problemas nas concessões do setor elétrico. Mercê da falta de planejamento, ainda não foram definidas as diretrizes que nortearão a renovação de contratos que expiram em 2015. Envolvem 37 das 63 distribuidoras de energia do país. Estão em jogo 18% de toda a geração de energia elétrica do país e 84% da rede básica de transmissão.
Não é só: aponta-se a ausência de consolidação dos planos setoriais do setor de transportes. Encontram-se pendentes de conclusão o Plano Aeroviário Nacional, o Plano Nacional de Logística Portuária e o Plano Hidroviário Estratégico. Dessas iniciativas depende, no dizer do TCU, "o equilíbrio da matriz de transporte de cargas."
Há mais: o ano de 2011 chegou ao fim sem que o governo tivesse trazido à luz os planos de desenvolvimento das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Coisas previstas na Constiuição. Na linguagem empolada do relatório, a ausência de tais planos impede o governo de agir "de forma organizada e pautada por diagnósticos e objetivos acurados, com a identificação adequada das necessidades de cada área e das ações que possam contribuir para atendê-las."
Há pior: pelas contas do TCU, a renúncia de receita do governo cresceu em 2011 notáveis 30%. Foi à casa dos R$ 187,3 bilhões. Uma cifra que ultrapassa a soma dos gastos nas áreas de saúde, educação e asssitência social.
Tudo isso sem que o governo disponha de indicadores capazes de medir a eficiência da aplicação dos benefícios fiscais e o impacto da renúncia no crescimento da economia.
O relatório sugere à Casa Civil, hoje chefiada pela senadora licenciada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que se preocupe com um detalhe adicional sempre que enviar ao Congresso projetos ou medidas provisórias que concedam novos benefícios tributários ou elevem os já existentes. Convém incluir nas propostas, ensinou o TCU, metas e indicadores que permitam avaliar os efeitos dos benefícios.
Tomado em seu conjunto, o documento do TCU converte em lero-lero eleitoral aquela pregação segundo a qual Dilma irradiaria para todo o governo a suposta genialidade gerencial que levou Lula a escolhê-la como sua candidata na sucessão de 2010.
- Serviço: Aqui, a íntegra do relatório do TCU.
DO GENTE DECENTE

