sábado, 14 de abril de 2012

Dadá e o submundo dos grampos


O ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica está por trás dos mais recentes escândalos da República.
Saiba quem o contratou, quais são seus operadores na polícia e no Ministério Público e como funciona o esquema do araponga

Claudio Dantas Sequeira
IstoÉ
Vídeo que reúne os principais trechos dos diálogos mantidos pelo araponga Dadá:
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ESPIÃO
Antes de virar araponga particular, Dadá prestou serviços à ditadura: foi infiltrado no MST e monitorou políticos
Em meio aos efeitos devastadores da Operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, arrastou para a lama o senador Demóstenes Torres e lança suspeita sobre dois governos estaduais e a empreiteira Delta, líder em contratos públicos, um personagem saiu da sombra: o espião Idalberto Matias de Araújo.
Conhecido como Dadá, ele tem 51 anos, é ex-sargento da Aeronáutica e está preso em uma unidade militar do Distrito Federal.
Dadá é apontado pela Polícia Federal como o principal articulador de uma ampla rede de gravações clandestinas que vem assombrando Brasília há pelo menos uma década.
Documentos e gravações telefônicas já analisados por delegados que estão à frente da Operação Monte Carlo indicam que as ações de Dadá extrapolam em muito os limites do esquema montado por Cachoeira e não têm coloração partidária ou ideológica.
ISTOÉ obteve, com exclusividade, documentos sigilosos sobre o araponga e conversou com amigos dele, ex-colegas de farda e do submundo da espionagem.
Em seu histórico de serviços oficiais prestados ao Estado durante três décadas, Dadá acumulou prestígio invejável dentro da comunidade de informações e fez amigos, muitos amigos, entre políticos, empresários, policiais, promotores e procuradores.
Quando deixou de trabalhar para o Estado, Dadá se valeu dos antigos relacionamentos para fins particulares e se tornou o araponga que mais atemoriza os poderosos de plantão.
De acordo com a Polícia Federal, Dadá montou o maior esquema de espionagem da história recente do País. Trabalhando na sombra, ele serviu e ajudou a derrubar políticos influentes, como o ex-ministro José Dirceu, por exemplo.
Teve participação ativa na gravação que revelou um esquema de corrupção e loteamento político nos Correios que levou ao escândalo do Mensalão e influiu na celebração de contratos públicos em diversos setores.
Para manter em funcionamento um esquema que é capaz de gravar conversas telefônicas, eletrônicas ou pessoais, que acessa dados sigilosos da Receita Federal e dos mais variados órgãos de inteligência do governo federal e dos governos estaduais, Dadá tem a sua disposição uma equipe de colaboradores infiltrados em diversos órgãos.
São agentes públicos que criminosamente vazam ao araponga informações sigilosas sobre pessoas e empresas e que também recebem de Dadá colaboração clandestina para investigações em curso.
Um dos principais operadores do espião, segundo a PF, é o chefe do setor de Inteligência do Ministério Público do Distrito Federal, Wilton Queiroz. Gravações obtidas por ISTOÉ (leia quadro abaixo) mostram que Queiroz repassa ao espião dados confidenciais sobre inquéritos e processos que tramitam pelo MP.
Com essas informações, Dadá pode prevenir seus clientes sobre futuras ações da Justiça.
Em troca, o espião faz grampos clandestinos solicitados pelo promotor.
Se as conversas interceptadas interessarem ao Ministério Público, posteriormente é obtida uma autorização judicial para a realização de gravações oficiais.
Caso não interessem, o próprio Dadá tenta repassá-las a outros clientes.
A PF já sabe que, além de Queiroz, há um outro promotor de Brasília que atua em parceria com o araponga:
Libânio Alves Rodrigues, também mencionado nas gravações obtidas por ISTOÉ.

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EMPREGADORES
O bicheiro Carlinhos Cachoeira (acima) e o senador Demóstenes Torres contrataram Dadá para monitorar inimigos políticos e interceder em contratos públicos
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Assim como os promotores, de acordo com as investigações da Operação Monte Carlo, o espião conta com parceiros na Corregedoria da Polícia de Goiás, nos serviços reservados das Polícias Civil e Militar de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Na esfera federal, agentes da comunidade de informações do Exército, da Aeronáutica e da Marinha ajudam Dadá na elaboração de dossiês, e agentes da Abin contribuem para que o araponga obtenha dados bancários e fiscais de pessoas físicas e jurídicas.
Na rede de operadores do esquema Dadá (leia quadro na pág. 46) também figuram delegados da própria Polícia Federal, já investigados pela Corregedoria.
Maranhanse de Bacabal, Dadá chegou a Brasília junto com os fundadores da capital no início da década de 1960.
Sem estudos, buscou na Aeronáutica um meio de sobrevivência.
Serviu cerca de seis anos como taifeiro e foi trabalhar na 2ª Seção, o setor de informações da FAB.
“Dadá não sabia cozinhar. Não tinha futuro como taifeiro”, ironiza um colega.

