quinta-feira, 29 de novembro de 2012

STF tende a impedir posse de Genoíno como suplente e deve “demitir” três deputados condenados no Mensalão

Uma apertada maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal tende a julgar que os mensaleiros sofrerão perda de mandato automaticamente. Uma decisão contra três deputados condenados — Valdemar Costa Neto (PR), João Paulo Cunha (SP) e Pedro Henry (PP-MT) – pode gerar um confronto institucional entre STF e o Congresso.
A Câmara dos Deputados se julga a única com competência para promover o afastamento de seus bem remunerados pares. Na tese do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a decisão do STF teria de ser ratificada pelo Legislativo, por questões de soberania e independência entre os poderes republicanos. Se tal pensamento valer, a maioria governista no Congresso fará de tudo para embromar uma decisão contra os parlamentares.
Antes de se aposentar, o ministro Cézar Peluso já tinha votado a favor da perda automática dos mandados para os condenados. O entendimento dele tende a ser seguido pelo presidente Joaquim Barbosa e pelos ministros Luiz Fux, Celso de Mello e Gilmar Mendes. Já Marco Aurélio, Carmem Lúcia e Rosa Weber são incógnitas. Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli votariam contra. E, provavelmente, o novo ministro Teori Zavaski não votará tal questão.
O STF tem dois pepinos especiais para avaliar. Se José Borba deve perder imediatamente o mandato de prefeito de Jandaia do Sul (PR), pois já está proibido de exercer cargo, função ou atividade pública ou mandato eletivo como condenado no Mensalão. Outra decisão é a que impediria José Genoíno de assumir, como deputado, a suplência de Carlinhos Almeida (PT-SP), que foi eleito prefeito de São José dos Campos.
Decisões finais sobre a Ação Penal 470, que consumiu 49 sessões do STF desde 2 de agosto, ficam para dezembro. A tão esperada prisão de condenados é uma delas. Os mensaleiros não devem passar o Natal na cadeia. Na verdade, só devem ocorrer encarceramentos depois de publicados os acórdãos e analisados os recursos dos advogados de defesa. Tudo isso é coisa lá para o segundo semestre do ano de 2013. Assim, prisões só devem acontecer no começo de 2014.
Dos 37 réus do Mensalão, 25 foram condenados. Desses, 13 cumprirão pena em regime inicialmente fechado, Outros dez, em regime semiaberto. O detento pode sair durante o dia e voltar para a cadeia apenas para dormir. Dois réus, o ex-deputado José Borba e o ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri, terão a sorte de cumprir pena alternativa. Melhor que eles só Luiz Gushiken – que foi absolvido logo no começo – e Sílvio Pereira, que usou o expediente da delação premiada em troca de uma condenação de prestação de serviços comunitários.
Em campanha?
13 na fita
Por ironia do destino jurídico, o Supremo Tribunal Federal condenou 13 dos 25 réus do Mensalão a cumprirem pena em regime prisional fechado.
O número cabalístico 13 é o número do PT.
Mas, também, é a carta da morte no Tarô.
Se isso significa alguma coisa que se manifestem os tarólogos e cabalistas...
Primeiro round
Joaquim Barbosa sofreu ontem sua oposição de estreia na presidência do STF.
Os ministros Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli não deixaram que ele decidisse sozinho uma questão de ordem proposta pelo advogado Alberto Toron – defensor de João Paulo Cunha.
Lewandowski chegou a alfinetar Barbosa:
Tenho convicção de que as cortes trabalham em sistema parlamentarista, e não presidencialista”.
Insurgência?
Barbosa reagiu, enfurecido:
Vossa Excelência está se insurgindo contra a figura do presidente”.
No que Lewandowski ironizou:
Como? Pelo contrário. Tenho o maior respeito”.
DO ALERTATOTAL

ROSEMARY, O FALSO DIPLOMA E A SORDIDEZ DA MAIORIA DA GRANDE IMPRENSA BRASILEIRA.

Rosemary de Noronha
As trocas de favores entre a ex-chefe de gabinete da Presidência da República, Rosemary Nóvoa de Noronha, a Rose, e o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, foram muito além das indicações de cargos. Ela costumava usar os serviços de seus afilhados políticos para resolver problemas pessoais, como o divórcio e a pensão do atual marido e o diploma de curso superior para o ex-marido, José Cláudio Noronha, de quem ela ainda herda o sobrenome.
Segundo trechos obtidos por VEJA da investigação que deflagrou a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, Rose e Vieira trocaram dezenas de e-mails em 2009 sobre o tema identificado como "diploma para o JCN" – sigla que ela usava para se referir ao ex nas mensagens. A ex-chefe de gabinete queria indicar o pai de suas duas filhas a uma vaga na Aliança do Brasil Seguros – a seguradora do Banco do Brasil, posteriormente rebatizada como BB Seguros.
Noronha, que trabalha como assessor especial na Superintendência da Infraero em São Paulo, não cursou faculdade e, por proibição regimental, não poderia assumir cargo na empresa. Ciente do obstáculo, Rose não se intimidou. Procurou Vieira para conseguir um certificado falso que permitisse ao marido abocanhar a vaga de suplente no conselho de administração da Aliança, o que já lhe garantiria uma polpuda remuneração.
"Graças a Deus saiu o que eu esperava. Preciso do diploma urgente. Para adiantar, tenho que colocar no currículo a formação. Qual é o nome?”, questionou a ex-chefe de gabinete do governo petista em e-mail enviado a Paulo em 4 de maio de 2009. Segundo o inquérito, o que Rose tanto esperava era a vaga para seu ex-marido. Ela, aparentemente, demonstrava total desconhecimento do título que Claudio receberia – afinal o que lhe interessava era apenas o papel que lhe permitiria dar prosseguimento à negociação para sacramentar a indicação. No passo seguinte, coube ao ex-diretor da ANA não apenas forjar o diploma como também obter o reconhecimento oficial do Ministério da Educação (MEC). Leia TUDO AQUI e veja os documentos
MEU COMENTÁRIO: Notem que em diversas matérias que a grande imprensa publica sobre mais esse escândalo do governo do PT relativo à Operação Porto Seguro da Polícia Federal, refere-se a "uma quadrilha infiltrada no governo".
Neste caso, eu retruco indagando: Como infiltrada?, haja vista que os envolvidos fazem parte do governo e órgãos estatais.
Esta é uma forma solerte e mentirosa de desvincular essa roubalheira e tráfico de influência do governo da Dilma, ou seja, do governo do PT.
Não é infiltração nenhuma. Está dentro do próprio poder em mãos do PT, leia-se de Lula e seus sequazes que aparelharam todas as instâncias da administração pública.
Resta apenas a cereja do bolo, que é o Poder Judiciário, ou seja, o STF! 
Dado ao fato de que a Oposição está de férias ou de licença prêmio, não será de estranhar que Lula e seus sequazes atinjam esse objetivo de domínio total do Estado, reproduzindo o ambiente institucional hoje existente em republiquetas como a Venezuela chavista, o Equador, a Bolívia, a Argentina kircherista e o Uruguai sob o comando o tumaro da maconha.
A grande imprensa brasileira atingiu um nível de sordidez inimaginável.
NÃO HÁ NENHUMA INFILTRAÇÃO! A CORRUPÇÃO ESTÁ ENTRANHADA NO CORAÇÃO DO PODER! ESTA É A VERDADE QUE TEM DE SER DITA.
DO ALUIZIO AMORIM      

Compraram o passe da Rose.