Dora Kramer - Estadão - Desafio ao Estado


dora_kramerDe um lado, a transferência - "por exposição junto à criminalidade" - do juiz Paulo Augusto Moreira Lima da 11.ª Vara Federal em Goiás para instância distante do processo.
Moreira Lima foi o responsável pela decretação da prisão de Carlos Cachoeira, pela autorização à Polícia Federal para interceptar telefonemas de suspeitos de integrar a quadrilha e pediu afastamento devido a ameaças diretas e indiretas a si e sua família.
A procuradora Léia Batista, que atua no caso pelo Ministério Público de Goiás, também se sente ameaçada e pediu ao Conselho Nacional de Justiça que tome providências para garantir-lhe a segurança.
De outro lado, as decisões do juiz Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (Distrito Federal e Goiás, entre outros Estados), que provavelmente têm fundamentação jurídica não obstante deem margem a questionamentos por parte de seus próprios pares.
Tourinho Neto tem sido generoso com a defesa de Cachoeira: determinou cancelamento de depoimento do réu na Justiça, deu voto como relator a favor da ilicitude das escutas da PF e decretou a libertação do acusado que só continuou preso por força de mandado decorrente de outro inquérito policial.
No meio disso, uma CPI bamba, perdida em minúsculas picuinhas de natureza partidária e, se não se cuidar, em via de entrar para o rol dos suspeitos.
Por ação, omissão ou interpretação condescendente sobre a higidez do Estado de direito, se acumulam sinais de que o bando pode ser bem-sucedido nas investidas para obstruir a ação da Justiça e celebrar contente a impunidade no final.
Evidencia-se também o caráter mafioso da organização criminosa alvo de três inquéritos policiais, um processo judicial em curso e uma comissão parlamentar de inquérito composta por deputados e senadores.
Por que falar em máfia? Porque é do que se trata: empresa de fins criminosos que busca dar feição legal aos negócios mediante infiltração no Estado e cooptação de agentes públicos e privados. Movimenta-se com desenvoltura nos subterrâneos das instituições e usa de violência.
Nos contornos até agora conhecidos da rede montada por Carlos Augusto de Almeida Ramos, cuja qualificação como mero "contraventor" soa amena, faltava o fator violência.
Não falta mais. O juiz Moreira Lima, no ofício em que denuncia as pressões à presidência do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, fala em "homicídios" cometidos pela quadrilha por ele investigada.
A própria existência dessas ameaças remete ao caso da juíza Patrícia Acioli, assassinada por sua atuação em processos envolvendo policiais integrantes de milícias no Rio de Janeiro.
Evidente, pois, que a CPI que investiga o esquema Cachoeira e suas ramificações está diante de algo grande.
Tão grande que a comissão só tem um caminho: suspender as tentativas de proteger esse ou aquele grupo e retomar os trabalhos na próxima semana com a seriedade, compreendendo o que se passa debaixo de seu nariz.
Ou faz isso e prossegue nas investigações para valer apesar dos pesares que porventura venham a pesar sobre parlamentares, governadores, prefeitos, empresários e quem mais esteja envolvido, ou a comissão de inquérito terá sido cúmplice.
Qualquer recuo a partir de agora pode significar o acobertamento de ações do crime organizado dentro do Congresso Nacional e uma gravíssima agressão às instituições.
O que está em jogo é a autoridade do Estado, desafiada quando funcionários públicos são ameaçados no exercício de quaisquer funções, mais ainda se estas dizem respeito a apuração de crimes contra o poder público e nas entranhas dele.
Não é o juiz quem tem de se afastar em nome de sua segurança, mas o Estado que precisa lhe garantir a vida, prender os autores das ameaças e assegurar condições para o desbaratamento dessa máfia.
Qualquer coisa diferente disso equivale a transferir aos bandidos um poder de decisão que não lhes pertence e pôr de antemão o juiz (ou juíza) substituto sob suspeita ou risco de morte.

Reynaldo-BH: ‘De que barro é feito Lula?’