Em plena ditadura, da 2ª Seção ele foi para o temido Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (Cisa), agência integrante do SNI, o aparato repressivo criado pelos militares.
Sem formação para o trabalho interno, de análise, Dadá tornou-se agente de campo.
Fez curso de operações no Cefarh, antiga Esni (Escola Nacional de Informações), e passou a atuar na coleta de dados na Seção de Busca da Divisão de Operações.
Sua missão inicial era colher dados sobre pessoas que os militares chamavam de subversivos.
Foi dessa maneira que começou a construir relações com a Polícia Federal e as PMs de vários Estados.

Mantida em segredo até agora, uma das primeiras missões do araponga a serviço do Estado foi monitorar o advogado e ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh. Em 1980, o petista fundou em São Paulo o Comitê Brasileiro de Solidariedade aos Povos da América Latina (CBS), grupo de direitos humanos que fazia denúncias de tortura durante a ditadura e crítica aberta à doutrina de Segurança Nacional que ainda predominava no Brasil.
Dadá integrou a equipe que seguia os passos do advogado, registrava seus encontros com membros de partidos até então clandestinos e grupos de esquerda de outros países, como Cuba e Nicarágua.
Depois, Dadá foi escalado para espionar os chamados movimentos sociais.
Foi ele o responsável pelas primeiras infiltrações no Movimento dos Sem-Terra (MST), por exemplo.

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PATRIMÔNIO
Os rendimentos de Dadá se multiplicaram nos últimos três anos. O apartamento em Brasília é avaliado em R$ 800 mil
Com a redemocratização do País, o sargento continuou a atuar nos bastidores, mas ainda a serviço do Estado, e não de clientes particulares
Colaborou com a PF em ações contra o narcotráfico em Roraima e no Rio de Janeiro, especificamente na operação contra o traficante carioca Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê. Ali, Dadá ajudou a descobrir um esquema de desvio de armas envolvendo oficiais da própria FAB.
De volta a Brasília, e com a comunidade de informações em declínio, Dadá mergulhou no submundo da espionagem clandestina.
Ao contrário de boa parte dos antigos arapongas do regime militar que viraram detetives particulares e passaram a bisbilhotar a vida alheia em busca de casos de adultério, Dadá colocou seus conhecimentos e seus contatos a serviço de empresários e políticos.
Em Goiás, no primeiro governo do tucano Marconi Perillo (1999-2002), o bicheiro Carlinhos Cachoeira implantou o jogo do bicho eletrônico e passou a administrar a loteria estadual.
Para manter a jogatina, porém, ele precisava do apoio da polícia e acabou se aproximando de policiais civis amigos de Dadá.
A ligação foi automática.
Cachoeira contratou o espião e o aproximou do PM Jairo Martins, vulgo Índio, que passou a ser um colaborador habitual – como no caso da gravação do diretor dos Correios Maurício Marinho, episódio que levou à eclosão do escândalo do Mensalão.

Os esquemas montados por Dadá começaram a despertar a atenção da Polícia Federal durante a Operação Satiagraha.

Quando o delegado e atual deputado Protógenes Queiroz (PCdoB - SP) começou a investigar o banqueiro Daniel Dantas, pediu ajuda a Dadá para recrutar freelancers, como o ex-agente do SNI Francisco Ambrósio, e até servidores da Abin.
O problema é que o recrutamento e o consequente compartilhamento de dados sigilosos com agentes de fora da PF acabaram sendo um tiro no pé.
A Satiagraha, deflagrada em 2008 com ampla cobertura midiática, virou um escândalo.
As provas foram anuladas e Dadá e Protógenes tiveram suas carreiras abreviadas.

O delegado se elegeu deputado.
Dadá ficou queimado como agente da Aeronáutica e foi obrigado a se aposentar, com rendimento de R$ 4 mil mensais.
Mergulhou de vez na clandestinidade e passou a operar como empregado de Carlinhos Cachoeira.
A partir daí a vida do espião mudou.