Nota à Imprensa:
"A respeito das denúncias publicadas a partir da operação Porto Seguro, da Polícia Federal, minha cliente Rosemary Noronha repudia todas as acusações que têm sido divulgadas pela imprensa e tem certeza que sua inocência será provada em juízo. Desde a última sexta-feira, Rose se colocou à disposição do delegado Ricardo Hiroshi Ishida, responsável pelo caso, para prestar todos os esclarecimentos necessários fornecendo os contatos e endereços seus e de seus advogados. 
Sobre a operação da Polícia Federal, Rosemary Noronha tem a declarar: Do dia para a noite, tive minha vida devassada e apontada como pivô de um esquema criminoso que atrai a atenção de toda a mídia. Sou, portanto, a pessoa mais interessada em provar que não tive qualquer participação em supostas fraudes em pareces técnicos ou corrupção de servidores públicos para favorecimento a empresas privadas. 
Enquanto trabalhei para o PT ou para a Presidência da República, nunca fiz nada ilegal, imoral ou irregular que tenha favorecido o ex-ministro José Dirceu ou o ex-presidente Lula em função do cargo que desempenhavam. Nunca soube também de qualquer relação pessoal ou profissional deles com os irmãos Paulo e Rubens Vieira. 
Quero dizer que todas as viagens que fiz ao exterior foram por solicitação do cerimonial da PR, em decorrência de meu cargo e função e, para isso, fiz curso no Itamaraty, não havendo, portanto, nada de irregular ou estranho neste fato. Há mais de 10 anos, tenho com o senhor Paulo Vieira uma forte relação de amizade, hoje abalada por detalhes da operação da Polícia Federal. 
Mesmo perplexa com o caso, tenho absoluta certeza de minha inocência. Não cometi tráfico de influência nem qualquer ato de corrupção, como em breve ficará provado. 
São Paulo, 29 de novembro de 2012
Luiz José Bueno de Aguiar e Rosemary Novoa de Noronha" 
DO CELEAKS

#BOMBA! PF revela que Rose ligou 5 vezes por dia para #LULA. 54 minu


Dessa vez Lula não pode dizer que não sabia de nada pois, a Corrupta que indicou para o Gabinete da Presidência, mantinha contato com ele pelo menos 5 vezes por dia. Pois é, esta mesma Rose, Rosinha, Rosemary ou Rosa para os íntimos, fez um grande estrago nos cofres públicos. Tanto na época que trabalhou para José Dirceu, como quando para Lula e por último para Dilma. Uma mulher como essa, acusada de corrupção até o pescoço e que passava o dia todo pendurada no telefone com o poderoso Chefão, não pode dizer que apenas era amiga do mesmo e que só ficava batendo papo. As 122 telefonemas que eles tiveram, ou era para tratarem assuntos sobre corrupção, ou era para planejarem a próxima lua de mel no país que visitariam juntinhos dentre os 30 por onde estiveram, ou apenas conversavam sobre a morte da bezerra. Não sei, só a PF sabe. A única coisa que sei é que perderam muito tempo e gastaram muito dinheiro público em tantas ligações. Só por isso já deveriam ter recebido justa causa pelo STF.

Vejam o babado...

E-mail mostra proximidade de Rose com Lula

Polícia Federal teria gravado também 122 telefonemas entre a ex-chefe de gabinete e Lula, de março a outubro de 2011 – uma média de cinco por dia

Rosemary Nóvoa de Noronha e Lula
Segundo PF, Rose e Lula se falavam ao telefone cerca de cinco vezes ao dia (AE e Reuters) A ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo indiciada por corrupção naOperação Porto Seguro, Rosemary Nóvoa de Noronha, afirmou, em e-mail interceptado pela Polícia Federal em março deste ano, que conversava "todos os dias" com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A mensagem foi enviada por Rose a Paulo Vieira, diretor afastado da Agência Nacional de Águas (ANA), apontado por investigadores como chefe de uma quadrilha que comprava pareceres técnicos de órgãos públicos para beneficiar empresas. Paulo foi afastado da função.  "Mandei uma notícia de ultima hora sobre a alta do PR (presidente da República) e vc nao falou nada... Tenho falado com ele todos os dias, agora ele já está voltando a política e logo vou resolver se fico no Gabinete" (sic), escreveu Rose a Paulo Vieira. A sigla PR é usada no Palácio do Planalto para identificar presidentes. O e-mail foi enviado em 29 de março, um dia depois que a equipe médica do Hospital Sírio-Libanês confirmou a remissão total de um tumor na laringe do ex-presidente. Na ocasião, Luladivulgou um vídeo em que dizia "voltar à vida política". Telefonemas – A operação da Polícia Federal também teria gravado 122 telefonemas entre o ex-presidente e Rose entre março de 2011 e outubro deste ano, segundo reportagem publicada pelo jornal Metro. A média seria de cinco ligações por dia.  A oposição cobrou explicações de Lula sobre a nomeação de Rose, e sobre os contatos entre ela e o ex-presidente. "Qual o motivo desses contatos, uma vez que ele não estava mais na Presidência?", indagou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). A assessoria do Instituto Lula, que representa o ex-presidente, não se manifestou sobre o caso. Os partidos também querem ouvir explicações dos diretores de agências nomeados por Rose. Os parlamentares ainda pedirão esclarecimentos ao advogado-geral da União, Luís Adams, sobre o envolvimento de seu subordinado José Weber Holanda, advogado-geral adjunto, no esquema. (Com Estadão Conteúdo)http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/e-mail-mostra-proximidade-de-rose-com-lula
DO #PROTESTABRASIL

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ah, meu Deus! Mais uma conspiração contra o Zé!!! Homem que delatou esquema de corrupção diz ter recebido suborno para atender a pedido de Dirceu

