quarta-feira, 6 de junho de 2012

Supremo marca julgamento do mensalão para o dia 1º de agosto


Atualizado às 19h41.
O STF (Supremo Tribunal Federal) bateu o martelo nesta quarta-feira e decidiu que o julgamento do mensalão começará no dia 1º de agosto deste ano. A expectativa é que o caso deverá se estender pelo mês de setembro.
Com isso, ministros descartaram definitivamente a possibilidade de realizar sessões extraordinárias em julho para analisar o caso. A decisão de condenar ou absolver os 38 réus, por sua vez, deverá sair, na melhor das hipóteses, em meados de setembro, semanas antes do primeiro turno das eleições municipais deste ano.
Durante reunião administrativa realizada no gabinete do presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, os ministros decidiram, por unanimidade, estabelecer o calendário começando em agosto, mas afirmaram que isso somente acontecerá se o revisor da ação penal do mensalão (AP 470), Ricardo Lewandowski, liberar seu voto até o final de junho.
O gabinete de Lewandowski comunicou oficialmente que sua revisão será, sim, liberada ainda neste mês, mas não definiu a data exata para que isso aconteça.
APOSENTADORIA
A intenção de realizar o julgamento ainda neste ano visa possibilitar a participação de dois ministros que estão prestes a se aposentar: o próprio Ayres Britto, que completa 70 anos em novembro, e Cezar Peluso, que terá de deixar a Corte na metade do julgamento, no início de setembro, pela mesma razão do colega.
Apesar de o calendário permitir que Peluso ainda participe da análise do mensalão, na prática será difícil de isso acontecer.
Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal, o ministro tem comentado que sua participação não é certa. Peluso já afirmou que existe uma vantagem financeira no valor da aposentadoria para o ministro que deixa a Corte antes da data limite. Por conta disso, é quase uma tradição que os integrantes deixem o tribunal semanas antes de completar 70 anos.
Sua saída, porém, não inviabiliza o julgamento, mas poderia beneficiar os réus, caso seu voto seja pela condenação, pois com 10 ministros em plenário, o julgamento poderia terminar empatado. No direito penal, empates sempre contam a favor dos acusados.
Mesmo se ele quiser participar, terá que proferir seu voto praticamente na véspera de deixar o tribunal, no dia 3 de setembro.
CALENDÁRIO
Prevaleceu nesta quarta-feira o calendário proposto pelo integrante mais antigo do Supremo, ministro Celso de Mello.
O julgamento começará no dia 1º de agosto, uma quarta-feira, com um curto relatório elaborado por Joaquim Barbosa e a apresentação da denúncia por parte do procurador geral da República. A partir do dia 2 de agosto e até o dia 14 do mesmo mês ocorrerão sessões diárias com as sustentações orais dos advogados dos réus.
O voto de Joaquim Barbosa, portanto, só começará no dia 15 de agosto, a partir de quando o tribunal deixa de realizar sessões diárias, e julgará o caso nas segundas, quartas e quintas-feiras. O ministro já informou que seu voto tem mais de mil páginas. Questionado sobre quanto tempo precisaria para a leitura, o ministro disse que não sabe ao certo, mas, no mínimo, entre três e quatro sessões.
Se quatro dias forem necessários, Barbosa votará até o dia 23 de agosto, uma quarta-feira. É neste dia que começa o voto do revisor, ministro Ricardo Lewandowski, que também deverá levar pelo menos dois dias. Ele, portanto, deverá terminar de votar no dia 28 de agosto, uma segunda-feira. Somente a partir de então, mais exatamente na sessão seguinte, marcada para o dia 30 de agosto, é que os outros ministros poderão começar a se posicionar sobre o mensalão.
Apesar de ter data para começar, os ministros não estipularam uma data exata para que o julgamento seja concluído.
Barbosa, no entanto, avalia que a discussão deverá demorar ainda mais, por conta do que ele chamou de "incidentes processuais". Em outras palavras, ele aguarda uma série de questionamento por parte das defesas dos réus, que deverão ser feitas já no plenário do Supremo, atrasando seu final.
Uma delas já é certa. Márcio Thomaz Bastos deverá levar a plenário a questão que apresentou sobre o desmembramento da ação e que foi negada pelo relator. Bastos, no entanto, deverá levar aos demais ministros a discussão sobre a possibilidade de enviar à primeira instância todos os réus que não têm foro no Supremo.
Apenas os ministros Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Toffoli não participaram do encontro, porque já tinham viagem marcada. A participação de Dias Toffoli no julgamento também ainda é uma dúvida.
Por ter trabalhado para o PT e ter uma namorada que já defendeu um dos réus no processo, o ministro diz que ainda estuda a possibilidade de se declarar suspeito e não participar da análise do caso.
FONTE: FOLHA.COM

O contribuinte paga: Brasil financia aeroporto 
milionário... na África


Claudio Humberto
Por aqui está devagar, quase parando, mas Gana, na África, que não sediará Copa do Mundo ou Olimpíadas, ganhou financiamento de 174 milhões de dólares (R$ 350 milhões) do contribuinte brasileiro, através do BNDES, para construir o aeroporto internacional de Tamale, ao norte da capital, Acra. A construtora Queiroz Galvão tocará a obra, sob a responsabilidade da administração portuária estatal Ghana Airport.
Situação crítica
No Brasil, 17 dos 20 principais aeroportos estão em “situação critica”, segundo o Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Tá feia a coisa
O estudo do Ipea atestou também que os investimentos nos aeroportos do Brasil “foram inferiores à necessidade
Decadência
Obsoletos e com instalações arcaicas, doze dos nossos principais aeroportos operam acima do limite de sua capacidade, aponta o Ipea.
DO MOVCC