REYNALDO ROCHA
De que barro é feito Lula? O que o motiva a viver? O que deseja deixar como legado, ao país e aos descendentes?
Assusta-me menos o fato político do que a sociopatia de Lula da Silva.
O PT aliar-se a Maluf (o próximo será Chalita), impor Humberto Costa no Recife, impedir legítimos candidatos no RJ e ser garçon em Belo Horizonte não é mais novidade. A rigor, é mais do mesmo. Um partido que obedece fielmente à voz de comando do dono, como cão amestrado. Que me desculpem os cães…
O PT que nasceu como alternativa à política tradicional, agregando Igrejas, intelectualidade, operariado e estudantes conseguiu o impensável: contaminar TODOS esses segmentos sociais.
As Igrejas (de diversas denominações) descobrem que o caminho das pedras no mar de lama é ter o profeta Lula como guia. E dá-lhe concessões de TV, propagandas oficiais e acordos feitos em templos.
Os intelectuais lutam para defender o indefensável. Torturam argumentos, abusam de uma reputação que já não têm na área acadêmica, se encastelam em Universidades públicas transformadas em púlpitos para discursos sonolentos e embolorados.
O operariado renunciou às lutas – e greves – para disputar cargos com as facas nos dentes. Repartem o butim de impostos sindicais. Criam sindicatos fantasmas como um imenso laranjal.
A UNE (ou UNEA) vive de roubos identificados pelo Ministério Público – com projetos inexistentes na execução e reais no aporte de dinheiro público – e da venda de carteiras de estudantes.
E ainda se multiplicam as ONGS, instrumentos de roubos (não todas, claro) sequer imaginadas pelos aliados de Lula, Sarney e Collor. Se pudessem prever o que arrecadariam essas “organizações”, certamente teriam criado um sem número delas.
O que move LULA?
Não existe outra explicação que não o ódio, inveja e sentimento de menos-valia. Doentio.
Acossado por delírios persecutórios, elege como alvos Arthur Virgílio, Tasso Jeiressati, Marconi Perrillo (mesmo tendo que mandar ao inferno o tatibitate do companheiro Agnelo), FHC e José Serra.
Reduz as eleições de 2012 (que ocorrem em 5.507 municípios!) a uma disputa paroquial na maior metrópole brasileira. Com o objetivo único de derrotar José Serra e “desalojar os tucanos” de São Paulo. Fica claro que não conseguirão.
Insisto: isto é menor frente ao que Lula faz e como se mostra sem disfarces.
Está aliado aos mesmos que definiu – corretamente – como ladrões e corruptos.
Pensávamos, à época, que era por nojo ou desejo de mudanças. Não era. Era somente inveja: ele ainda não dispunha de poderes para controlar cofres, iludir eleitores e ser também um cínico de sucesso.
Já é.
Os fatos é que dizem.
É capaz de abraçar a quem o acusou de tentar matar a própria filha, obrigando a ex-companheira a fazer um aborto. Não só apertar-lhe a mão, mas solicitar apoio em nome da própria popularidade.
Agora aperta a mão ágil do mestre em usá-la para roubar o dinheiro público. Notadamente em território paulistano, onde Lula pretende que o apoio do parceiro faça a diferença em favor do candidato ungido pelo Imperador de São Bernardo.
E o faz sem sequer tapar o nariz. Não se importa com o mau cheiro.
Humilha-se a ponto de puxar uma comitiva em busca de apoio na residência do procurado pela polícia em todo o mundo. Com mandado de prisão ainda válido.
E deixa-se fotografar ao lado do meliante, que ainda encontra espaço para fazer um sinal de positivo, selando a rendição do lulopetismo sem direito a apelações.
Maluf merece o PT. E este merece Maluf. São feitos do mesmo barro.
Daqueles que são encontrados nos fundos das fossas sanitárias em meio a excrementos.
Barro fétido e de nenhuma utilidade. Contaminado. Não reciclável. Poluído. Podre.
Ao perder a vergonha e promover acordos espúrios à luz do dia, no covil do ladrão e aos olhos da imprensa, Lula atingiu o ápice. Da decadência.
Demonstrou o desprezo absoluto que devota aos brasileiros com vergonha na cara e aos valores que defendem.
Drummond dizia que a Itabira em que nasceu era somente uma foto na parede. E doía.
Esta foto sequer serve para prontuário policial. Maluf já tem a própria nos arquivos da Interpol.
Serve, quando muito, para que lulopetistas e milicianos sejam acionados para defender o indefensável.
Estes ao menos não renegam ideias anteriores. Nunca tiveram.
E demonstra que as que Lula dizia representar não passavam de mentiras oportunistas de quem jamais teve apreço real pela ética.
Não é uma foto. É um quadro de horror. E nojo.
POR AUGUSTO NUNES
REV VEJA