É claro que José Dirceu não tem nada com isso. É claro que tudo não deve passar de uma tramoia das – como é mesmo, Rui Falcão? – “elites sujas e reacionárias”; é claro que devemos estar diante de mais um “golpe da mídia” contra patriotas como o próprio Dirceu, o Apedeuta, Paulo Vieira e até Rosemary Nóvoa Noronha, a “mulher de Lula” no escritório da Presidência da República em São Paulo. O fato, no entanto, é que Cyonil Borges, o que homem que primeiro delatou a mais nova sujeira conhecida da República, diz ter recebido grana para atender a interesses de José Dirceu.
O intermediário, segundo ele, foi Paulo Vieira, diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA). Pois é… O PT nem teve tempo ainda de deflagrar a sua campanha suja contra o STF, e eis que já surge um novo escândalo. E lá está o Zé no meio, o “consultor de empresas privadas”. Quando a PF chegou, Rose não teve dúvida: ligou para aquele que tinha sido seu chefe por 12 anos… Ô Zé! Assim as coisas ficam difíceis!
Quem pode estar profissionalmente satisfeito é José Luís de Oliveira Lima, o “Juca”, advogado de José Dirceu – ainda que, pessoalmente, possa estar com o coração partido. Uma coisa é certa: Dirceu não permite que a vida de “Juca” seja aborrecida.
Leiam o texto que vai na VEJA Online.
*
O delator do esquema de corrupção desarticulado pela Operação Porto Seguro afirmou nesta terça-feira ter recebido oferta de suborno de 300 000 reais para beneficiar o ex-ministro José Dirceu. Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges afirmou que o pedido de Dirceu foi feito por intermédio de Paulo Vieira, diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA). Vieira, que está preso, é apontado pela Polícia Federal como chefe da quadrilha que se infiltrou em órgãos públicos federais para obter pareceres técnicos fraudulentos, em nome de interesses privados.
Cyonil disse ter conhecido Vieira em 2002 e se tornado próximo dele em 2008, quando foi convidado a fazer uma palestra na Advocacia-Geral da União (AGU) sobre portos, sua área de especialização. Em 2010, Vieira convidou Cyonil a participar da festa de aniversário de José Dirceu. O auditor declinou o convite. Segundo Cyonil, o ex-ministro tinha interesse em um processo no TCU sobre a empresa Tecondi, no Porto de Santos (SP).
O auditor diz ter recebido, durante um almoço, uma oferta de propina de Vieira, em uma folha de papel. “Ele escreveu que o processo era de interesse de José Dirceu, escreveu 300 000 reais e passou para mim”, disse Cyonil. “Uma hora, ele dizia que o dinheiro vinha da empresa, em outra, que era interesse de José Dirceu e que o dinheiro vinha dele.”
Cyonil confirmou ter recebido dois pacotes de Vieira, com 50 000 reais cada. O montante, no entanto, foi posteriormente entregue à Polícia Federal, quando o auditor resolveu fazer a denúncia. O delator chegou a enviar e-mails a Vieira pedindo mais dinheiro, segundo Cyonil, uma tática para obter provas da corrupção a serem entregues para a PF. “Eu não tinha provas, eu não tinha nada. Se eu, naquele momento, levasse o caso à PF, seria a palavra de um servidor contra a do diretor de uma agência reguladora.”
Entenda o escândalo
Na sexta-feira da semana passada, a Polícia Federal deflagrou em São Paulo e em Brasília a Operação Porto Seguro. A ação desarticulou uma quadrilha que se infiltrou em órgãos federais para a obter pareceres técnicos fraudulentos, em nome de interesses privados.
O grupo era comandado pelos irmãos Paulo e Rubens Vieira, instalados em cargos de direção de agências reguladoras, e pela chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha – mulher de confiança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Seis pessoas foram presas e dezenove, indiciadas pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e corrupção ativa e passiva. A investigação partiu de denúncia feita por Cyonil da Cunha Borges.Texto publicado originalmente à 1h13
 Por Reinaldo Azevedo

Para o PT a história sempre se repete

MARCO ANTONIO VILLA
Uma nova operação da Polícia Federal atingiu o Partido dos Trabalhadores. Não é a primeira vez. Mesmo com todo o estardalhaço causado pelo julgamento do mensalão, parece que nada detém a ânsia de saquear o Erário. Agora, uma das acusadas é a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, que teria negociado pareceres técnicos fraudulentos.
Os agentes da PF foram ao escritório chefiado por Rosemary para a devida busca e apreensão de documentos. Indignada, a funcionária não fez o que seria considerado plausível: entrar em contato com seu advogado. Não. Buscou algo superior: o sentenciado José Dirceu. Isto mesmo, leitor.
E veja como o Brasil continua de ponta-cabeça. A funcionária petista ligou para Dirceu, com quem tinha trabalhado durante 12 anos, em busca de proteção. O amigo, que, como é sabido, está condenado a dez anos e dez meses de prisão, nada pode fazer.
Em seguida, ela tentou falar com o ex-presidente Lula, de quem é amiga. Mas o antigo mandatário está fora do país. Restou Gilberto Carvalho, o onipresente para assuntos deste jaez, mas que também não pode ajudá-la.
A sequência dos contatos e a naturalidade são indicativas de como os petistas pouco estão se importando com o clamor popular em defesa da moralização. Continuam se considerando acima do bem e do mal. E, principalmente, acima da lei.
Para piorar ─ e reafirmar o desprezo pela ética na política e na administração pública ─ o segundo homem na hierarquia da Advocacia Geral da União, José Weber Holanda, está sendo acusado de fazer parte deste grupo (a expressão correta, claro, deveria ser outra). Fica a impressão de que na administração petista tudo pode, que o governo está à venda.
Frente às denúncias, a presidente Dilma Rousseff vai agir da forma já sabida: exonera o acusado da função, diz que não admite malfeitos e nada vai apurar. Foi este o figurino nestes quase dois anos de governo.
Isto explica a sucessão de escândalos. Se o procedimento tivesse sido o de apurar uma denúncia de corrupção, os casos não se sucederiam. Mas o governo sabe que conta com o tempo e o esquecimento. O leitor lembra da primeira denúncia de corrupção? Sabe se foi apurada? E o acusado foi processado? Alguém foi preso?
As últimas denúncias só reforçam o entendimento da lógica de poder do PT. O controle do Estado é um instrumento para se perpetuar no poder. Transformaram o exercício de uma função pública em meio de vida.
Vimos no processo do mensalão como o sentenciado José Dirceu resolveu o problema de uma das suas ex-mulheres. Ela queria porque queria um apartamento maior (e quem não quer?). O então todo-poderoso ministro da Casa Civil transferiu o clamor para Marcos Valério, que, prontamente, atendeu a ordem do chefe.
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, em um dos seus votos, destacou este ponto, de como uma “sofisticada organização criminosa” resolvia também problemas pessoais dos seus membros. A história se repetiu: a senhora Rosemary queria fazer uma cirurgia. Resolveu, de acordo com a denúncia, recebendo um suborno. Queria fazer uma viagem em um cruzeiro. E fez. Como? Da mesma forma como realizou a cirurgia.
Nada indica que os detentores do poder vão mudar sua forma de agir. Farão de tudo para manter este estilo ─ vamos dizer ─ despojado de tratar a coisa pública. É como se o Estado brasileiro fosse propriedade partidária. E pobre daquele que se colocar no meio deste caminho nada luminoso. Será atacado, vilipendiado, caluniado.
Porém, não podem controlar tudo, todos os poderes da República. Ainda bem. Hoje, o maior obstáculo para a transformação completa da coisa pública em coisa petista é o Poder Judiciário.
É sabido ─ e eu já escrevi sobre isso ─ que o Judiciário tem muitos problemas e defeitos. É verdade. Mas na quadra histórica que vivemos é o único poder que não é controlado plenamente pelo petismo. Daí o ódio manifestado diuturnamente pelos seus porta-vozes (e não faltam línguas de aluguel), como ainda é possível observar no julgamento do mensalão.
A sucessão de derrotas ─ com as condenações dos réus petistas ─ deixou transtornados os petistas. Basta ler declarações racistas contra o ministro Joaquim Barbosa, as pressões para a nomeação de um novo ministro “companheiro” ─ na vaga aberta pela aposentadoria de Ayres Brito ─ ou simplesmente ter observado o descaso da presidente Dilma Rousseff quando da posse do novo presidente do STF.
O novo passo para sufocar o Judiciário é o projeto, com apoio do PT, que está tramitando na Câmara dos Deputados que retira do Ministério Público o poder investigativo. É uma evidente retaliação.
Há uma relação direta entre o julgamento do mensalão, a brilhante denúncia apresentada pelo procurador Roberto Gurgel e a consequente condenação dos petistas e seus asseclas, e esta nova investida. É como se o Ministério Público tivesse cometido uma traição ao produzir provas que levaram a liderança petista de 2005 à cadeia.
Nada indica que o PT vai aceitar a prisão dos seus líderes, apesar do devido processo legal, do amplo direito de defesa, da transmissão de todas as sessões do julgamento pela televisão. Vai fazer de tudo para “melar o jogo”. Criar situações de desconforto político e até, se necessário, uma crise institucional.
Suas principais lideranças nunca admitiram a existência de qualquer obstáculo às suas pretensões de exercer o poder sem qualquer prurido. A máxima petista é a de que o bom poder é aquele que é exercido sem qualquer limitação legal.
DO B. DO  AUGUSTO NUNES-REV VEJA