Opinião do Estadão: A greve nas federais e a incompetência petralha se alastram


A greve das universidades federais chega ao seu 20.º dia, com a realização de uma marcha de professores, em Brasília, para pressionar o governo a atender às reivindicações dos grevistas. Além de reclamar da defasagem salarial com relação a outras carreiras federais, a categoria exige mudança na estrutura de cargos, melhores condições de trabalho, incorporação de gratificações e unificação da carreira, com 13 níveis de remuneração e variação de 5% entre esses níveis.
Com base nos índices do Dieese, os professores pleiteiam ainda um aumento de R$ 1.597,92 para R$ 2.329,35 no piso salarial para o regime de 20 horas semanais. E também criticam o Programa de Apoio à Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, que foi lançado pelo presidente Lula em 2007. Segundo eles, a criação de novas instituições federais de ensino superior e a construção de novas unidades por instituições já existentes foram feitas às pressas, com salas lotadas, excesso de disciplinas, orientações pedagógicas conflitantes e ausência de laboratórios, de bibliotecas, de estrutura para pesquisa e de política de assistência ao estudante.
Quando a greve foi deflagrada, o ministro Aloysio Mercadante afirmou que não via sentido na paralisação, uma vez que o governo vinha cumprindo o acordo firmado no ano passado, que previa um reajuste de 4% nos salários dos professores das universidades federais e das instituições técnicas mantidas pela União. Em nota, o Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) alegou que o acordo de 2011 foi "emergencial". Disse que as autoridades educacionais haviam prometido negociar um novo plano de carreira. E pediram "o agendamento de reuniões com urgência", para evitar um impasse.
Mercadante dispôs-se a receber os líderes dos grevistas e alegou que a demora para o início das discussões foi causada pela morte, em janeiro, do secretário executivo do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, o principal negociador do governo. Contudo, a reunião marcada para a semana passada com o comando de greve e a direção do Andes foi cancelada a pedido do ministro da Educação, que alegou estar com "problemas de agenda".
Outra reunião prevista para esta semana com o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, também foi desmarcada. A justificativa foi de que a equipe econômica do governo tem de reavaliar sua posição, antes de apresentar uma contraproposta de reajuste salarial para o professorado. O Palácio do Planalto teme que todos os setores do funcionalismo federal, invocando isonomia, exijam o que for concedido aos professores. Os sindicatos dos servidores da União já acenaram com a possibilidade de promover uma greve geral ainda este mês.
A greve dos docentes começou na segunda quinzena de maio com a suspensão das aulas em 41 das 59 universidades federais. Quase três semanas depois, 49 universidades e 4 dos 40 institutos de ensino técnico e centros tecnológicos federais estão com as atividades suspensas. Até as principais universidades da rede – como as de São Paulo e do Rio de Janeiro – aderiram à paralisia. A maior de todas – a UFRJ – não entrava em greve desde 2001. As aulas também foram suspensas nas universidades que o governo do presidente Lula criou nas cidades onde estão os maiores redutos eleitorais do PT. É esse o caso, por exemplo, da UFABC, com sede em Santo André. Segundo o Andes, mais de 1 milhão de alunos estão sem aula, por causa da greve. No governo, a estimativa é de que a paralisação tenha atingido apenas 500 mil alunos. Convertida em entidade chapa-branca, a União Nacional dos Estudantes (UNE) limitou-se a emitir notas de apoio aos professores das federais, sugerindo que a receita a ser obtida com a exploração do pré-sal seja aplicada em educação.
O ensino superior foi um dos principais redutos do PT, durante anos. A greve está mostrando que, se o partido continua controlando o movimento estudantil, perdeu sua hegemonia entre as entidades docentes.
O título da matéria foi editado.
DO B. ABOBADO

