domingo, 1 de janeiro de 2012

Bolsas mundiais perdem R$ 11,7 trilhões em 2011

Valor de mercado das empresas com capital aberto em todo o mundo caiu 12,1%, para R$ 85 trilhões, segundo dados da Bloomberg


Foto: Getty Images Ampliar
Valor de mercado das empresas listadas em bolsa em todo o mundo diminuiu 12,1%
Em um ano marcado pela volatilidade dos mercados globais de ações, as bolsas de valores de todo o mundo, juntas, perderam US$ 6,3 trilhões (cerca de R$ 11,7 trilhões) em valor de mercado, segundo dados da Bloomberg, citados pelo Financial Times. A redução foi de 12,1% na comparação com o valor do final de 2010, somando US$ 45,7 trilhões (R$ 85 trilhões).
Na BM&FBovespa, as companhias listadas perderam aproximadamente R$ 248 bilhões durante o ano, segundo dados da própria bolsa de valores brasileira. Juntas, as empresas com ações negociadas no Brasil terminaram 2011 com um valor de mercado de cerca de R$ 2,320 trilhões, perda de 9,7% na comparação com os R$ 2,569 do final de dezembro de 2010.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, terminou o ano com uma perda de 18,11%. Entre as principais modalidades de investimentos, teve o pior desempenho do ano. Dentro da bolsa de valores brasileira, as ações de energia e telecomunicações tiveram os melhores desempenhos, enquanto papéis do setor imobiliário amargaram fortes perdas.
Nos Estados Unidos, o índice Standard & Poor’s 500, principal referência das bolsas de valores norte-americanas, terminou 2011 praticamente estável, com uma ligeira perda de 0,003%. Já o Dow Jones teve um ganho de 5,5%.
Na Europa, o índice Eurofirst 300, que reúne as principais gigantes europeias, caiu 11%, sendo que as piores performances foram das bolsas da França e da Itália, de acordo com os dados da Bloomberg. Em Paris, o índice CAC 40 teve declínio de 16,95% em relação ao final de 2010. Em Milão, o índice FTSE MIB acumulou queda de 25,20% em 2011. Já as bolsas de Londres e de Frankfurt tiveram baixas de 5,55% e de 14,69%, respectivamente, em 2011.
A bolsa de Madri, por sua vez, recuou 13,11% no ano, enquanto o mercado de Lisboa perdeu 27,6% em 2011. Mas foi a bolsa da Grécia que teve a queda mais expressiva entre os índices europeus no ano, de 51,88%.
O índice de países emergentes MSCI Emerging Markets perdeu 20% de seu valor. A busca dos investidores por mercados considerados menos arriscados pesou mais do que o forte crescimento da China e de outras nações em desenvolvimento.
Na Ásia, o Nikkei japonês teve uma desvalorização de 17,3% no ano, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 20% e o Shanghai Composite, de Xangai, teve uma baixa de 22%.
As expectativas de analistas para 2012 são de continuidade da volatilidade nos mercados globais de ações. Quem pretende investir em bolsa de valores deve estar disposto a sofrer e ter muita frieza para acompanhar o mercado, dizem analistas.
(Olívia Alonso, iG São Paulo)