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INVESTIGAÇÃO
Sarney (à esq.) e Marco Maia articulam a instalação de uma CPI no Congresso e querem ouvir o araponga
Casado com a enfermeira Maria de Lourdes Chagas e pai de dois filhos, manteve por anos uma vida simples, instalado num apartamento funcional da Asa Norte, bairro de classe média de Brasília.
Com hábitos espartanos e sem hobbies, Dadá tinha uma Variant II, 1972, de cor azul, que ele chamava de “Mafalda”, por vezes abandonada sem combustível nas entrequadras de Brasília.

Mafalda foi substituída por um Corsa 2003, sem ar-condicionado. Nos últimos três anos, porém, Dadá passou a circular de Passat alemão.
Comprou um Grand Vitara Suzuki e uma motocicleta.

Em janeiro de 2010, segundo a PF, comprou à vista um apartamento avaliado em R$ 800 mil, mas cujo valor registrado em cartório foi de apenas R$ 340 mil.
O aumento patrimonial não foi declarado ao Fisco.
As mudanças afetaram o jeito de ser do espião.
Além de ostentar roupas de grife, o sargento adotou um tom esnobe. “O Dadá de hoje está irreconhecível. Parece ter assimilado os trejeitos e práticas do chefe dele, o Carlinhos Cachoeira”, diz um agente federal amigo do araponga.
No mesmo ano de 2010, Dadá voltou às manchetes no caso do grupo de espionagem contratado pelo PT para montar um dossiê contra o candidato tucano José Serra.
Pelo que se depreende da análise de diálogos e relatórios ainda inéditos da Operação Monte Carlo, obtidos por ISTOÉ, Dadá não mudou apenas seu estilo de vida.
O ex-espião da FAB assumiu o papel de operador de Carlinhos Cachoeira e da empreiteira Delta.
No governo de Goiás, coube a ele a indicação para diversos cargos do segundo escalão. Mais recentemente, ensaiava passos como empresário e sindicalista.
Segundo a PF, Dadá é sócio oculto da Agência Plá junto a Marcelo Lopes, o Marcelão, ex-assessor da Casa Militar do Distrito Federal, e Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador Agnelo Queiroz.
Além de expandir os negócios da Plá para Mato Grosso e Rio de Janeiro, Dadá, Marcelão e Monteiro teriam um projeto político independente de Cachoeira, mas que se beneficiaria dos contratos da Delta na área de limpeza urbana.
Por isso, Dadá fundou em abril de 2011 a Associação Comunitária dos Trabalhadores em Limpeza Urbana do DF e Entorno.
A ideia era evitar pressões sindicais contra a Delta e também mobilizar a massa de trabalhadores para eleger Monteiro deputado distrital, pelo PT.

Relatório reservado da PF ao qual ISTOÉ teve acesso com exclusividade mostra que, na busca e apreensão realizada no apartamento de Dadá, foram encontrados documentos “pertinentes à possível prática de espionagem”.
Foram apreendidas mídias eletrônicas, pesquisas de bancos de dados privativos dos órgãos de segurança pública (Infoseg) e relatórios de interceptação de linhas telefônicas de investigações do Núcleo de Combate a Organizações Criminosas (NCOC) do Ministério Público em conjunto com a PF.
Os acessos ilegais ao Infoseg tiveram como alvo o deputado federal Fernando Francischini (PSDB/PR), cujos e-mails também foram monitorados.
O primeiro acesso foi feito em 25 de outubro de 2011, pelo agente da PF Paulo Áureo Gomes Murta, o Murtinha, amigo de Dadá.
Outros dois acessos ao cadastro de Francischini foram efetuados pelos sargentos da PM Leonel Martins e Itaelson Rodrigues, lotados na Casa Militar do Distrito Federal por indicação de Dadá e comando do coronel Rogério Leão.
Na época, o deputado vinha questionando possíveis desvios de recursos públicos ocorridos no Ministério dos Esportes e na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Os telefonemas e e-mails de Francischini também foram acessados pelo agente da PF Joaquim Gomes Thomé Neto, que mora no Rio de Janeiro.
Em depoimento sigiloso à Polícia Federal, obtido pela reportagem de ISTOÉ, Thomé admite que foi contratado por Dadá para fazer o trabalho sujo por R$ 3 mil mensais.
Esses e outros dados levaram a PF a abrir uma investigação paralela à Monte Carlo para apurar todos os tentáculos do araponga.
No Congresso, os presidentes da Câmara e do Senado, Marco Maia (PT-RS) e José Sarney (PMDB-AP), finalizam a instalação de uma CPI. Para deputados e senadores que irão trabalhar na investigação o primeiro desafio será fazer Dadá quebrar o silêncio.