Escola só tem um banheiro masculino para 800 alunos em Novo Gama, GO

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera
Um único banheiro masculino, com apenas um sanitário, é compartilhado por 800 alunos da Escola Estadual de Novo Gama, no município de Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal, a 177 km de Goiânia. Ao todo, a unidade tem 1.800 estudantes. Indignados, os alunos afirmam que esse não é o único problema da instituição. Segundo eles, não tem espaço para os livros da biblioteca, os computadores estão abandonados por falta de professor; e o prédio está cheio de rachaduras.
O estudante Natanael Fonseca conta que, mesmo durante o intervalo, muitos alunos não conseguem usar o banheiro. “A fila fica enorme e nem dá muito tempo de entrar porque só tem um banheiro dos homens e só um vaso”, diz o aluno.
No laboratório de informática, mais de 30 computadores novos nunca foram usados porque não existem professores para ministrar as aulas para os alunos. A estrutura da escola também está comprometida. São muitas rachaduras. As condições de estudo preocupam os alunos.
“A situação aqui está precária. É cerâmica quebrada, quadro rachado. A cadeira está ruim de sentar. Assim, é difícil de estudar”, afirma o estudante Matheus da Silva.
saiba mais
A Secretaria Estadual de Educação informou que as obras dependem da doação de um terreno e que estão previstas para iniciar ainda neste mês. Quanto ao uso do laboratório de informática, afirma, cabe à direção garantir aos alunos o pleno funcionamento deste espaço.
Unidade abandonada
Em Itumbiara, no sul do estado, a 209 km de Goiânia, a Escola Estadual Deolino Teixeira do Amaral, para alunos do ensino fundamental, foi desativada há mais de dez anos. Na época, a justificativa dada foi o baixo número de matrículas. Os estudantes tiveram de ser transferidos para outra escola estadual, que fica em um bairro vizinho.
A unidade, que havia sido inaugurada em fevereiro de 1986, ficou abandonada e agora o telhado corre o risco de desabar. A situação só não é pior porque um pedreiro está morando em uma casa, que fica no terreno da escola. “Estava muito sujo e com mato [o terreno]. Aí, eu limpei. Eu estou aqui há três anos”, diz o pedreiro Ricardo Rodrigues de Amorim.
O construtor Ênio Quirino de Oliveira, que mora perto da escola, reclama que o mato alto e os sinais de abandono favoreceram a proliferação de caramujos e escorpiões. “Eu coloquei umas galinhas ao lado para proteger um pouco dos escorpiões”, observa.
Lyceu de Goiânia
Fotos enviadas por uma telespectadora da TV Anhanguera mostram, que mesmo em Goiânia, há escolas em condições precárias. As imagens são da escola pública mais tradicional da capital: o Lyceu de Goiânia. O colégio estadual está todo pichado e em péssimo estado de conservação. Os atos de vandalismo chegaram também às salas de aulas, todas pichadas. Parte do muro caiu e o telhado da quadra de esportes está quebrado. O Lyceu de Goiânia faz parte da história e Goiânia e de Goiás. Personalidades ilustres da política, economia e de vários outros setores passaram por esta escola.
Problema antigo
O Ministério Público (MP) acompanha esses casos e tem estudos que indicam que mais de 600 escolas do estado precisam de manutenção. Segundo a promotora de Justiça Simone de Sá Campos, a situação da estrutura física das escolas de Goiás já é um problema muito antigo. “Não identificamos na secretaria [de Educação] um programa que trabalhe a prevenção da manutenção nas escolas”, observa.
Simone Campos comenta que o MP tentou com que a Secretaria de Educação assinasse um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir a manutenção permanente das escolas e estabelecer um cronograma de reformas emergenciais. Segundo ela, o secretário disse que não haveria necessidade do TAC e teria indicado dois outros projetos para solucionar o problema. Um deles seria a contratação, via edital, pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), de uma empresa para fazer a reforma das escolas.
DO G1

O coletivo, teoria e prática

                                                                           
Estranho esse projeto coletivo, que se resume à vontade intransigente de um homem.
O Estado de S.Paulo
Batendo cabeça na campanha municipal paulistana, os petistas, que gostam de se ver como os únicos representantes legítimos do povo, deveriam levar em conta o dito popular: pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto. Todo mundo sabe que a candidatura de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo foi imposta, de modo imperial, pelo chefão do partido, o ex-presidente Lula, à aspirante natural à posição, Marta Suplicy. Esta jamais engoliu a decisão autoritária e deu a prova definitiva disso ao "peitar" Lula, não comparecendo ao ato de lançamento oficial do candidato e justificando sua ausência com uma lacônica nota que eloquentemente omitiu o nome do ungido. Foi publicamente repreendida pelo presidente do PT paulista, Edinho Araújo, para quem ela erra ao não levar em conta que ela própria "é também fruto de um projeto coletivo chamado Partido dos Trabalhadores". "Projeto coletivo" como o da imposição da candidatura Haddad? Diante dessa gritante contradição entre o que o PT prega e o que faz, desentortar o pau será tarefa desafiadora até para os superpoderes de que Lula se julga possuidor.
Qualquer previsão, feita a quatro meses do pleito, é arriscado exercício de futurologia. Mas a candidatura Haddad tem tudo para se revelar um retumbante fracasso, pelo simples fato - admitido por lideranças municipais do partido - de que a militância petista, habituada às "discussões de base", tem grande dificuldade para aceitar o fato de que foi marginalizada no processo em curso. Inclusive porque a intervenção autoritária de Lula foi feita em prejuízo da forte liderança de Marta na periferia da cidade, onde o PT tem seus redutos mais importantes. Diante do argumento de que, se conseguiu persuadir o partido a aceitar Dilma, Lula também logrará viabilizar Haddad, lideranças petistas inconformadas com a situação ponderam que o ex-presidente teve o tempo a seu favor, três anos para "trabalhar", diuturnamente, dentro e fora do partido, a imagem daquela que viria a ser sua sucessora. Agora, corre-se contra o relógio.
Nessas circunstâncias, Marta Suplicy, como é de esperar de seu temperamento voluntarioso, dificilmente se disporá a prestar ao chefão a vassalagem que Haddad não se constrangeu de praticar quando, criticando-a veladamente pela ausência no evento partidário, afirmou que "quem não compareceu" perdeu a oportunidade de "estar com a militância do PT e, sobretudo, com o presidente Lula". Fica fácil de entender por que a ex-prefeita preferiu não dar o ar de sua graça.
Da mesma forma perdeu uma oportunidade para ficar calado Edinho Silva, que em entrevista ao Estado (4/6), chamou Marta de "mulher inteligentíssima, extremamente capaz"; garantiu que o PT nunca abrirá mão "da participação (dela) por tudo o que ela representa"; classificou-a como "uma liderança de primeira grandeza" e "a melhor prefeita da cidade de São Paulo". Só não explicou por que, diante de tantas e tão exuberantes qualificações, o PT preferiu optar pelo "novo", representado por uma figura sem a menor expressão eleitoral e tradição de liderança partidária, cuja passagem pelo Ministério da Educação foi pontilhada por polêmicas e lambanças.
É possível que daqui a quatro meses a cúpula petista tenha que se dedicar ao doloroso exercício de descobrir - ou admitir - onde errou no pleito paulistano. Mas, para Edinho Silva, no momento está claro que quem erra é Marta: "Poucas vezes na minha vida dentro do PT vi uma liderança política cometer erros tão graves do ponto de vista da formulação política".
E explorou o discurso do faça-o-que-digo-não-o-que-faço: "O PT representa um projeto coletivo.
(...) Esse projeto é construído desde as nossas lideranças de maior grandeza até os militantes de base, que estão lá no diretório zonal defendendo a bandeira do PT. Evidente que a Marta faz muita falta nesse processo. (...)
Se ela entrar, a candidatura do Haddad ganha outra musculatura.
Mas se ela infelizmente não entrar, por mais que fiquemos sentidos, vamos buscar a superação disso na força do projeto coletivo".