Vítimas do Terrorismo - Janeiros

Neste janeiro de 2012, reverenciamos a todos os que, em janeiros passados, tombaram pela fúria política de terroristas. Os seus algozes, sob a mentira de combater uma ditadura militar, na verdade queriam implantar uma ditadura comunista em nosso país.
Nestes tempos de esperança, cabe-nos lutar para que recebam isonomia no tratamento que os "arautos" dos direitos humanos dispensam aos seus assassinos, que hoje recebem pensões e indenizações do Estado contra o qual pegaram em armas.
A lembrança deles não nos motiva ao ódio e nem mesmo à contestação aos homens e agremiações alçados ao poder em decorrência de um processo político legítimo. Move-nos, verdadeiramente, o desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça e resgate aos seus familiares a certeza de que não foram cidadãos de segunda classe por terem perdido a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo odioso.
A esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão.
10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima - (Marinha Mercante - Rio Negro / AM)
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramon”, o qual, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68.
07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida - (Dona de casa – Rio de Janeiro / RJ)
Uma bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou a jovem Alzira, de apenas 18 anos de idade, uma vítima inocente que na ocasião transitava na rua.
11/01/69 – Edmundo Janot - (Lavrador – Rio de Janeiro / RJ)
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que havia montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.
29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria (Subinspetor de Polícia) e José Antunes Ferreira (Guarda Civil) – BH/MG
Durante a abordagem de um um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo, identificado por Pedro Paulo Bretas, “Kleber”, a equipe de segurança foi recebida por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva, “Cesar” ou “Miranda”, que, com onze tiros, mataram o Subinspetor Cecildes Moreira da Silva, que deixou viúva e oito filhos, e o Guarda Civil José Antunes Ferreira, ferindo, ainda, o Investigador José Reis de Oliveira. No interior do “aparelho”, foram presos o assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva e os terroristas do Colina: Afonso Celso Lana Leite, ”Ciro”; Mauricio Vieira de Paiva, ”Carlos”; Nilo Sérgio Menezes Macedo; Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, “Pedro”; Jorge Raimundo Nahas, “Clovis” ou “Ismael”; Maria José de Carvalho Nahas, “Celia” ou “Marta”, e foram apreendidos um fuzil FAL, cinco pistolas, três revólveres, duas metralhadoras, duas carabinas, duas granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.
17/01/70 – José Geraldo Alves Cursino - (Sargento PM – São Paulo / SP)
Morto a tiros por terroristas.
07/01/71 – Marcelo Costa Tavares - (Estudante – 14 anos - MG)
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais.
Participaram da ação: Newton Moraes, Aldo Sá Brito, Macos Nonato da Fonseca e Eduardo Antonio da Fonseca.
18/01/72 – Tomaz Paulino de Almeida - (sargento PM – São Paulo / SP)
Morto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, por um grupo terrorista que roubou o seu carro.
Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Movimento de Libertação Nacional (Molipo).
As famílias dos assassinos João Carlos Cavalcante Reis e Lauriberto José Reyes foram indenizadas pela Lei nº 1.140/95.
20/01/72 – Sylas Bispo Feche - (Cabo PM São Paulo / SP)
O cabo Sylas Bispo Feche, integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda, quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi, covardemente, metralhado por eles.
Os assassinos do cabo Feche, ambos membros da Ação Libertadora Nacional (ALN), mortos no tiroteio que se seguiu, foram Gelson Reicher, “Marcos”, que usava identidade falsa com o nome de Emiliano Sessa, chefe de um Grupo Tático Armado (GTA) e já tinha praticado mais de vinte atos terroristas, inclusive o seqüestro de um médico; e Alex Paula Xavier Pereira, “Miguel”, que usava identidade falsa com o nome de João Maria de Freitas, com curso de guerrilha em Cuba e autor de mais de quarenta atos terroristas, inclusive atentados a bomba na cidade do Rio de Janeiro.
As famílias dos assassinos Gelson Reicher e Alex Paula Xavier Pereira foram indenizadas pela Lei nº 9.140/95.
25/01/72 – Elzo Ito - (Estudante – São Paulo / SP)
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, morto por terroristas que roubaram seu carro.
Os mortos acima relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações, mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro.
Texto adaptado de: TERNUMA
DO MUJAHDIN CUCARACHA

O QUE O PT ESBANJOU EM 2011 FALTARÁ EM 2012! ECONOMIA BRASILEIRA À BEIRA DE ESTAGNAÇÃO.