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DO R.DEMOCRATICA

Da Veja sobre o rato petista do DF.

Equipe de Agnelo acessou sigilo até do vice-governador
Da VEJA 

Sob o comando da Casa Militar, sargentos acessaram informações secretas de mais de vinte pessoas, incluindo jornalistas, promotores e políticos
Agnelo Queiroz: arapongas espionaram até o vice (Veja)
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado mostra mais um braço ilegal do governo do Distrito Federal. O Ministério Público investiga a atuação de uma rede de arapongas a serviço da Casa Militar de Agnelo Queiroz. O objetivo do grupo era monitorar aliados, adversários, promotores e jornalistas. A cadeia de comando chega ao próprio palácio do governo.
Dois sargentos da Polícia Militar do Distrito Federal acessaram os dados do deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR) no Infoseg, o sistema do Ministério da Justiça que contém dados pessoas de cada brasileiro. O rastreamento feito pelo ministério mostra que a dupla trabalha na Casa Militar do Palácio do Buriti. O acesso foi feito do próprio palácio do Buriti. Os responsáveis: Itaelson Rodrigues e Leonel Martins.
Ordem - O rastreamento dos passos da dupla revelou que os policiais haviam violado informações de mais de vinte pessoas - incluindo o vice-governador, o peemedebista Tadeu FIlipelli. Chefe da Casa Militar de Agnelo, o coronel Rogério Leão é o superior da dupla de sargentos. A VEJA, ele admitiu que sua equipe acessou os dados de Francischini. "A ordem aqui é levantar informações sobre todas as pessoas que atentam contra a integridade do governador", disse ele.
O que havia feito Francischini de tão grave? Havia convocado uma manifestação contra Agnelo. O coronel Leão disse não se lembrar de informações sobre o monitoramento de promotores e jornalistas - admitiu apenas o acesso aos dados de Edson Sombra, blogueiro crítico ao governo.
Veja abaixo o documento que comprova a atuação dos arapongas:
Agnelo-monitoramento-rasgadinho-original

DO GENTE DECENTE

Vergonha nacional, ou genocídio no longo prazo? APOSENTADOS, PROTESTEM COM VIGOR



Francisco Vianna
O desgoverno petista, tão generoso com Cuba, com países africanos inexpressivos, com os interesses amazônicos de potências hegemônicas européias, perdoando dívidas e criando "reservas indígenas" nas fronteiras que são uma verdadeira entrega de partes de nosso território e riquezas naturais a outras nações, não tem o menor pejo em deixar o APOSENTADO a ver navios, quando se trata de, pelo menos, atualizar o valor do pouco que recebem em relação ao que deveriam estar recebendo de acordo com o nível a que sempre contribuiram em sua vida ativa.
Pois, esse ano, este desgoverno que aí está, não só se recusa a acabar com essa distorção brutal, esse verdadeiro conto do vigário previdenciário, como sequer se dignou a corrigir seus parcos proventos ao nível da inflação do período, reduzindo essa correção em 6%, abaixo, portanto, da inflação oficial, que foi de 6,5%.
Como querem ainda que engulamos os 79% de aprovação do governo Dilma que os "prostitutos" de pesquisa jogam na nossa cara?
E tudo isso não passa de um grandissíssimo estelionato, tanto o tratamento dado ao aposentado como essas tais "pesquisas de opinião"...

Vivemos, o Brasil, na ERA DO ESTELIONATO e do ROUBO!
E o pior é que, desta vez, ninguém está sequer tocando no assunto; nem a "grande" mídia encabrestada pelos papagaios do BNDES, nem o aparentemente bravo Senador petista Paulo Paim, nem o Paulinho da CUT, nem quaquer outro enganador costumeiro da opinião pública.Enquanto a inflação real em Pindorama, em 2011, é estimada em cerca de 14% contra seu 'valor oficial' de 6,5%, o infeliz e desgraçado do aposentado teve um reajuste de parcos 6%, portanto, ficando com seu poder aquisitivo mais achatado e inexoravelmente mais baixo e rumo à aniquilação e ao genocídio.
ESTA VERDADE, O PT E SUA INFAME 'COMISSÃO DA VERDADE' NÃO CHAMAM DE TORTURA!
EU CHAMO ISSO DE GENOCÍDIO NO MÉDIO E LONGO PRAZO!

DO GRAÇANOPAISDASMARAVILHAS

CONEXÃO REPORTER- POR UM PRATO DE COMIDA NA 6ª ECONOMIA DO MUNDO.