CPI do Cachoeira – Relator admite que pode mudar alguns pontos de texto desvairado

O deputado Odair Cunha (PT-MG), o relator que entregou a radicais do PT a tarefa de redigir o relatório da CPI do Cachoeira, nem leu ainda seu texto, e outro escândalo já mesmeriza o noticiário. E por boas razões. A disposição do governismo de investigar as falcatruas é a mesma demonstrada pelo relator: nenhuma. Em seu texto escandaloso, como é sabido, Cunha se encarregou de proteger o amigos e alvejar os “inimigos” – imprensa e procurador-geral da República. Nesta terça, ele admitiu que pode fazer algumas mudanças… Sei, sei…
Deixo claro que mesmo o pedido de indiciamento de Fernando Cavendish é só o vício fingindo que homenageia a virtude. A comissão, na prática, se negou a investigar as relações da empresa com o governo federal e com o governo “na-boquinha-da-garrafa” do Rio. Leiam o que informa Tai Nalon na VEJA.com:
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), afirmou nesta terça-feira que poderá fazer mudanças no relatório preliminar antes mesmo de tentar novamente ler o documento nesta quarta em reunião da comissão. Ele reuniu-se agora à noite com deputados da ala governista para discutir pontos controversos do texto – entre eles o pedido de investigação pelo Conselho Nacional do Ministério Público do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cuja retirada do texto está, segundo Odair, sendo negociada. 
Questão de dissenso mesmo entre aliados, a justificativa oficial para a inserção do nome de Gurgel no texto é que o procurador não deu continuidade às investigações da Operação Vegas, da Polícia Federal. “Eu reafirmei [na reunião] as razões que me levaram a incluir este tema no relatório, por convicção sobre uma dúvida existente na conduta do procurador-geral. Mas isso não é uma questão central no debate do relatório”, disse Odair. 
As questões centrais, segundo ele, seriam a organização criminosa capitaneada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, o seu modus operandi e o seu sistema de financiamento. A retirada de nomes como o de Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções, e o de Marconi Perillo, governador de Goiás pelo PSDB, portanto, na avaliação dele, é inegociável. “Temas não centrais do nosso relatório podem sim ser negociados”, disse. “Eu quero usar o prazo que eu tenho [para negociar mudanças] até antes da leitura amanhã.”
As negociações, para Odair, no entanto, não devem incluir o pleito de parlamentares, que pedem sobretudo a inclusão do nome do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral (PMDB), que teve as investigações sobre sua relação com Cavendish barradas. Odair disse que, ao menos até agora, não houve qualquer sugestão de inclusão no texto que pudesse ser acatada. “A questão do governador é uma conduta que não foi investigada pela CPMI. Exatamente por isso não deve ser analisada sob ponto de vista de indiciamento”, afirmou.
Odair admitiu também que pode retirar do relatório o pedido de indiciamento de jornalistas, entre eles o do diretor da sucursal de Brasília de VEJA, Policarpo Júnior. Nota de esclarecimento de VEJA, publicada na última quinta-feira, mostra que o relatório, redigido sob pressão da ala radical do PT, suprimiu provas de que os contatos entre Policarpo e Cachoeira jamais extrapolaram os limites do trabalho de um repórter em busca de informações. Segundo Odair, o tema não é questão central no relatório.
A CPI do Cachoeira se reúne nesta quarta-feira para nova tentativa de leitura do relatório. Na semana passada, entre bate-bocas e questões de ordem, o relator pediu o adiamento da apreciação para negociar com parlamentares o conteúdo do documento.
Por Reinaldo Azevedo

Rui Falcão desautoriza relator petista da CPI: ‘Não pedi a você o indiciamento de jornalista’



O presidente do PT, Rui Falcão, reuniu-se com representantes do partido na CPI do Cachoeira. Relator da comissão, o deputado Odair Cunha (PT-MG) pediu socorro ao partido para salvar seu relatório. Em vez de palavras de apoio, ouviu críticas, sobretudo de Falcão.
O mandachuva do PT disse a Odair (na foto) que está “apanhando” da imprensa por ser o suposto mentor do texto final da CPI. Insinuou que só não respondeu às críticas para preservar o relator. Mas fez questão de desvincular-se da carapuça.
A certa altura, Falcão indagou: “Não te liguei pra pedir o indiciamento do Policarpo [Júnior], liguei?” Referia-se ao diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, acusado no relatório de manter com o bicheiro Carlinhos Cachoeira relações que, na visão de Odair, extrapolaram as fronteiras do jornalismo.
Odair reconheceu que, de fato, não recebera orientação direta de Falcão. Mas afirmou que o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), falara em nome do presidente do partido. Falcão retrucou. Negou que houvesse feito qualquer pedido. Ausente da reunião, Tatto foi desautorizado sem defesa.
No seu relatório, Odair citou 12 jornalistas. Pediu o indiciamento de cinco. Entre eles Policarpo. A investida contra a imprensa é um dos pontos que levaram as legendas governistas a tomar distância da peça produzida pelo relator do PT.
O que estava combinado, disse Falcão no encontro, é que o PT tentaria convocar o repórter de Veja para depor na CPI. Frustrada a iniciativa, o pedido de indiciamento não faria nexo. Falcão recordou conversa telefônica que tivera com Odair depois que tomou conhecimento do texto dele. “Eu disse pra você: como é que pode indiciar uma pessoa que não foi convocada a depor? Todo mundo estranha.”
Odair foi criticado também por não ter consultado o PT e seus aliados durante a produção do relatório. Ouviu apenas o líder Tatto e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da CPI. Com isso, como que desabrigou todo mundo de apoiá-lo. A própria reunião do PT, realizada nesta segunda-feira (26), evidenciou o isolamento.
Nenhum dos senadores petistas com assento na CPI participou da conversa. Além de Falcão e de Paulo Texeira, apenas o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) deu as caras. À procura de uma saída, Odair esboçou um pedido de auxílio para vencer as resistências dos partidos aliados, principalmente o PMDB. E Falcão: “Eu não mando no PMDB.”
A cúpula do PT foi informada de que o PMDB já virou a página da CPI. Para trás. O sócio do PT planeja derrotar o relatório de Odair. Na sequência, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), nomearia um novo relator. A preferência parece recair sobre o deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF).
No novo relatório, o indicado de Vital se limitaria a fazer um histórico dos trabalhos da CPI, remetendo todo o material recolhido pela comissão ao Ministério Público Federal. Nada de indiciar jornalistas ou de pedir a abertura de investigação contra o procurador-geral da República Roberto Gurgel, como fez Odair.
Confirmando-se esse roteiro, a CPI terminará como começou: na estaca zero. Na prática, mandará de volta à Procuradoria os dados que recebeu da Polícia Federal e dos procuradores envolvidos na investigação da Operação Monte Carlo. De novidade, apenas um lote de depoimentos imprestáveis e informações bancárias que a maioria da comissão prefere não aprofundar.
Numa palavra, a CPI flerta com o fiasco. Um fiasco que, noves fora os salários dos pseudo-investigadores, custou à Viúva pelo menos R$ 200 mil. No encontro do PT, ficou entendido que o partido não quebrará lanças pelo relatório de Odair. Votará a favor do texto. Afagará o autor em discursos. E só.
POR JOSIAS DE SOUZA-UOL