Em 30 grandes cidades, PSDB lidera em 6

Blog mostra pesquisas em 17 capitais e 13 municípios grandes
Nesse universo, PT está na frente em 4 disputas para prefeito
A campanha eleitoral para prefeitos e vereadores neste ano está só começando, mas já há pesquisas de opinião de voto relativamente recentes em 30 grandes cidades brasileiras. Nesse universo, o PSDB está na frente em 6 disputas. É seguido pelo PT, com 4 candidatos favoritos.
O conceito de “candidato favorito” é usado quando o político está em primeiro lugar isolado, à frente dos demais concorrentes e fora da margem de erro da pesquisa.
No caso dos tucanos, a posição de favoritismo ocorre no momento em 4 capitais e em 2 grandes cidades –entre as que têm mais de 200 mil eleitores.
No PT, os favoritos estão em 2 capitais e 2 cidades grandes.
As 30 cidades que são analisadas neste post tem um total de 21,9 milhões de eleitores –o equivalente a 15,6% do eleitorado brasileiro, segundo informa o repórter do Blog e do UOL Fábio Brandt.
O Brasil tem um grupo de cidades politicamente mais significativo, o chamado G83: são 26 capitais e 57 cidades com mais de 200 mil eleitores. Esse grupo tem 50,5 milhões de eleitores, o que representa 36% do eleitorado brasileiro.
O Blog acompanhará todas as pesquisas que forem divulgadas neste ano. Aqui, o levantamento com tudo o que já está disponível.
Quando se considera as pesquisas já publicadas (todas registradas na Justiça Eleitoral), o confronto entre PSDB e PT está como mostra o quadro abaixo:
O desempenho do PSDB nas pesquisas tem relevância política maior que a do PT por causa da vantagem na cidade de São Paulo.
Com São Paulo, tucanos são favoritos (isolados em 1º lugar) em cidades que somam 10,2 milhões de eleitores, segundo as estatísticas do eleitorado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes a maio de 2012. Sem a capital paulista, as outras 5 cidades tucanas têm juntas 1,6 milhão de eleitores –menos que os 2,8 milhões de eleitores das 4 cidades nas quais petistas são favoritos.
Levantamento
O Blog procurou as sondagens mais recentes sobre as eleições nas 26 capitais e nas 57 outras cidades com mais de 200 mil eleitores (as que podem ter segundo turno). A soma hoje do G83 cresceu na comparação com a última eleição municipal, de 2008, quando havia só 79 cidades nessa categoria –era só G79.
No momento, 30 municípios do G83 têm pesquisas divulgadas a partir do fim de abril. Para os outros não há dados disponíveis ou são muito defasados.
Além de PSDB e PT, também têm favoritos nesse grupo de 30 cidades grandes os seguintes partidos: PSB (Belo Horizonte e Cuiabá), DEM (Salvador e Aracaju), PDT (Natal), PSOL (Belém), PTB (Santo André), PC do B (Olinda), PMDB (Mauá e Sorocaba), PPS (Ponta Grossa), PSD (Mogi das Cruzes) e PV (Palmas).
Em outras 7 cidades há empate técnico entre 1º e 2º colocados, portanto não se pode falar em favorito. O Blog considera esses “candidatos competitivos”, pois têm chances de vitória.

Projeção
Quando se leva em conta as 23 cidades que não apresentam empate técnico nas pesquisas, pode-se comparar o cenário atual dos partidos com o resultado que podem conseguir nas eleições de 7 de outubro.
Esses 23 municípios têm 21,3 milhões de eleitores. O partido que controla a maior parte é o PSD (8,9 milhões; sendo que os 8,6 milhões de São Paulo é que fazem essa conta ser tão alta), seguido por PT (2,9 milhões), PTB (2,5 milhões), PP (2,3 milhões), PSB (1,8 milhões), PSDB (909,7 mil), PC do B (669,4 mil), PV (528,3 mil), PDT (382,3 mil) e PMDB (330 mil).
Se o resultado das pesquisas atuais coincidir com o das eleições, esse cenário passará a ser o seguinte: PSDB (10,2 milhões, incluindo São Paulo), PT (2,8 milhões), PSB e DEM (2,2 milhões), PSOL (1 milhão), PMDB (720,3 mil), PTB (554 mil), PDT (528,3 mil), PC do B (307,4 mil), PSD (278 mil), PPS (226,1 mil) e PV (151,2 mil).
É sempre prudente enfatizar que os cenários testados pelas pesquisas ainda podem mudar. Um dos motivos é que os partidos têm até 30.jun.2012 para escolher quais candidatos vão lançar neste ano. Fora isso, ainda é possível haver desistências e alianças de última hora.
Abaixo, lista com nomes e partidos dos prefeitos atuais das cidades do levantamento:

Eleição 2012
Segundo os dados mais recentes do TSE, referentes a maio de 2012, o Brasil tem 140 milhões de eleitores. Mas só 138 milhões estão aptos a votar em 2012 porque Brasília (1,8 milhão de eleitores) e Fernando de Noronha (1,8 mil eleitores) não têm prefeitos nem vereadores. E os eleitores residentes no exterior (228,7 mil) só podem votar para presidente.
Dos 140 milhões de eleitores, 50,4 milhões (36%) vivem nas capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores. As eleições nessas localidades podem ser decididas no 2º turno se nenhum candidato tiver mais da metade dos votos válidos, que são os votos dados a candidatos (nulos e brancos não são válidos). Em cidades menores, a disputa termina obrigatoriamente no 1º turno.
As únicas capitais com menos de 200 mil eleitores são Boa Vista (183,6 mil) e Palmas (151,2 mil). Não têm segundo turno, mas têm importância política pelo fato de serem capitais.
Banco de dados
Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.
Em 2012 o Blog continua a compilação de pesquisas, já disponível aqui.
DO B. DO FERNANDORODRIGUES-UOL

Erundina "petralhou" e, agora, quer mídia para aparecer.


Luiza Erundina, é a mesma de sempre. Mesmo depois de levar um "pé na porta da frente" bunda" do PT vem de renascer das cinzas numa chapa "arranjada" para tentar eleger o Haddad do "kit gay".
Neste particular até que os dois se entendem, mas o que não se entende é a fingida reação de Erundina contra o apoio de Maluf à sua campanha.
Quando foi defenestrada por Lula, seus asseclas e prepostos, ela também fingiu revolta contra o PT, mas seu vínculo umbilical jamais  deixou de existir.
Como coisa ruim se cerca de coisa ruim, dessa vez, Erundina que sempre sonhava voltar ao PT pela "porta da frente" se viu na oportunidade de ser apenas uma coadjuvante na tentativa de alavancar a campanha de um político neófito e de uma incompetência à toda prova.
Para fazer charme, alegou haver discordado da aliança firmada pelo PT com o PP de Paulo Maluf (chegou até a dizer que o PT estaria dando um tiro no pé), mas, como todo petista para o qual o fim justifica os meios, a deputada já afirmou que segue firme na disputa.
"Não sou de recuar", disse Erundina, em entrevista concedida à Rede Brasil Atual.
O que esperar de gente assim, dissimulada?
DO B. DO MARIO FORTES

Foto de Lula e Maluf provocou repulsa, afirma Erundina

Por Christiane Samarco, no Estadão:
A deputada Luiza Erundina (PSB) afirmou nessa terça-feira, 19, que a foto em que Lula e Fernando Haddad aparecem ao lado de Paulo Maluf nos jardins da casa do deputado do PP em São Paulo “provocou repulsa”. “Fui bombardeada nas redes sociais”, afirmou a deputada federal, ao comentar decisão de não aceitar mais ser vice do petista na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
A foto do ex-presidente Lula com o deputado Paulo Maluf nos jardins pesou na decisão?
A aliança com esse sistema político exaurido que está aí é norma mesmo quando não há identidade ideológica. Mas a foto provocou repulsa, uma reação em cadeia. Fui bombardeada nas redes sociais.
Lula agiu mal ao fazer o gesto de visitar o ex-prefeito Maluf em sua casa?
O gesto de Lula foi ruim. Nós que temos história de militância temos responsabilidade de qualificar o processo eleitoral, temos que ter um cuidado para não estragarmos a prática política.
O que a senhora quis sinalizar com a sua saída da chapa?
Engrandecer este homem no momento em que queremos passar a limpo o regime militar, o regime da ditadura, não dá, não dá. O Maluf atuou na ditadura e quando eu fui prefeita, 22 anos atrás, encontrei uma vala clandestina no cemitério de Perus, com 1049 corpos, sendo cinco corpos de desaparecidos políticos… Subir no palanque com ele, não vou.
Não dava para permanecer na chapa…
Não permanecer na chapa é não aceitar a lógica política do vale-tudo que predomina no país todo. Isso só se resolve com reforma política, mas política tem um simbolismo. Eu faço política com uma preocupação de ordem pedagógica. Tanto podemos educar como deseducar. Nós da geração que está passando não podemos aceitar práticas políticas condenáveis que afastem a juventude do processo político.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

Lula de braços dados com o “símbolo da pouca-vergonha nacional”