Não sou de me apegar a um detrminado canal de TV e muito menos à programação pré estabelecida. Dou um giro pelos canais e se tiver alguma coisa que me chame a atenção, faço um "pit stop" e dependendo fico ou continuo.Os únicos programas que me seguram um pouco é o jornalismo, que às vezes também chega a ser insuportável. Esta semana, dei uma parada no programa do Roberto Cabrini - Conexão Reporter - Por um prato de comida. Assisti mais ou menos 5 minutos e não consegui continuar.INDGNAÇÃO. Só estou postando, para mostrar às pessoas, que a realidade é bem diferente daquilo que se pinta. Roubalheira, corrupção,MENSALÃO,CACHOEIRA, eventos faraônicos com gastos exorbitantes que extrapolam a imaginação de cidadãos comuns. Como exemplo, cito aqui a Copa 2014. Voce já procurou saber quanto custa um vereador de sua cidade? Não sabe? Deveria procurar saber.Quanto ele gasta por mês, e quanto custa um vereador por ano? Este video é o de numero 1 de uma sequência de 3. 8 anos de FHC, 9 1/2 de PT. O RESULTADO É ESTE. FALÊNCIA DA MORAL, ABANDONO DA  EDUCAÇÃO, SEGURANÇA  E DA  SAÚDE. 
É O CIDADÃO ENTREGUE À PROPRIA SORTE.
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
DO FERRA MULA

O Julgamento do Mensalão


Pronunciamento do Senador Alvaro Dias no dia 09/04/2012

Querem apagar os crimes mensalão

Com o julgamento do mensalão pelo Supremo a caminho, os petistas lançam uma desesperada ofensiva para tentar desviar a atenção dos crimes cometidos por eles no que foi o maior escândalo de corrupção da história brasileira

Revista Veja

Daniel Pereira e Hugo Marques
Rui Falcão, presidente do PT (ao lado), e Marco Maia, presidente da Câmara: para tentar apagar os crimes cometidos por petistas no mensalão, a ordem é mentir até parecer verdade
Cartilha Stalinista: Rui Falcão, presidente do PT (ao lado), e Marco Maia, presidente da Câmara: para tentar apagar os crimes cometidos por petistas no mensalão, a ordem é mentir até parecer verdade (Ag. Globo)
Josef Stalin, o ditador soviético ídolo de muitos petistas, considerava as ideias mais perigosas do que as armas e, por isso, suprimiu-as, matando quem teimava em manifestá-las.
O PT até que tenta se arejar, exercitar certo pluralismo, mostrar respeito às leis e conduzir as instituições do país que ele governa não como propriedade particular do partido, mas reconhecendo-as como conquistas da sociedade brasileira.
Mas basta uma contrariedade maior para que o espírito de papai Stalin baixe e rasgue a fantasia democrática dos petistas parcialmente convertidos ao convívio civilizado. A contrariedade de agora é a proximidade do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da maior lambança promovida pelos petistas com dinheiro sujo, que produziu o escândalo entronizado no topo do panteão da corrupção oficial brasileira com o nome de mensalão.
Sussurre esse nome aos ouvidos de um petista nos dias que correm e ele vai reagir como se uma buzina de ar comprimido tivesse sido acionada a centímetros de seus tímpanos. A palavra de ordem emanada do comitê central sairá automaticamente: "Isso é invenção da oposição e da imprensa!".
Como formigas guiadas por feromônios, os militantes de todos os escalões, de ministros de estado aos mais deploráveis capangas pagos com dinheiro público na internet, vão repetir disciplinadamente o mantra de que o mensalão "foi uma farsa".
Ele vai ser martelado sobre os cinco sentidos dos brasileiros na tentativa de apagar os crimes cometidos pelos petistas e, seguindo a cartilha stalinista, fazer valer as versões sobre os fatos, transmutar culpados em inocentes e, claro, apontar bodes expiatórios como responsáveis pelas próprias misérias morais que eles infligiram ao país, a si próprios e a sua reputação, firmada quando na oposição, de paladinos da ética.
Esse processo perverso de reescrever a história está em curso em Brasília, em pleno século XXI.
Sua mais recente iniciativa é a iminente instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Congresso Nacional, a primeira do governo Dilma Rousseff.
O objetivo declarado — e desejável — da CPI é elucidar os limites da atuação no mundo oficial do contraventor Carlos Cachoeira, que explorava o bingo ilegal em Goiás e se encontra trancafiado em presídio de alta segurança.
Acusado de receber dinheiro para defender os interesses do contraventor no governo e no Legislativo, o senador Demóstenes Torres, do DEM, está a caminho de perder o mandato.
Razões para uma investigação republicana, portanto, não faltam.
O problema está nos objetivos subalternos da CPI, que os petistas e seus aliados mal conseguem esconder nas conversas: criar um fato novo e, assim, desviar o foco da atenção da opinião pública do julgamento do mensalão.
Eles esperam que as investigações produzam imagens que ajudem a demonstrar a tese central do presidente Lula sobre o mensalão, a de que o PT fez apenas o que todo partido político sempre fez.
Esperam também criminalizar jornalistas para quem Carlos Cachoeira serviu de fonte sobre o que ia nos subterrâneos da corrupção no mundo oficial em Brasília, terreno que ele frequentava com especial desenvoltura.
Info
Em resumo, o PT espera desmoralizar na CPI todos que considera pessoal ou institucionalmente responsáveis pela apuração e divulgação dos crimes cometidos pelos correlegionários no mensalão — em especial a imprensa.
Por quê?
Principalmente porque o esquema de compra de apoio parlamentar pelo governo do PT começou a ser desbaratado em 2005, após uma reportagem de VEJA mostrar um funcionário dos Correios cobrando e recebendo propina em nome do PTB.
Depois disso, o presidente do partido, o ex-deputado Roberto Jefferson, revelou ao país que parlamentares recebiam dinheiro na boca do caixa para votar com o Planalto.
O chefe do esquema era o então ministro da Casa Civil José Dirceu, que vivia repetindo o bordão segundo o qual não fazia nada sem o conhecimento do presidente Lula.
Tanto a CPI dos Correios quanto a Procuradoria-Geral da República deixaram claro que parte do dinheiro que financiou o mensalão saiu dos cofres públicos.
Durante as investigações, o então marqueteiro de Lula, Duda Mendonça, admitiu ter recebido dólares por fora, no exterior, por serviços prestados na campanha do presidente.
Foi tão grave e acintosa a agressão dos petistas às leis brasileiras no mensalão que, tecnicamente, o presidente Lula poderia ter sofrido um processo de impeachment.
Seu mandato foi preservado por falta de apetite da oposição e pelo cálculo, que se mostraria redondamente equivocado, de que Lula definharia no poder, sangrando pouco a pouco em consequência do mensalão.
Nada disso ocorreu.