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Bastidores: Ex-assessora da Presidência diz que 'não vai cair sozinha'


Rosemary Nóvoa de Noronha perdeu cargo por suspeita de envolvimento com quadrilha acusada de traficar pareceres de órgãos federais para beneficiar empresários
Integrantes do PT entraram em ação nas últimas 48 horas para tentar acalmar a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, que está desarvorada com a perda do cargo e com o indiciamento por parte da Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que traficava pareceres técnicos.
Rosemary teve seus telefones grampeados e a memória de seus computadores está sendo vasculhada pela PF. Por isso, de acordo com informações de petistas, uma operação "acalma Rose" foi deflagrada para dar suporte a ela.
Segundo eles, Rosemary é conhecida por sua instabilidade emocional. Ela chora a todo instante. Em alguns momentos, chega a fazer ameaças - conforme os relatos - dizendo que não vai perder tudo sozinha e que não verá sua vida ser destruída sem fazer nada. "Não vou cair sozinha", avisou.

A ex-chefe do escritório paulista, que sempre se sentiu à vontade para ligar para a cúpula petista e ministros, recorreu ao ex-ministro José Dirceu ao perceber a presença da PF em sua porta. Ela trabalhou com ele por 12 anos. O ex-ministro, que no momento pretende percorrer o País para dizer que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de lhe aplicar uma pena de 10 anos e 10 meses é política, respondeu que não poderia fazer nada. Rosemary tentou ainda falar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que não lhe atendeu. Como seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava voando da Índia para o Brasil, foi atrás do ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, que do mesmo modo nada pôde fazer, a não ser tentar acalmá-la.
Rosemary já estava sentindo seu poder esvaziado desde a saída de Lula do governo. Com a posse de Dilma Rousseff, perdeu parte da liberdade de agir no escritório em São Paulo e de dar ordens à comitiva presidencial. Auxiliares da presidente passaram a deixá-la em segundo plano, assim como os assessores do vice-presidente Michel Temer, que usa muito o escritório de São Paulo. Outros, como o governador da Bahia, Jacques Wagner, se recusavam a participar das reuniões nas quais ela estivesse presente.
Mas, mesmo assim, Rosemary permanecia no cargo por interferência do ex-presidente. O escritório paulista costuma ser usado quando Dilma faz reuniões com ele em São Paulo. Na campanha, muitas negociações políticas foram ali acertadas. Dilma já fez também reuniões com empresários no local. Em todas as ocasiões, o trânsito dela em relação à presidente era "zero".
A temida "madame", como gostava de ser chamada, já não despertava mais temor entre subordinados - que nunca recebiam dela um polido tratamento -, porque não tinha influência sobre a equipe de Dilma. Mas isso não impedia que continuasse a usar o nome de Lula, de quem sempre foi muito próxima, para fazer do escritório uma espécie de balcão de varejo.
 Tânia Monteiro
O Estado de S.Paulo

INVERSÃO DE VALORES


Lucide
Depois de tantas e tenebrosas transações que ainda não pararam de acontecer sabe o que penso:
1- Qual a finalidade de dois escritórios da Presidência da República? Um em São Paulo e outro em Brasília? Isso é, no mínimo, desperdício de dinheiro público;
2- Cadê os auditores do Brasil? Não existe auditoria? E auditoria preventiva cadê?;
3- Não está na hora de cassar os direitos políticos do Lula depois de tantas e comprovadas maracutaias sem fim?;
4- Passou da hora de acabar com esses tais cargos de confiança. Qual é a finalidade de tanto cargo de confiança e com pessoas suspeitíssimas há muito tempo;
5- Quem fiscaliza a classe empresarial no país? Tem empresário passando dos limites e faz tempo (o ambiente propício favorece a corrupção);
6- A imprensa, o cidadão, os órgãos fiscalizadores estão sendo corrompidos? Apertar o cerco da fiscalização. Quando esses perceberem que poderão ir para a cadeia, terão que devolver o dinheiro roubado com juro e correção monetária e multa vão pensar mil vezes antes de aceitar alguma proposta indecende;
7 – Premiar quem denuncia e não punir o denunciador.
Aqui, não está havendo uma INVERSÃO DE VALORES?
Passou da hora de mudar muita coisa nesse Brazzziiilllll.

DO R.DEMOCRATICA

CPI da Rose?


A previsão do tempo para segunda-feira é: O Brasil explode politicamente

Alerta Total
Por Jorge Serrão
Dilma tentará se blindar, com discurseira de combate à corrupção, justificada com as exonerações em alta velocidade.
Tudo pode piorar se o dólar subir, sem controle do Banco Central, alimentando o risco de problemas econômicos.
Segunda-feira também recomeça o julgamento para definição de penas dos condenados no Mensalão. No Congresso, a oposição falará grosso contra Lula e o PT, pedindo uma CPI sobre a escandalosa Operação Porto Seguro que também mexe com o ex-senador Gilberto Miranda – que é ligadíssimo ao poderoso presidente do Senado, José Sarney.
Investigações da PF indicam que “Doutora Rose” era responsável pela nomeação e pelas ações fora da lei promovidas pelos “Irmãos Vieira”: Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Marcelo Rodrigues Vieira, também da Anac. Detalhe importante: os irmãos Vieira eram apadrinhados de Lula, Rose e Dirceu.
O escândalo transforma em “roubo de galinha” o Mensalão agora julgado no STF. Envolve servidores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Anac, da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia Geral da União (AGU) e do Ministério da Educação (MEC). A organização criminosa atuava também agilizando processos em órgãos públicos e falsificando documentos em troca de dinheiro e vantagens.
Os pareceres fraudados eram usados por empresas interessadas em processos de licitação junto ao governo.
“Doutora Rose” era poderosa e muito influente. Na década de 90, foi assessora de José Dirceu de Oliveira e Silva. Naquela época, conheceu Luiz Inácio. Rose começou a trabalhar no governo Lula em 2003 como assessora especial do gabinete da Presidência em São Paulo. Em 2005, virou a “Doutora Rose, ao ser nomeada chefe de gabinete do escritório regional da Presidência, na Avenida Paulista.
Rose já esteve envolvida em problemas na do governo Lula. Em 2006, quando explodiu o escândalo dos gastos com cartões de crédito corporativos, o nome dela estava na lista de 65 servidores que fizeram saques para pagamento de despesas da Presidência.
O deputado Indio da Costa (DEM-RJ), então candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB), e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) pediram a convocação de Rose para depor na CPI criada para investigar o uso dos cartões corporativos. O caso, como tantos outros, deu em nada.
Rosemary é tão ligada Lula que costumava participar da maioria de suas viagens internacionais, nos oito anos de governo. Chegou a fazer 17 viagens presidenciais, entre 2005 e 2010. Somando todas, teria embolsado R$ 45 mil em diárias.
Rose costuma integrar o Escav (escalão avançado), equipe que preparava a chegada de Lula aos países. Rose estaria separada de José Cláudio de Noronha.
O ex-marido marido ocupa um cargo de assessoria especial na administração regional da Infraero em São Paulo. Deve ser também “justiçado” pela ira de Dilma.
A cúpula petista sabia que Rose era amiga íntima de Lula. Logo, se ele “não sabia de nada” que ela fazia, o maior mito apedeuta do universo poderia se considerar um sujeito traído?
Se for, e voltar ao Brasil jurando pela felicidade da nação corinthiana que de nada sabia, Lula merecerá ser tratado como uma espécie de “Grande Corno Político”.
Talvez a ele se aplique uma versão atualizada e parodiada de um velho provérbio:
“Diga-me com quem amas que vos direi quem és”.
O risco real: esse perigoso caso pode acabar em ruptura institucional ou na pizza podre de sempre...