Estranho esse projeto coletivo, que se resume à vontade intransigente de um homem.
06 de junho de 2012

Sindicatos de servidores federais convocam greve para 11 de junho

Por Gabriel Castro, na VEJA Online:
Reunidos em assembleia, representantes de 31 entidades sindicais do serviço público federal decidiram nesta terça-feira iniciar uma greve geral no dia 11 de junho. Cerca de mil pessoas participaram da votação, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os trabalhadores cobram do governo um reajuste de 22,08%, o que equivale à inflação acumulada e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) desde 2010, quando foi dado o último aumento. O governo alega que não pode conceder reajustes gerais e diz que vai negociar apenas com categorias em que há distorções na folha de pagamento.
Uma comitiva dos funcionários chegou a se reunir nesta terça com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Valter Correia, mas não houve avanços. “Nós fomos lá cobrar uma evolução. Ele ficou de conversar com a ministra Gleisi Hoffmann”, diz Paulo Barella, um dos organizadores do protesto. O governo promete apresentar uma proposta até 31 de julho. Mas os sindicatos não estão dispostos a esperar. Dentre as categorias mais propensas a aderir à greve, estão os professores e funcionários de universidades federais (parte dos quais já cruzou os braços), os servidores dos ministérios e os funcionários do Judiciário.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA


Ministério da Saúde estuda forma oblíqua de legalizar e patrocinar o aborto. E o faz às escondidas, contra a vontade da sociedade. Dilma precisa saber que democracias não podem ter agenda secreta