Lula deu uma magnífica volta por cima, reelegeu-se, fez a sucessora e saiu do Palácio do Planalto da mesma forma que entrou — nos braços do povo.
Agora o fantasma do mensalão volta a ameaçar a hagiografia do líder petista — e a ordem de cima é atropelar quaisquer escrúpulos para preservar Lula.
"
A bancada do PT defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o PT, mobilizem-se para impedir a operação-abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas que se diziam defensores da moral e dos bons costumes", declarou Rui Falcão, deputado paulista, presidente nacional do PT.
A forma cristalina pela qual Falcão explica os objetivos do partido na CPI parece a transcrição perfeita de uma cartilha de propaganda soviética.
Dado que os companheiros cometeram crimes no mensalão e que esse fato é devastador para o partido que no passado empunhou a bandeira da ética para vencer a antipatia e a desconfiança da classe média brasileira, vamos tentar mudar a percepção da realidade e acionar os companheiros para ver se cola a ideia de que o mensalão foi uma armação cujos responsáveis, vejam só que coincidência, estão todos orbitando em torno de um contraventor cujas atividades vão ser investigadas por uma CPI.
A lógica política de Falcão é irretocável — até certo ponto.
Esse truque funcionou na União Soviética, funcionou na Alemanha nazista, funcionou na Itália fascista de Mussolini, por que não funcionaria no Brasil?