DO R.DEMOCRATICA

Outras falcatruas de petistas, e Lula repete que 'não sabia de nada'?


"Eu me senti apunhalado pelas costas."

“Tenho muito orgulho do escritório da Presidência, onde eram feitos encontros com empresários para projetos de interesse do País”, acaba de declarar o ex-presidente Lula, segundo pessoas a ele ligadas, referindo-se à Operação Porto Seguro, que resultou na prisão de alguns membros do Governo e exoneração da chefe do gabinete do Escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha, a Rose, nomeada para o cargo pelo ex-presidente Lula, e mantida no cargo pela presidente Dilma Rousseff, a pedido de Lula, e do segundo na hierarquia da Advocacia-Geral da União (AGU), José Weber Holanda;
Outra vez essa ladainha?
Será que o ex-presidente Lula continua achando que o povo é o mesmo de sete anos passados, que acreditou nele, quando deu entrevista fora do País, longe da imprensa local, desculpando-se do 'malfeito' praticado sob o comando de José Dirceu caracterizado como o 'Mensalão do PT' e que levou seu antigo chefe da Casa Civil a ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 10 anos de prisão, acompanhado de grande número de outros petistas e também de integrantes da 'base aliada' do Governo no Congresso e ainda banqueiros e empresários;
Já é tempo de Lula mudar o disco.
Chega de desculpa esfarrapada!

Não dá para acreditar que todas sujeiras praticadas por pessoas próximas de dele não são do seu conhecimento.
Será que ele prefere fazer o papel de bobo da corte?
Ou de boneco de ventríloquo?

Seus 'companheiros' de confiança fazem o que bem querem nas suas barbas (quando ele ainda as tinha) e ele nada vê nem sabe?
Não dá mais para enganar ninguém.

Tudo não passa de um bem engendrado processo de despistar a opinião pública, coisa que deu muito certo há sete anos, mas que agora pode se transformar num autêntico tiro pela culatra, algo que já começa a se transparecer como na pesquisa feita nos últimos dias apontando Dilma Rousseff como favorita numa possível eleição para Presidente, com 28% de preferência, vindo Lula em segundo, com 19%, fato que nunca antes ocorrera.
DO PONTOEVIRGULA 

Polícia Federal tem 122 gravações que revelam como Rose discutia negócios com “Tio” Lula e Dirceu


Por Jorge Serrão
Exclusivo – A Polícia Federal está atrás de um motoboy chamado Roberto. O motociclista profissional, que está desaparecido, tem em seu poder 10 comprometedores envelopes com documentos de alto interesse para a Operação Porto Seguro.
O rapaz simplesmente não cumpriu a missão de entregar o material enviado ao consultor José Dirceu de Oliveira e Silva pela agora exonerada chefe de Gabinete da Presidência da República, Rosemary Novoa de Noronha.
Amiga pessoal do ex-Presidente Lula da Silva, ela foi indiciada por coordenar um mega esquema de corrupção ativa e tráfico de influência para beneficiar empresas que faziam negócios com o Governo Federal.
A avaliação geral é que Rose não tinha competência para comandar, sozinha, um esquema tão complexo. Logo, Rose tinha um chefão por trás dela. Quem era? A PF e o MPF só não descobrem se não quiserem.
Outra bomba mantida em sigilo da Operação Porto Seguro deixa Lula e Rose na maior saia justa. A Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, já está de posse de 122 gravações de conversas telefônicas entre Luiz Inácio Lula da Silva e Rosemary Novoa de Noronha.
Ele a chamava de “Rose” ou “Rosa”. Ela o tratava pelo amoroso apelido de “Tio”. Nas conversas, Rose passava ao amigo informações sobre quem deveria receber em audiência e para quem deveria mandar documentos.
Todo esse material sigiloso – que pode ser varrido do mapa pelas conveniências do poder – foi recuperado por uma empresa de alta tecnologia paulista que pode tornar públicas as informações, caso sofra ameaças ou retaliações.
Os arquivos foram recuperados de um computador cujo Hard Disk (HD) fora formatado, na vã tentativa de esconder e eliminar informações comprometedoras.
O azar dos bandidos é que a empresa, com tecnologia israelense, consegue salvar 100% dos dados de um disco rígido que tenha sido formatado até oito vezes seguidas.
Agora, o medo maior do Palácio do Planalto é que vazem documentos ainda mais comprometedores sobre Rose e suas ligações pessoais e de negócios com Lula – e também com José Dirceu.
A Presidenta Dilma Rousseff fará neste domingo sua terceira reunião seguida do desesperado Gabinete de Crise. Neste sábado, em mais uma tensa sessão de espinafração, Dilma resolveu exonerar Rosemary Novoa de Noronha.
Como ela não pediu exoneração, conforme fora aconselhada a fazer, acabou saída por Dilma. A Presidenta escalou seu Secretario-Geral Gilberto Carvalho para transmitir a terrível notícia a Lula, assim que ele desembarcou da viagem à Índia.
Dilma também canetou José Weber Holanda Alves (Advgado-Geral-Adjunto da União. Só não se sabe se o superior dele Luis Inacio (com S) Adams tenha repetido a costumeira artimanha do Luiz Inácio (com Z), alegando que nada sabia sobre o que seu imediato fazia de errado. Dilma pode também afastá-lo, assim que puder.
Adams, que sonhava com o STF, agora vive um pesadelo acordado e tem tudo para ficar desempregado.
Mais uma bomba! A Agência Brasileira de Inteligência foi alertada em outubro de que haveria uma investigação sobre Rosemary.
No informe de classificação A1A, a Abin informou ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência de que Rosemary enviava documentos para apartamentos em Interlagos e nos Jardins. O material seria destinado, pessoalmente, a José Dirceu e Luiz Inácio Lula da Silva
Lula teria falado sobre o delicadíssimo assunto da investigação sobre Rose com a Presidenta Dilma durante o último jantar antre ambos. Dilma cobrou da PF se havia tal investagação. Foi-lhe alegado que nada havia na PF, mas que poderia ter algo sendo engendrado no Ministério Público. Quinze dias atrás, Dilma soube que o caso era gravíssimo e poderia estourar a qualquer momento.
E explodiu feio! Na verdade, tudo parece um grande contra-golpe. O que teria desencadeado o ápice da Operação Porto Seguro foi o movimento radical do PT contra a Justiça, o Ministério Público e, especificamente, contra o Procurador-Geral Roberto Gurgel – ameaçado de indiciamento da CPI do Cachoeira. O “troco” ao radicalismo burro da petralhada veio em alta velocidade.
Agora, a PF e o MPF têm um complicado quebra-cabeças para montar – que mais parece o roteiro de uma novela mexicana. Também não será fácil provar que a Dilma não tinha “domínio dos fatos”. Parece que se repete a novela do Mensalão – com milhões de reais de agravantes, já que não dá para crer que uma super-secretária e amiga de Lula tinha poder para coordenar todo o crime que agora lhe atribuem.
Foi o “Black Friday de Lula”
Em tese, um mito nunca morre. Mas os poderes míticos se enfraquecem. Seja por influência do Poder da Justiça ou do Poder Divino. O risco de condenação judicial provoca danos à imagem, ainda mais se acabar em condenação, com pagamento de multas, prisão e, pior ainda, perda de direitos políticos. Já a condenação divina pode custar mais cara ainda. Perder a voz ou a vida, por acaso, tem preço?
Eis os dois perigos atualmente sofridos pelo mito Luiz Inácio Lula da Silva. Não resta dúvidas de que a temporada de caça a Lula está abertíssima. A estrela máxima do PT corre o risco de sair ofuscada ou até apagada por várias investigações judiciais já públicas ou que ainda correm em segredo judicial: Mensalão parte 2, BMG-PT-Lula, Delta-Cachoeira, Petrobrás e Eletrobrás. Mas sexta-feira estourou a gota d´água contra Lula e seus parceiros: a Operação Porto Seguro – que até podia ter sido criativamente batizada de “Aguenta, Coração”...
O caso mais grave é o conjunto de provas materias sobre a existência um Gabinete Paralelo da Presidência da República, operando no 3º andar do prédio da Previ, na esquina da Rua Augusta com Avenida Paulista, em São Paulo. O “escritório” servia para práticas de crimes de tráfico de influência e corrupção ativa.
Em troca de muita grana, favores, “presentinhos” ou viagens, a quadrilha promovia fraudes de documentos públicos ou soluções pouco convencionais de problemas para empresas interessadas em fazer negócios ou licitações com o Governo Federal.
O batom na cueca vermelha de Lula é que todo o esquema era comandado por uma amiga muito íntima dele: Rosemary Novoa de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo –que acabou exonerada neste sábado pela irada Presidenta Dilma Rousseff.
As investigações da PF indicam que a “Doutora Rose”, como era mais conhecida, recebia salário de de R$ 11.179,36 para servir ao ex-Presidente. Até sexta-feira, Rose era um “Porto Seguro” para o “Tio” Lula. Agora, se transforma em uma “Atração Fatal”.
Nos bastidores petistas, todo mundo sabe que Rose talvez só seja menos importante para Lula que a ex-primeira dama Mariza Letícia. Literalmente, Lula tomou um tiro no coração com a operação Porto Seguro da PF e do MPF.
A desagradável surpresa aconteceu no momento em que Lula recebia, no palácio presidencial Rashtrapati Bhavan, em Nova Déli, na Índia, o prêmio Indira Gandhi pela Paz, Desarmamento e Desenvolvimento 2010.
Em São Paulo, sem dúvida, foi armada uma arapuca para declarar guerra total a Lula, acabando com a paz dele – inclusive e principalmente dentro de seu apartamento, em São Bernardo do Campo.
Como o caso corre no famoso e providencial “segredo judicial”, são gigantescas as chances de não serem tornadas públicas as ligações telefônicas entre os super amigos Rose e Lula.
As Velhinhas de Taubaté do PT já espalham na mídia amestrada a fantasiosa versão de que “não resta dúvida de que Lula não sabia das atividades ilegais atribuídas ao grupo, que integrava um esquema que produzia pareceres favoráveis aos interesses de grandes empresas junto ao governo federal”.
DO R.DEMOCRATICA