Caras e caros, lancem este texto na rede e façam o debate. O Ministério da Saúde discute uma proposta verdadeiramente asquerosa na sua sanha para tentar legalizar o aborto por vias oblíquas. E Eleonora Menicucci, aquela, está no meio…
Se eu tivesse de escolher uma metáfora para a chamada política de redução de danos para os dependentes químicos, por exemplo, seria esta: “Vá lá e flerte com o demônio; você certamente conseguirá domá-lo”. A dita-cuja é considerada uma alternativa moderna e mais humana a um conjunto de ações contra as drogas, que vai da repressão a tráfico e  consumo ao tratamento médico propriamente dito. A “redução de danos” consiste em considerar o mal inevitável e em oferecer, então, condições mais seguras para experimentá-lo. ONGs que lidam com esse conceito, com o patrocínio do poder público, já distribuíram a viciados, por exemplo, kits com seringas para substâncias injetáveis e cachimbinhos para o consumo de crack. Na minha república, estariam todos na cadeia por incitação ao consumo de drogas. Por aqui, estão escrevendo artigos em jornais e integram programas públicos que lidam com viciados… Pois é! Agora, o conceito de “redução de danos”, de flerte supostamente civilizado com o mal, chegou ao aborto.
O Ministério da Saúde, acreditem os senhores, estuda uma forma de organizar na rede pública um atendimento pré-aborto, que se destinaria a orientar a mulher que quer interromper a gravidez sobre os melhores métodos para fazê-lo, preparando-a para a coisa e já agendando o atendimento pós-procedimento.
Dado que o aborto é crime fora das agora três exceções — estupro, risco de morte da mãe e feto com diagnóstico de anencefalia —, o Ministério da Saúde, segundo entendi, está querendo se estruturar para fornecer a expertise necessária à prática de um crime. Como o hospital público não pode fazer o aborto puramente eletivo, estaria atuando como o pré-atendimento dos açougueiros clandestinos de almas. A alternativa, segundo se entende de reportagem de Johanna Nublat na Folha de hoje, é a rede pública de saúde se transformar numa central de distribuição de um remédio abortivo. Leiam trechos. Volto em seguida.
*
O Ministério da Saúde estuda a adoção de uma política de redução de danos e riscos para o aborto ilegal. Trata-se de orientar o sistema de saúde a acolher a mulher decidida a fazer o aborto clandestino e dar a ela informação sobre riscos à saúde e métodos existentes. A ideia é polêmica porque pode envolver a indicação de métodos abortivos considerados mais seguros que outros, como o uso de misoprostol - princípio ativo do remédio estomacal Cytotec, amplamente usado em abortos, apesar de ter venda restrita.
“Como essa discussão é nova para nós, não fechamos o que seria um rol de orientação. Queremos estabelecer, até do ponto de vista ético, qual é o limite para orientar as equipes”, diz o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães. A ideia ainda está em fase de discussão interna, dentro de uma política maior de planejamento reprodutivo e combate à mortalidade materna. O modelo foi adotado pelo governo do Uruguai em 2004, como resposta ao alto número de mortes maternas decorrentes do aborto inseguro.
Tratada com cautela, a proposta foi abordada pela ministra Eleonora Menicucci (Mulheres), na semana passada, em um seminário sobre mortes maternas. Em 2011, morreram de janeiro a setembro 1.038 mulheres no parto e na gestação, número considerado alto. Em 2005, o governo estimava em 1 milhão os abortos induzidos anualmente, mas não há cruzamento com os óbitos. Menicucci e Magalhães dizem, por outro lado, que está mantida a posição de governo de não mexer na legislação que criminaliza o aborto. “Já temos a ideia de que isso não é crime, o crime é o ato em si”, diz o secretário.
(…)
Voltei
É tudo de um cinismo asqueroso. Magalhães, este monstro do pensamento jurídico, já tem “a ideia” de que crime é o ato em si, não a colaboração para a sua execução. Não é o que está no Artigo 29 do Código Penal, a saber:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Atentem para o “de qualquer modo”. A ingestão deliberada do misoprostol é só o método que vai conduzir à morte do feto — que é o crime. Recomendar a sua administração ou ministrar à mulher remédios preventivos, que a tornem mais apta a usar a droga abortiva, parece incidir de maneira cristalina no parágrafo primeiro desse Artigo 29.
É evidente que dona Menicucci — aquela que foi aprender a fazer aborto com as próprias mãos em clínicas clandestinas da Colômbia e que atuava num grupo que ensinava as mulheres a praticar o autoaborto — tinha de estar no debate dessa nojeira homicida. Ninguém precisa acreditar apenas em mim. Se vocês clicarem aqui, encontrarão um texto técnico, em inglês, sobre as condições de uso do Cytotec (misoprotol) e sua efetividade. Ele só é “recomendado” até a 12ª semana de gravidez. Em 70% dos casos, o aborto ocorre em até 12 horas, mas pode chegar a 72 horas, com contrações, hemorragias etc. Digam-me cá: esse atendimento pré-aborto ficaria devidamente registrado na ficha da mulher? Algo assim: “Recomendou-se nesta data que Fulana de tal ingerisse Cytotec ou introduzisse a droga na vagina…” Atenção! Nem a Organização Mundial da Saúde concluiu um estudo sobre o uso desse remédio com essa finalidade.
Número de mortes
Vocês se lembram que, até havia uns dois meses, afirmava-se em cena aberta que se praticavam no Brasil um milhão de abortos por ano, com a morte de 200 mil mulheres? Em fevereiro, peritos da ONU esfregaram esses números da cara de Dona Menicucci, cobrando providências, e ela os acatou. Nem poderia ser diferente, não é? Abortista e confessadamente aborteira, ela está entre aqueles que ajudaram a produzir essa farsa. Com dados do IBGE,
provei que esses números eram estupidamente mentirosos. O número de mulheres mortas estava sendo multiplicado por, deixem-me ver, 200!!! Vejam lá no texto da Folha. O governo insiste na falácia daquele milhão de abortos, mas o número de mulheres mortas caiu brutalmente, não é? De janeiro a setembro, 1.038 ocorrências na gestação e no parto. Atenção! Mesmo nesse universo, é impossível saber quantas pereceram em razão de abortos provocados.
Os terroristas do abortismo resolveram aposentar um dos números falaciosos (as 200 mil mortes, que nunca ocorreram), mas mantiveram o outro — os supostos 1 milhão de abortos provocados.
Agenda oculta
Vai mal o governo também nessa questão. Não gosto de agendas ocultas. Elas fraudam a democracia. Dilma era favorável à legalização do aborto. Disse isso mais de uma vez. Declarou ter mudado de opinião quando se fez candidata. A máquina de propaganda petista tentou operar o milagre de criminalizar — um escândalo moral!!! — quem dizia a verdade sobre a opinião do partido e da então candidata. O Tribunal Superior Eleitoral cometeu a vergonha de pôr a Polícia Federal no encalço de católicos que distribuíram panfletos sobre o tema, numa agressão arreganhada à liberdade de expressão.
Eleita, Dilma nomeou para o Ministério das Mulheres uma abortista fanática e aborteira confessa e mantém o tema como agenda permanente do governo, embora escolha sempre um caminho oblíquo.
O debate não é vergonhoso só por causa do mérito: o assassinato; o debate não é vergonhoso só por causa do estelionato eleitoral: Dilma disse que não daria curso a essa questão; o debate não é vergonhoso só por causa da covardia política: tenta-se a legalização da prática por vias tortas. O debate também é vergonhoso porque o atendimento à saúde no Brasil é um descalabro. Impor essa agenda a um serviço que larga os miseráveis em macas pelos corredores, em hospitais e postos de atendimento que são verdadeiros pardieiros, é um desses luxos a que só o fanatismo ideológico se consente.
E tudo por quê? Porque os “progressistas” não abrem mão de legalizar os assassinatos virtuosos. Numa democracia convencional — isto é, saudável —, a oposição tomaria a palavra nesta quarta no Congresso e obrigaria o governo a se explicar. A nossa vai ficar em silêncio porque não considera que este seja um tema relevante. A vanguarda da morte está assanhada. Cadê a vanguarda da vida? Se o governo quer legalizar o aborto, que tenha a coragem de fazer o debate às claras.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

E o espetáculo do fiasco continua.

Podem procurar:

Em 2010, diante do início da crise, o governo desta quadrilha abandonou suas estratpegias econômicas em meado de junho.
Manchetes de jornais atestam que a tática era:
ABANDONAR AS TÁTICAS EM 2010, PARA TENTAR SALVAR 2011.
2011 chegou.
Novamente em meado de junho, diante do fracasso do PIB, o amateigado ministro veio à publico para enaltecer o País Maravilha que seria 2012.
Repepito: EM MEADOS DE JUNHO.
2012 chegou cheio de pompa.
E qual a nova tática do partido quadrilha, também em meados de junho diante dos primeiros resultados do pibinho medíocre da Véia Petralha?
Esquecer 2012 e tentar salvar 2013.
Até quando essa quadrilha vai enganar os idiotas que ainda acreditam nesta corja?
RESPOSTA:
QUANDO A CRISE CHEGAR DE VEZ.
POIS ENTÃO,
VENHA CRISE!
                         Refrescando os neurônios da Véia.