Bem, ao contrário dos laboratórios sociais totalitários tão admirados por petistas, o Brasil é uma democracia, tem uma imprensa livre e vigilante, um Congresso eleito pelo voto popular e um Judiciário que, apesar de fortemente criticado recentemente, tem demonstrado independência e vigor doutrinário.
Isso significa que para o delírio de Falcão se materializar é preciso neutralizar as instâncias democráticas, calando-as ou garantindo que a estridência radical petista supere as vozes da razão e do bom-senso.
Uma CPI dominada pelo PT e seus mais retrógrados e despudorados aliados é o melhor instrumento de que a falconaria petista poderia dispor — pelo menos na impossibilidade, certamente temporária para os falcões, de suprimir logo a imprensa livre, o Judiciário independente e o Parlamento, fósseis de um sistema burguês de dominação que está passando da hora de ser superado pelo lulopetismo, essa formidável invenção tropical diante da qual empalidecem todos os demais arranjos político-sociais do mundo atual.
Mas, enquanto o triunfo final não vem, os falcões petistas vão se contentar em usar a CPI para desmoralizar todos os personagens e forças que ousem se colocar no caminho da marcha arrasadora da história, que vai lançar ao lixo todos os que atacaram o PT e, principalmente, seu maior líder, o ex-presidente Lula.
Não por acaso, a estratégia que a falconaria petista está executando disciplinadamente em Brasília saiu da cabeça de Lula.
Em novembro de 2010, a menos de dois meses do término de seu segundo mandato, o então presidente recebeu o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu para um café da manhã no Palácio da Alvorada. À mesa, Lula prometeu a Dirceu, o mais influente quadro da engrenagem petista, que lançaria uma ofensiva para desmontar "a farsa do mensalão" tão logo deixasse o cargo.
Não era bravata.
Conforme prometido, essa cruzada para abafar o maior escândalo de corrupção da história recente do país começou a se materializar em pequenos movimentos.
Foi ela que levou à eleição do petista João Paulo Cunha, um dos 36 réus no processo do mensalão, para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara em 2011, o que garantiu a ele uma posição privilegiada para dialogar com a cúpula do Poder Judiciário.

Foi ela também que resultou na nomeação do petista José Genoíno, outro réu no processo, para o cargo de assessor especial do então ministro da Defesa, Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), justamente a corte que julgará o caso.
Dida Sampaio/AE Beto Barata/AE Ailton de Freits/Ag. Globo Beto Barata/AE AE
O então deputado Roberto Jefferson contou ao Congresso como o governo do PT criou o mensalão, o esquema de suborno de parlamentares que era operado pelo publicitário Marcos Valério (ao lado). As revelações provocaram decepção e choro de alguns parlamentares petistas, ameaçaram a continuidade do governo Lula e resultaram no processo que acusa 36 pessoas de crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro
O esquema:
O então deputado Roberto Jefferson contou ao Congresso como o governo do PT criou o mensalão, o esquema de suborno de parlamentares que era operado pelo publicitário Marcos Valério.
As revelações provocaram decepção e choro de alguns parlamentares petistas, ameaçaram a continuidade do governo Lula e resultaram no processo que acusa 36 pessoas de crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Esses dois movimentos da reação capitaneada por Lula foram costurados nos bastidores.
Fizeram parte de uma estratégia silenciosa destinada a reabilitar publicamente as estrelas petistas envolvidas até o pescoço com os desvios de dinheiro público para abastecer o caixa partidário.
Uma tática deixada de lado na semana passada, quando o PT partiu para uma espécie de vale-tudo a fim de varrer para debaixo do tapete o esquema de compra de apoio parlamentar que funcionou durante o governo passado.
A estratégia evoluiu para o uso da Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que deu origem à CPI.
A ação da PF desbaratou um esquema de exploração de jogos ilegais comandado por Carlinhos Cachoeira e revelou uma rede suprapartidária de políticos envolvidos com ele.
Além do senador Demóstenes, as investigações atingiram o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, desafeto de Lula desde que declarou, em 2005, que alertara o então presidente da existência do mensalão.
Lula viu na CPI a oportunidade política de mostrar que todos os partidos pecam.
Que todos são farinha do mesmo saco e, por isso mesmo, o mensalão não seria um esquema de corrupção inaudito, muito menos merecedor de um rigor maior por parte do Judiciário e da sociedade.
Para os petistas, apagar a história neste momento é uma questão de sobrevivência.
Seus caciques sustentam que, com a aproximação da data prevista para o julgamento do mensalão e diante da hipótese de uma condenação, não há o que perder na arriscada aposta em tentar menosprezar a inteligência das pessoas, zombar das autoridades que investigaram o caso durante anos, impor constrangimentos aos ministros do Supremo que se preparam para julgar o processo. É tamanha a ânsia de Lula e dos mensaleiros para enterrar o escândalo que, se preciso, o PT rifará o governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, que também aparece no arco de influência dos trambiques da máfia do jogo.
Lula e os falcões petistas viram também abrir-se para eles a retomada de um antigo, acalentado e nunca abandonado projeto de emascular a imprensa independente no Brasil.
Os projetos de censura da imprensa que tramitaram no PT foram derrotados não por falta de vontade, mas porque o obscurantismo cobriria a imagem do Brasil de vergonha no cenário mundial.
Surge agora uma oportunidade tão eficiente quanto a censura, com a vantagem de se obter a servidão acrítica da imprensa sem recorrer a nenhum mecanismo legal que possa vir a ser identificado com a supressão da liberdade de expressão.
Não por coincidência, na semana passada a Executiva Nacional do PT divulgou uma resolução pedindo a regulamentação dos meios de comunicação diante "da associação de parte da imprensa com a organização criminosa da dupla Cachoeira-Demóstenes".
Dando sequência à diretriz do comitê central do partido, o comissário Marco Maia, presidente da Câmara, complementou: "Todas as informações dão conta de que há uma participação significativa de alguns veículos de comunicação nesse esquema montado pelo Cachoeira. A boa imprensa, que está comprometida com a informação e a verdade, vai auxiliar para que a gente possa fazer uma purificação, separar o joio do trigo".
A oportunidade liberticida que apareceu agora no horizonte político é tentar igualar repórteres que tiveram Carlos Cachoeira como fonte de informações relevantes e verdadeiras com políticos e outras autoridades que formaram com o contraventor associações destinadas a fraudar o Erário.
A nota da Executiva Nacional do PT e a fala do comissário Maia traem o vezo totalitário daquela parte do PT que não tem a mínima noção do papel de uma imprensa livre em uma sociedade aberta, democrática e que tenha como base material a economia de mercado.
Papai Stalin ficaria orgulhoso dos pupilos.
Caberá a eles agora, aos "tropicastalinistas" do PT auxiliados pelos impolutos José Sarney e Fernando Collor, "purificar" a imprensa, decidir qual é a boa e a ruim, o que é joio e o que é trigo nas páginas dos órgãos de informação e apontar que repórteres estão comprometidos com a informação e a verdade.
Alguém com mais juízo deveria, a bem do comissário Maia, informá-lo de que quando governos se arvoram a "purificar" seja o que for — a população, a imprensa ou a literatura — estão abrindo caminho para o totalitarismo.
Quem diria, comissário, que atrás de óculos modernosos se esconde uma mente tão arcaica.
Os petistas acham que atacar o mensageiro vai diminuir o impacto da mensagem.
Pelo que disse Marco Maia, eles vão tentar mostrar que obter informações relevantes, verdadeiras e de interesse nacional lança suspeita sobre um jornalista.
Maia não poderia estar mais equivocado.
Qualquer repórter iniciante sabe que maus cidadãos podem ser portadores de boas informações.
As chances de um repórter obter informações verdadeiras sobre um ato de corrupção com quem participou dele são muito maiores do que com quem nunca esteve envolvido.
A ética do jornalista não pode variar conforme a ética da fonte que está lhe dando informações.
Isso é básico.
Disso sabem os promotores que, valendo-se do mecanismo da delação premiada, obtêm informações valiosas de um criminoso, oferecendo-lhe em troca recompensas como o abrandamento da pena.
Esses são conceitos de difícil digestão para os petistas acostumados a receber do comitê central as instruções completas sobre o que devem achar certo ou errado, bom ou ruim, baixo ou alto.