Em bilhete apreendido pela PF, Cachoeira escreve que Dirceu é “consultor da Delta” e pergunta por que petista não está preso

 
Em um bilhete apreendido pela Polícia Federal, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, se compara a José Dirceu e diz que fez o mesmo que o ex-ministro.
O papel estava na casa da mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça. Nele, Cachoeira chama Dirceu de “consultor” da empreiteira Delta e questiona por qual motivo o ex-ministro não está preso.
O documento foi apreendido em julho, quando, a pedido do Ministério Público Federal, a Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão na casa de Andressa.
“Se eu sou um consultor da Delta e estou preso, e o Zé Dirceu que é um consultor da Delta?
Qual a diferença entre nós?”
, diz o texto.
A PF não investigou nenhuma relação de Dirceu com a Delta.
Naquele momento, o ex-ministro ainda não havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal, no processo do mensalão.
O papel chamou a atenção de investigadores e pessoas com acesso aos processos envolvendo Cachoeira.
Apesar de não haver relevância criminal para servir como prova, o bilhete foi visto como um recado ao PT.
O advogado de José Dirceu, Jose Luis de Oliveira, disse que o bilhete é “irrelevante”.
O advogado de Carlos Cachoeira, Nabor Bulhões, disse não ter conhecimento da existência do papel.
Durante a Operação Monte Carlo, deflagrada em 29 de fevereiro, a PF investigou as relações entre Cachoeira e a Delta, especialmente no Centro-Oeste.
A PF chegou a apontar Cachoeira como sócio oculto da Delta.
Laudos da polícia indicaram que verbas da empreiteira abasteceram empresas de fachada ligadas a Cachoeira.
(…) 

Por Fernando Mello
Folha

Vazamentos da PF indicam que Dilma teria domínio dos fatos sobre como Rose agia para Lula e Dirceu


Por Jorge Serrão
Pelas informações vazadas a conta-gotas, até agora, da Operação Porto Seguro, fica evidente que o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua continuadora, Dilma Rousseff, e o grande líder petista José Dirceu de Oliveira e Silva, tinham bastante domínio dos fatos sobre como a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, coordenava um time de corruptos, em um verdadeiro governo parelelo, com esquemas que favoreciam empresas e pessoas interessadas em obter vantagens ilícitas junto a órgãos federais e agências reguladoras.
O Padrinho (Godfather) de Rosemary Novoa de Noronha repete o velho discurso de sempre de que “nada sabia” e agora se “sente traído” pela amiga e assessora do seu coração – que agora caiu em desgraça.
No papo furado, mandado espalhar na mídia amestrada pela máquina de contra-marletagem petista, Lula teria dito: “Eu me senti apunhalado pelas costas. Tenho muito orgulho do escritório da Presidência, onde eram feitos encontros com empresários para projetos de interesse do País”.

A certeza geral é que o Mensalão nunca acabou. Aliás, se sofisticou. Informações da PF asseguram que Rosemary praticava tráfico de influência, ajudando empresários a agendar reuniões com ministros e governadores.
O que ainda não foi dito publicamente é que ela trabalhava com a anuência de seus amigos Luiz Inácio Lula da Silva e José Dirceu de Oliveira e Silva.
Como só este ano Lula e Dilma se reuniram pelo menos três vezes no escritório paulista da Presidência da República, fica difícil crer que Dilma também de nada sabia. Dirceu é que nunca pisou por lá.