Crise atual pode ser pior que a Grande Depressão, diz Lagarde
Em palestra para estudantes de Harvard, a diretora-gerente do FMI alertou sobre a ameaça de uma crise financeira global e falou da incapacidade de jovens para encontrar empregos decentes

Andréia Lago
agenciaEstadoWASHINGTON - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse hoje que o mundo enfrenta um dos momentos econômicos mais desafiadores desde os anos 1930.
Em palestra para estudantes universitários da Universidade de Harvard, Lagarde alertou que a crise na zona do euro ameaça espalhar outra crise financeira global e destacou a incapacidade de "75 milhões de jovens para encontrarem empregos decentes, aumentando as desigualdades que impedem que a sociedade permaneça unida". "(isso gera) um temor de que o motor da economia global não funcione mais como sempre funcionou no passado", explicou.
Lagarde disse aos estudantes da John F. Kennedy School of Government que a geração deles "enfrenta provavelmente a pior insegurança econômica em décadas, possivelmente pior até do que a da Grande Depressão".
"Eu realmente desejo que nossa geração possa deixar um legado melhor para vocês. Vamos nos concentrar nisso", afirmou Lagarde. As informações são da Dow Jones.

Assim como eu, a dona Lagarde aposta na crise. Ela tem medo da crise. Eu não.
Eu quero a crise.
Eu amo a crise.
Eu não vivo sem uma boa crise.
Pois então, festejemos a chegada da crise.
UÊÊÊÊÊÊBAAAAAAAAAAAAAA!
CHEGOU A VEZ DO CORO UNÍSSONO DOS IDIOTAS!

 
DO GENTE DECENTE

STF se reúne para discutir julgamento do mensalão

O presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Carlos Ayres Britto, convocou para hoje à tarde, depois da sessão plenária, uma reunião administrativa com os outros dez ministros da Corte. O encontro servirá, principalmente, para que Britto siga com o plano de julgar em breve o processo do mensalão. O presidente e os ministros planejarão como se dará o julgamento e, principalmente, quando ele se dará.
Igor Paulin
REV EPOCA

Que não falte cal no enterro do MST

O MST, cuja liderança reúne a escória ideológica mais arcaica do país (Che Guevara, Fidel, Mao e outros facínoras históricos são sua tardia inspiração, abençoada pela Teologia da Libertação), está com os dias contados. "Pol Pot" Stédile, seu dirigente que age como clandestino, deveria estar na cadeia por   destruir propriedades, plantações e centros de pesquisa agrícola em universidades e empresas, além de depredar o patrimônio público. A horda pseudo-camponesa por ele chefiada não passa de um exército de mercenários. Que a missa fúnebre pela morte do MST seja celebrada por Dom Tomás Balduíno, mentor da Comissão Pastoral da Terra (que tem por símbolo uma vetusta enxada) e inimigo da agricultura moderna.
Tornam-se mais evidentes, a cada novo levantamento sobre os conflitos agrários no País, as dificuldades que o Movimento dos Sem-Terra (MST) e outras organizações de defesa da reforma agrária enfrentam. Sua capacidade de mobilização cai de forma contínua e prolongada em todo o País.
Estudo divulgado nesta terça-feira, 5, pelo Núcleo de Estudos Pesquisas e Projetos da Reforma Agrária (Nera), vinculado à Unesp, mostra o seguinte: em 2003, primeiro ano do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram registradas no Estado de Minas 46 ocupações de terra. Em 2011 foram 23, a metade do número anterior. 
No mês passado, outro estudo, do mesmo Nera, havia retratado em Mato Grosso uma situação ainda mais dramática para esses movimentos. O texto dizia: ”Em 2003 foram registradas 30 ocupações de terra em Mato Grosso, mas desde então essas ações dos movimentos sociais têm diminuído constantemente, de forma que em 2009 foram registradas somente três ocupações no Estado e no ano de 2010 nenhuma ocupação foi registrada.”
Para onde quer que se apontem os indicadores e seja qual for o critério de aferição, a dificuldade irá aparecer. No mês passado, ao divulgar o relatório sobre conflitos no campo em 2011, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostrou um retrato nacional do problema. Disse que, entre 2003 e 2011, o número de acampamentos no País caiu de 285 para 30.
O MST surgiu em meados da década de 1980 e tem sido apontado como a principal organização do País em defesa da reforma agrária. Alguns estudiosos já disseram que se trata de um dos mais importantes movimentos sociais da história brasileira. Demonstrou enorme capacidade de mobilização nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso, quando reunia dezenas de milhares de pessoas para ocupações e grandes marchas pelo País. (Continua, num texto cheio de dedos - que é isto, Roldão Arruda?).
DO B. DO ORLANDO TAMBOSI

PSDB RESPONSABILIZA FILHOTE DE LULA PELA GREVE NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS.