Fora da bolha ideológica, porém, a vida exige que bons jornalistas falem com maus cidadãos em busca de informações verdadeiras.
Motivo mesmo para uma CPI seria investigar os milionários repasses de dinheiro público que o governo e suas estatais fazem a notórios achacadores, chantagistas e manipuladores profissionais na internet.
Fica a sugestão.
Andre Dusek/AE
Há risco de prescrição de algumas imputações. Uma vez disponibilizado o processo para julgamento, vou colocá-lo em pauta em 48 horas.
Carlos Ayres Britto:Há risco de prescrição de algumas imputações. Uma vez disponibilizado o processo para julgamento, vou colocá-lo em pauta em 48 horas.” 
Andre Dusek/AE
O processo está muito maduro e há risco de prescrição. A responsabilidade de quem julga é muito grande.
Marco Aurélio Mello: “O processo está muito maduro e há risco de prescrição. A responsabilidade de quem julga é muito grande.”
Alan Marques/Folhapress
Tem de ser neste semestre. Tudo recomenda, e nada indica o contrário. Devemos e podemos julgar o processo neste ano.
Gilmar Mendes:Tem de ser neste semestre. Tudo recomenda, e nada indica o contrário. Devemos e podemos julgar o processo neste ano.”
Andre Dusek/AE
Essa pergunta vale 1 milhão de dólares!
Ricardo Lewandowski, ao ser questionado, na última quarta-feira, sobre quando apresentará seu relatório, última etapa antes do julgamento: “Essa pergunta vale 1 milhão de dólares!”  
14/04/2012 
DO R.DEMOCRATICA