Leia editorial do Estadão:
A vingança maligna de Maluf
Perto das imagens que estavam ontem na primeira página dos principais jornais do País, o fato de o PT de Lula ter ido buscar o apoio do PP de Paulo Maluf à candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo chega a ser uma trivialidade. O chocante, pela abjeção, foi o líder petista se dobrar à exigência de quem ele já chamou de “ave de rapina” e “símbolo da pouca-vergonha nacional”, indo à sua casa em companhia de Haddad, e posar em obscena confraternização, para que se consumasse o apalavrado negócio eleitoral.
Contrafeito de início, Lula logo silenciou os vagidos íntimos de desconforto que poderiam estragar os registros de sua rendição e cumpriu o seu papel com a naturalidade necessária, diante dos fotógrafos chamados a documentar o momento humilhante: ria e gesticulava como se estivesse com um velho amigo, enquanto o anfitrião, paternal, afagava o candidato com cara de tacho. Da mesma vez em que, já lá se vão quase 20 anos, colocou Maluf nas “nuvens de ladrões” que ameaçavam o Brasil, Lula disse que ele não passava de “um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão”. Nunca antes - e talvez nunca depois - o petista terá errado tanto numa avaliação.
Criatura do regime militar, desde então com uma falta de escrúpulos que o capacitaria a fazer o diabo para satisfazer as suas ambições de poder, prestígio e riqueza, Maluf aprendeu a esconder sob um histrionismo não raro grotesco a sua verdadeira identidade de homem que calculava. As voltas que o País deu o empurraram para fora do proscênio - menos, evidentemente, no palco policial -, mas ele soube esperar a ocasião de mostrar ao petista quem era o bobo alegre. A sua vingança, como diria o inesquecível Chico Anísio, foi maligna. Colocou de joelhos não o Lula que desceu do Planalto para se jogar nos braços do povo embevecido, deixando lá em cima a sucessora que tirara do nada eleitoral, mas o Lula recém-saído de um câncer e cuja proverbial intuição política parece ter-se esvanecido.
Nos jardins malufistas da seleta Rua Costa Rica, anteontem, o campeão brasileiro de popularidade capitulava diante não só de sua bête noire de tempos idos, mas principalmente da patologia da sua maior obsessão: desmantelar o reduto tucano em São Paulo, primeiro na capital, na disputa deste ano, depois no Estado, em 2014, para impor a hegemonia petista ao País com a reeleição da presidente Dilma ou - por que não? - a volta dele próprio ao Planalto, “se a Dilma não quiser”. Lula não é o único a acreditar que, em política, pecado é perder. Mas foi o único a dizer, em defesa das alianças profanas que fechou na Presidência, que, se viesse a fazer política no Brasil, Jesus teria de se aliar a Judas.
Não se trata, portanto, de ficar espantado com a disposição de Lula de levar a limites extravagantes o credo de que os fins justificam os meios. O que chama a atenção é a sua confiança nos superpoderes de que se acha detentor, graças aos quais, imagina, conseguirá dar a volta por cima na hora da verdade, elegendo Haddad e sufocando a memória da indecência a que se submeteu. Não parece passar por sua cabeça que um número talvez decisivo de eleitores possa preferir outros candidatos, não pelo confronto de méritos com o petista, mas por repulsa à genuflexão de seu patrono perante a figura que representa o que a política brasileira tem de pior.
Lula talvez não se dê conta de que a maioria das pessoas não é como ele: respeita quem se respeita e despreza os que se aviltam, ainda mais para ganhar uma eleição. Ele tampouco se lembrou de que, em São Paulo - berço do PT -, curvar-se a Maluf tem uma carga simbólica incomparavelmente mais pesada do que adular até mesmo um Sarney, por exemplo. Não se iluda o ex-presidente com o recuo da companheira de chapa do candidato, a ex-prefeita Luiza Erundina, do PSB. Ontem ela desistiu da candidatura a vice, como dera a entender na véspera ao dizer que “não aceitava” a aliança com Maluf. Razões outras que não o zelo pela própria biografia podem tê-la compelido, no entanto, a continuar apoiando Haddad. Já os eleitores de esquerda são livres para recusar-lhe o voto pela intolerável companhia.
Por Reinaldo Azevedo