Lula, o inventor de Haddad.
Lideranças do PSDB unificaram o discurso nesta terça-feira, 5, para atacar a greve de mais de 15 dias que atinge cerca de 80% das universidades federais do País, deixando mais de dois milhões de estudantes sem aulas. Para os líderes tucanos, o responsável por essa crise é o ex-ministro da Educação e atual pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. A atuação do ex-ministro, que chegou a ser classificada de "revolucionária" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista ao Programa do Ratinho, na semana passada, é considerada precária pelos tucanos e, por isso mesmo, deverá ser utilizada como alvo de críticas pela campanha do tucano José Serra.
A estratégia de utilizar a greve nas universidades federais para criticar a atuação de Haddad no Ministério da Educação mobilizou desde o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, e o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, até lideranças locais em São Paulo, como o vereador Floriano Pesaro. "Ele (Haddad) terá muito a explicar, até porque deixou o governo para disputar uma eleição", criticou Dias. Para o líder do PSDB no Senado Federal, durante o tempo em que Haddad foi ministro, não houve planejamento no setor e sobraram planos eleitoreiros: "Muito marketing para pouco resultado."
Em entrevista à Agência Estado, Sérgio Guerra classificou de "fraudulento" o programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), desenvolvido por Haddad quando era ministro. "(O programa) foi anunciado de uma forma que não se confirmou, é fraudulento. A universidade do ABC, com problemas de gestão e logística, teve evasão de 42% (dos alunos) no ano passado. A gestão dele não o credencia a ser prefeito nem sequer a continuar como ministro. O que ele desenvolveu, nem o ENEM nem o Reuni, não convence ninguém", disse o presidente nacional da sigla.
Para o vereador Floriano Pesaro, Haddad criou "universidades de papel", sem recursos e em locais que faltam até água. Ao listar os problemas enfrentados pelos estudantes em universidades de todo o País, o tucano destacou que a gestão de Haddad chegou a inaugurar, em Guarulhos, universidades sem salas de aula e sem infraestrutura. E questionou o projeto de vereadores do PT de condecorar Haddad com a medalha Anchieta, a mais alta honraria do município: "Tenho argumentado que isso é uma afronta aos professores das universidades federais, que estão 80% parados. Isso faz parte do marketing eleitoral do PT, sempre criando factoides, são cidades cenográficas."
Sérgio Guerra chegou a fazer um comparativo das gestões de José Serra, como ministro da Saúde, e de Haddad, como titular da Educação. "Se (Haddad) tivesse sido um ministro da Educação como o Serra foi da Saúde, teria sido perfeito." E garantiu que o tucano convenceu não apenas os aliados, mas também os adversários quando esteve no comando deste ministério. E continuou nas críticas ao petista: "A greve (das universidades federais) é uma marca registrada de Haddad." Em seguida, questionou a legitimidade da candidatura do afilhado político do ex-presidente Lula: "Haddad não tem legitimidade. Não foi escolhido em prévias. (Foi escolhido pela) falta de democracia do Lula." Do site do jornal O Estado de S. Paulo
DO B. DO ALUIZIO AMORIM

Humberto Costa, o candidato biônico do PT

BRASIL – PERNAMBUCO –
Eleições 2012
No meio das marchas e contramarchas entre Eduardo Campos e Lula, e apoio do PSB paulista a candidatura de Haddad a prefeito de São Paulo, o senador Humberto Costa acabou saindo candidato a prefeito do Recife, ungido pelo mensaleiro José Dirceu.
Dirceu, que fingiu até a última hora defender a candidatura de João da Costa em respeito à decisão da prévia, é o padrinho secreto de Humberto, que também futuro candidato a governador de Pernambuco.
A novela parece ter acabado, mas poderá ainda ter uma improvável reviravolta, caso Eduardo Campos não tenha sido um dos coautores do desfecho da trama e resolva endurecer.
Foto: Sérgio Lima/Folhapress
Humberto Costa saiu das trevas e do bolso do colete de Dirceu para ser candidato a Prefeito do Recife
O senador Humberto Costa será o candidato do PT a prefeito do Recife, por decisão da Executiva Nacional do partido reunida em São Paulo. A decisão é uma intervenção no Diretório do Partido em Pernambuco, por ordem de Lula e querer de José Dirceu.
João da Costa, o atual prefeito, participou e ganhou as prévias feitas pelo partido, em que disputou com o deputado Mauricio Rands, candidato do Governador Eduardo Campos.
Na primeira, anulada pela executiva, João da Costa ganhou por 500 votos, na segunda ganhou por WO já que Rands renunciou a postulação dias antes da realização da prévia.
A direção do partido avaliou que seria mais difícil uma intervenção caso João da Costa ganhasse outra vez pelo voto dos filiados do partido e mandou o adversário Rands renunciar propondo uma terceira via.
Por trás desse espetáculo democrático, está em jogo o apoio do PSB de Eduardo Campos ao candidato a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad.
Num xadrez político o governador joga olhando para o futuro. Tentou impor o primo de sua esposa Maurício Rands, como candidato a prefeito, para ter na eleição de governador um aliado ao candidato do seu partido, que provavelmente seria o Ministro Fernando Bezerra Coelho. Por um momento o Partido dos Trabalhadores, em troca do apoio fundamental a candidatura de Fernando Haddad a prefeitura de São Paulo, mostraram-se dispostos a rifar João da Costa, para entronizar o candidato de Eduardo.
Correndo por fora, e de olho no Palácio das Princesas, Humberto Costa, que já fizera campanha em favor de Maurício Rands, nas previas do partido e foi vaiado pelos partidários de João da Costa, ofereceu-se como terceira via, alertando que um candidato da cozinha do governador deixava Eduardo com cartas demais nas próximas eleições.
A trama deve ter sido urdida junto com Lula e José Dirceu, que como espião de duas caras apareceu hoje, na reunião da Executiva Nacional, defendendo falsamente a permanência da candidatura de João da Costa e funcionando como porta voz de Lula, dizendo que o presidente, por ser democrata, sic, era contra a intervenção.
Todo mundo e a torcida do Santa Cruz sabe, que se Dirceu estivesse a favor da permanência da candidatura de João da Costa, o seu cupincha Humberto Costa, não estaria nessa parada. Sabe-se também que se Lula fosse contra a intervenção, a intervenção não ocorreria.
Agora Eduardo vai ter que engolir Humberto Costa, como candidato, que vai fazer da candidatura trampolim para tentar sucedê-lo no governo do estado, tudo que ele não queria.
Por fim Humberto vai chegar dizendo que foi surpreendido pela decisão da Executiva Nacional, e que aceitará a candidatura como uma missão imposta pelo partido, com aquela cara de pau, que deu lhe deu.
O pior de tudo é que mesmo diante desse espetáculo grotesco protagonizado pelo PT em Recife, Humberto tem grandes chances de ser o vencedor.
Concorrerá com dezenas de candidatos, a maioria desconhecidos e inexpressivos, mas que servirão para pulverizar os votos dos insatisfeitos com os desmandos dos prefeitos petistas nos últimos dez anos.
Que Deus nos livre, mas se Mendoncinha do DEM, não for bem votado, possivelmente nem haverá segundo turno.
06.06.2012
DO R.DEMOCRATICA