A manchete da Folha de São Paulo deste domingo, o primeiro dia do ano de 2012, antecipa que a economia brasileira poderá dar uma parada no seu ritmo de crescimento. Aliás parada que já se constatou pelo menos no último trimestre do ano. E o texto da manchete, que transcrevo após este prólogo, chora na rampa da amargura e desfia aquele velho novelo de problemas históricos que faz do Brasil o lixo ocidental.
A rigor, a Folha nem precisaria mobilizar sua reportagem para produzir o texto que gerou esta manchete. Bastaria que o editor compulsasse a coleção dos jornais e pinçasse de uma de suas edições mais antigas um texto análogo, soprasse a poeira e o editasse na íntegra. 
Já se sabe de antemão o discurso que vem por aí: as coisas ficam ruins para o Brasil por causa dos Estados Unidos, de Wall Street, da Europa, dos ricaços malditos, do neoliberalismo, da burguesia internacional e, enfim do capitalismo. É o mesmo discurso - notem bem - que embalou o fascismo italiano. A estratégia de poder de Mussolini foi transformar a Itália em vítima da guerra de nações unindo Governo, empresários e trabalhadores. A aventura terminou com Mussolini enforcado pela turba enfurecida e pendurado no teto de um posto de gasolina.
Já estou até vendo o que dirá Dilma, Lula e seus sequazes quando forem obrigados a governar num clima de adversidade econômica como o que pegou em cheio o governo de Fernando Henrique Cardoso, episódio que fez a contumaz enxurrada de dólares em busca de remuneração fora de série evaporasse de uma hora para outra.
Não. Não estou torcendo para o pior. Mas não irei tolerar os discursos mentirosos da vagabundagem comunista. E a manchete da Folha de São Paulo mostra como a grande mídia passará a dourar a pílula e como tratará o assunto daqui para frente. A sorte é que a economia dos Estados Unidos, mesmo num contexto de crise, está concluíndo 2011 com um PIB calculado em mais de R$ 15 trilhões de dólares, ou seja, quase o dobro da China. Isso não está sendo dito pela grande imprensa brasileira, porque é normalmente controlada pelo jornalismo de aluguel do PT. Entretanto, se a vaca não for diretamente para o brejo no primeiro semestre do ano é por causa da locomotiva americana, a nossa tábua de salvação.
Eis o texto da Folha:
O Brasil encerrou 2011 com um dos crescimentos mais baixos entre os emergentes. O país é o quinto que menos cresceu, em um grupo de 24 analisados, estima a consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit). E deve repetir, em 2012, uma expansão ainda moderada.
Analistas projetam que o ano que começa será de recuperação, porém modesta e frágil. Traduzindo em números, o país deve crescer pouco mais de 3%, em média, nos dois primeiros anos do governo Dilma Rousseff.
O balanço é pior do que os celebrados 4,5% médios do segundo mandato do presidente Lula (2007-2010).
Embora a crise externa seja uma das causas da desaceleração, analistas dizem que os motores domésticos do crescimento começam a dar sinais de fadiga.
O enfraquecimento do setor fabril, por exemplo, é um problema de difícil conserto.
A EIU estima que o crescimento da indústria do país caiu de 10% em 2010 para 0,8% no ano passado.
Em 2011, o setor industrial teve o segundo pior desempenho entre 24 nações emergentes. Segundo a EIU, o Brasil só superou a Tailândia, afetada por graves enchentes.
Fatores como a valorização do real (que barateira os produtos importados), tributação pesada e deficiência de infraestrutura têm feito a indústria perder terreno para concorrentes externos.
"As dificuldades do setor são um problema estrutural preocupante", afirma Robert Wood, analista sênior da EIU.
CONSUMO
A expansão do crédito, que incentivou o consumo nos últimos anos, tem perdido fôlego. É uma tendência de difícil reversão no curto prazo porque o endividamento das famílias tem crescido, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest Investimentos.
Analistas ressaltam ainda que o Brasil tem fragilidades estruturais que limitam a capacidade de crescimento.
Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, cita a baixa capacidade de investimento do governo, que tem o orçamento muito amarrado com gastos previdenciários:
"Esse é o grande diferencial dos países asiáticos. O investimento elevado aumenta a capacidade de produção e permite crescer a taxas maiores sem gerar inflação alta."
O quadro no Brasil é o oposto. O baixo nível de investimento ao longo dos anos criou empecilhos -como na infraestrutura- que impõe um teto baixo à capacidade de crescer sem gerar inflação.
A expansão de 7,5% de 2010, por exemplo, pressionou muito os preços e forçou o governo a tomar medidas para frear o crescimento.
Segundo Wood, a necessidade dessa freada ajuda a explicar porque o Brasil foi um dos países emergentes com menor expansão em 2011.
A piora da crise nos países desenvolvidos tende a agravar o cenário. Um dos canais de contágio já percebidos é a redução da confiança de empresários e consumidores, que acabam cortando gastos.
Uma menor demanda pelos produtos exportados pelo Brasil e uma queda no fluxo de investimentos externos também devem limitar a retomada econômica em 2012. Da Folha de São Paulo deste domingo
DO B. DO ALUIZIO AMORIM

A herança maldita de Aécio.

Depois de anunciar déficit zero e registrar crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB) a patamares próximos aos da China, o governo mineiro passa por sérios problemas de caixa. O Executivo alega que as dificuldades são resultado da queda na atividade econômica causada pela crise internacional. Mas paga também a fatura eleitoral de 2010, com liberação de recursos e criação de cargos para acomodar aliados dos 12 partidos arregimentados para apoiar a reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB) e a eleição do ex-governador, o também tucano Aécio Neves, a uma vaga no Senado.
O Estado já anunciou uma série de medidas para contenção de gastos como a dispensa de funcionários da Cidade Administrativa, sede do Executivo, e determinou até redução do consumo de copos plásticos e o fim do contracheque de papel do funcionalismo. O governo também deixou para 2012, dividido em duas parcelas, o pagamento do prêmio de produtividade dos trabalhadores, que, desde quando foi instituído em 2008, era depositado sempre em setembro. Além disso, fez com que a Assembleia Legislativa, onde tem folgada maioria, adiasse a votação de projetos de reajuste para servidores dos tribunais de Justiça,da Justiça Militar, do Tribunal de Contas do Estado e dos próprios Executivo e Legislativo.
A farra eleitoral promovida em 2010 também cobra seu preço. Apenas entre 1.º de junho e 2 de julho de 2010, às véspera das eleições, o governo gastou R$ 354 milhões em 3.063 convênios firmados com prefeituras. O valor é maior que os repasses feitos pelo Executivo durante 2009. Somando todos os convênios com municípios firmados no ano eleitoral, o desembolso chegou a R$ 954 milhões, valor 270% superior aos R$ 353 milhões liberados em 2009. Outro golpe nos cofres públicos foi a criação de cargos para saciar o apetite dos aliados dos 12 partidos reunidos em torno das candidaturas tucanas. (Do Estadão)
DO CELEAKS

Corrupção, inchaço da máquina, falta de investimento condenam país a um crescimento pífio. É o preço do PT no poder.

O Brasil encerrou 2011 com um dos crescimentos mais baixos entre os emergentes. O país é o quinto que menos cresceu, em um grupo de 24 analisados, estima a consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit). E deve repetir, em 2012, uma expansão ainda moderada. Analistas projetam que o ano que começa será de recuperação, porém modesta e frágil. Traduzindo em números, o país deve crescer pouco mais de 3%, em média, nos dois primeiros anos do governo Dilma Rousseff. 
O balanço é pior do que os celebrados 4,5% médios do segundo mandato do presidente Lula (2007-2010).Embora a crise externa seja uma das causas da desaceleração, analistas dizem que os motores domésticos do crescimento começam a dar sinais de fadiga. O enfraquecimento do setor fabril, por exemplo, é um problema de difícil conserto. A EIU estima que o crescimento da indústria do país caiu de 10% em 2010 para 0,8% no ano passado.(Informações da Folha de São Paulo)
Em 2011, o setor industrial teve o segundo pior desempenho entre 24 nações emergentes. Segundo a EIU, o Brasil só superou a Tailândia, afetada por graves enchentes. Fatores como a valorização do real (que barateia os produtos importados), tributação pesada e deficiência de infraestrutura têm feito a indústria perder terreno para concorrentes externos. "As dificuldades do setor são um problema estrutural preocupante", afirma Robert Wood, analista sênior da EIU.
A expansão do crédito, que incentivou o consumo nos últimos anos, tem perdido fôlego. É uma tendência de difícil reversão no curto prazo porque o endividamento das famílias tem crescido, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, da Quest Investimentos. Analistas ressaltam ainda que o Brasil tem fragilidades estruturais que limitam a capacidade de crescimento. Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, cita a baixa capacidade de investimento do governo, que tem o orçamento muito amarrado com gastos previdenciários: "Esse é o grande diferencial dos países asiáticos. O investimento elevado aumenta a capacidade de produção e permite crescer a taxas maiores sem gerar inflação alta." 
O quadro no Brasil é o oposto. O baixo nível de investimento ao longo dos anos criou empecilhos -como na infraestrutura- que impõe um teto baixo à capacidade de crescer sem gerar inflação. A expansão de 7,5% de 2010, por exemplo, pressionou muito os preços e forçou o governo a tomar medidas para frear o crescimento. Segundo Wood, a necessidade dessa freada ajuda a explicar porque o Brasil foi um dos países emergentes com menor expansão em 2011. A piora da crise nos países desenvolvidos tende a agravar o cenário. Um dos canais de contágio já percebidos é a redução da confiança de empresários e consumidores, que acabam cortando gastos. Uma menor demanda pelos produtos exportados pelo Brasil e uma queda no fluxo de investimentos externos também devem limitar a retomada econômica em 2012.
DO CELEAKS