A GANG DOS 40 E SEU CHEFE FICARÃO IMPUNES


Para ser divulgado pelos que ainda têm esperança de vivermos em um país livre dos chefes das gangs da corrupção e do suborno
A GANG DOS 40 E SEU CHEFE FICARÃO IMPUNES
(A SÍNDROME DO RABO PRESO)

O Supremo não pode parar para julgar o Mensalão. Temos de desmitificar o julgamento desse processo. Até parece que não temos mais nada importante na Corte para julgar, que essa é a primeira ação relevante submetida ao crivo do Supremo.
(Ministro Marco Aurélio)
Depois de lermos a entrevista do Ministro Marco Aurélio dada à Revista Consultor Jurídico - conforme ampla divulgação na Internet - devemos concluir que o STF realmente é controlado no submundo do poder pelos ex-presidentes FHC e Lula, que transformaram, respectivamente, este Tribunal Superior em lacaio do Poder Executivo e do projeto de poder do PT.
Nesta entrevista o ministro declara em relação ao Mensalão: “Até parece que não temos nada mais importante na Corte para julgar, que essa é a primeira ação relevante submetida ao crivo do Supremo.
Apenas esta declaração voluntária, após as investidas de Lula sobre outro Ministro, demonstra claramente que o Ministro Marco Aurélio, mesmo que já tenham se passado sete anos desde que o Procurador Geral da República qualificou essa gente sórdida como uma quadrilha comandada por José Dirceu, reduz o processo do Mensalão a um processo de menor importância, uma forma sub-reptícia de preparar o terreno para que o julgamento do Mensalão somente ocorra depois das eleições municipais, atendendo aos desejos sórdidos de Lula, ou mesmo ao longo de 2013, quando a maioria dos crimes cometidos estará legalmente prescrita favorecendo um novo mandato para o próprio Lula ou a reeleição de Dilma.
Provavelmente o Ministro não entende que continuar permitindo a prescrição dos crimes cometidos pela gang do Mensalão seguirá, vergonhosamente, desqualificando o STF como um Tribunal Superior que mereça um mínimo de respeito da sociedade, demonstrando que está envolvido até a cabeça com o projeto fascista do PT.
Para o Ministro uma gang que, além de disseminar de forma absurdamente criminosa a corrupção pelo poder público, subornou quase todo o Congresso Nacional influenciando decisivamente em quase todos os projetos aprovados pelos deputados e senadores durante os mandatos de Lula, merece um tratamento comum no seu julgamento.
Acreditamos que essa atitude espúria do Ministro visa não dar visibilidade aos métodos utilizados pelo representante do PT durante seus dois mandatos. Como permitir que um doutor Honoris Causa seja reconhecido pela sociedade como chefe ou cúmplice da gang dos 40, isto é, um meliante que poderá ter permitido que o Poder Público tenha sido transformado em um Covil de Bandidos?
Ou seja, a culpabilidade da gang dos 40 resultará, necessariamente, no reconhecimento coletivo que os mandatos de Lula foram decorridos em meio a fraudes de suborno de deputados e senadores e muitos outros crimes.
Evidentemente que o Ministro não é um ignorante ou um imbecil apesar de achar que talvez todos nós possamos ser assim qualificados, mas, simplesmente, ao ignorar o seu verdadeiro papel de magistrado de um Tribunal Superior, acaba, com suas declarações, de colocar sua toga a serviço dos interesses políticos mais nefastos para o país.
A sociedade, mesmo omissa, está convicta que se o Mensalão tivesse um correto tratamento jurídico pelo STF provavelmente Lula não teria conseguido se reeleger nem feito Dilma sua sucessora, afundando o PT nas águas comunistas fedorentas, lugar onde nasceu o projeto de aparelhamento do Estado para preparar o terreno para o Regime Fascista comandado pelo Poder Executivo. Depois do STF enrolar a sociedade durante mais de sete anos o Ministro Marco Aurélio ainda declara na sua entrevista: O que se quer? Um exame [do Processo do Mensalão] aligeirado pela rama?
A pergunta que fica é por que o Ministro Marco Aurélio está se colocando explicitamente como boi de piranha de uma sacanagem patrocinada pelo PT que afundará, definitivamente, o Poder Judiciário no mar da degeneração moral, e que tipo de compromissos tem com FHC e Lula que o fazem elaborar um juízo de valor tão obscuro e fora de propósito para reduzir a nada a importância que o julgamento do Mensalão tem para a sociedade, que já percebe o Poder Público como um Covil de Bandidos e o país como um Paraíso de Patifes?
O Ministro fala por si só ou pela maioria dos outros ministros tementes a FHC e Lula?
"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter da autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada". (Ayn Rand)
05/junho/2012
DO R.DEMOCRATICA