Era nitidamente mafioso como funcionava esquema coordenado por Rosemary – mas comandado e articulado pelos mais poderosos acima dela. A “Doutora Rose” – como era conhecida – agendava e intermediava reuniões insuspeitas e que pareciam normais entre empresários e pessoas do terceiro escalão do governo.
Logo em seguida, o que ficava acertado nos encontro, obedecia a um protocolo corleônico.

As ordens seguiam para os ordenadores e operadores do esquema usando o chamado sistema de “Pacotes”.
Neles não havia dinheiro. Mas sim ordens, escritas à mão ou datilografadas em jurássicas máquinas de escrever.
A logística mafiosa de transporte dos pacotes usava motoboys. Alguns até com motos de alta cilindrada, para percorrer longas distâncias em alta velocidade.
Quando o dellivery ficava muito distante, os motoqueiros entregavam os papéis, no interior, para transporte em aviões.

O protocolo tinha uma ordem expressa. Jamais passar informações por telefone e nunca digitar qualquer ordem em computadores, Quem parece não ter obedecido direito ao sistema é Rosemary.
Como o Alerta Total antecipou ontem, a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, tem 122 gravações de conversas telefônicas entre ela e Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele a chamava de “Rose” ou “Rosa”. Ela o tratava pelo amoroso apelido de “Tio”. Nas conversas, Rose passava ao amigo informações sobre quem deveria receber em audiência e para quem deveria mandar documentos.

Rose deu outros moles que comprometeram a segurança do esquema. A PF constatou que Rosemary enviava “Pacotes” para apartamentos em Interlagos e nos Jardins. O material seria destinado, pessoalmente, a José Dirceu e Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia em que a PF deu uma batida no apartamento dela, como Lula estava fora do Brasil, a desesperada Rose telefonou às 6h da manhã para o ministro da Justiça José Eduardo Cardoso.
Como não foi atendida, ligou para José Dirceu – que atendeu e alegou nada poder fazer pela “companheira” – com quem atua desde a década de 90.

Pergunta simples. Dirceu atenderia, às 6h da manhã, a uma ligação feita por alguém que não fosse de sua total confiança?
Além do processo do Mensalão – do qual reclama ter sido injustamente condenado -, Dirceu ficou altamente exposto com a Operação Porto Seguro.
Sua ligação com Rosemary só confirma que Dirceu nunca deixou de ser o segundo homem da gestão Lula – um governo que parece não ter ainda acabado. A velha eminência parda do PT se complica novamente.

A PF tem evidências de que, depois que Lula foi obrigado a sair de cena por causa do tratamento contra o câncer de laringe, Dirceu assumiu a tarefa de dirigir a atuação de Rose.
Quando Dirceu foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, teve de sair ainda mais de cena.
Como Rose e os demais operadores foram obrigados a agir sozinhos, sem o comando direto dos chefões, o pirão desandou.
E muita gente desistiu de fazer negócios temendo acabar relacionada, direta ou indiretamente, com o ilustre condenado. Por isso, tudo estourou.

O escândalo também expôs Dilma.
A Presidenta agiu depressa, exonerando imediatamente quem teve condições de detonar, para passar a imagem de “dura combatente da corrupção.
Mas ficou na maior saia justa para manter no cargo dois ministros. José Eduardo Cardozo, da Justiça, que não teve controlE da operação Porto Seguro, como superior hierárquico da Polícia Federal.
E Luiz Inácio Adams, cujo Advogado Geral Adjunto da União, José Weber Holanda, foi indiciado como ativo participante do esquema de corrupção e tráfico de influência. Adams já não vai mais ser nomeado para ministro da Casa Civil, e ainda pode perder o atual emprego a qualquer momento.

Outro rolo para Dilma envolve um de seus melhores amigos e pessoa de confiança.
A Polícia Federal vazou que Rosemary agendou vários encontros de empresários com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.
Outro envolvido ilustre nos negócios de Rose é o governador da Bahia, Jaques Wagner – que nega, claro, qualquer ligação com a casa que agora desmoronou.

Outro recém condenado no Mensaão também figura como suspeito de envolvimento no esquema de Rose & Cia. A Polícia Federal constatou que o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) tinha estreitas relações com Paulo Rodrigues Vieira, apontado pela PF como o chefe da quadrilha presa na sexta-feira sob acusação de montar um esquema de corrupção em agências reguladoras e órgãos federais. Investigações identificaram nada menos que 1.179 ligações telefônicas feitas a partir do restaurante japonês de Paulo Vieira para o deputado Valdemar e integrantes do PR.
O PT já botou para funcionar, a todo vapor, a “Operação Limpeza”.
Assim denominada internamente pelos petistas, a ação de contra-informação consiste em criar factóides para suplantar denúncias verdadeiras.
O esquema é sempre acionado para mobilizar a militância, no mundo real e nas redes sociais virtuais, para plantar notícias faltas ou “verdades” convenientemente forjadas, sempre que uma grave crise estoura.
Depois que advertiu que "não cairia sozinha", Rose foi prontamente protegida pelo PT.
Ela vai dar uma sumidinha de cena por uns tempos, até que se condiga fazer as coisas esfriarem - como de costume.

Manifestação pública nessa linha foi feita pelo ex-líder do governo na Câmara. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) reclamou de quem tenta associar Lula a uma funcionária de terceiro escalão.
Vaccareza até protestou contra a tentativa de desgastar e atingir Lula por vias transversas, como aconteceu com o famoso mafioso norte-americano Al Capone: “Pegar um funcionário de terceiro escalão e tentar associar ao Lula não é adequado. Todos são, eu fui líder de governo e sou ligado ao Lula. Acho de muito mau gosto, cretinice falar de Al Capone”.

A conclusão preliminar de todo esse escândalo é uma só: a República Petralha já foi ferida de morte, e só falta cair de podre.
Novas denúncias vão vazar, e a Presidenta Dilma pode se complicar. Ainda mais se a a crise econômica chegar de verdade e se agravar. No fundo, apesar de tantas denúncias de corrupção, o que derruba governos são os problemas econômicos. 

DO R.DEMOCRRATICA

Enganado de novo?

Comentário
Ao se convencer que o Supremo Tribunal Federal seria duro com os réus do mensalão e despacharia para a cadeia cabeças coroadas do seu governo, Lula observou outro dia numa roda de amigos: "Não serão juízes que escreverão o último capítulo da minha biografia, mas o povo".
A memória coletiva é falha. Não costuma guardar frases longas.
Lula poderia ter dito algo do tipo: "A História me absolverá".
Foi Fidel Castro quem disse em 1953 depois da tentativa malsucedida de assaltar o quartel de Moncada na província de Santiago de Cuba.
Como advogado, e ótimo orador, fez questão de se defender no tribunal. Aí cometeu a frase.
Não sei se a História absolverá Fidel.
No caso de Lula é ainda cedo para prever quem escreverá o último capítulo de sua biografia. Só digo para não confiar muito no povo.
Em 1960, por exemplo, Jânio Quadros se elegeu presidente com uma votação recorde. Renunciou com sete meses de governo. Imaginou voltar ao poder nos braços do povo.
Desconfiado, o povo não se mexeu.
Na véspera de tomar posse em 1985, o presidente Tancredo Neves baixou hospital. Viveu apenas mais 39 dias para ser operado sete vezes.
Foi uma comoção.
Um ano depois, pouca gente ainda o citava.
Lula só terá a chance de ver o povo escrever o último capítulo de sua biografia se for de novo candidato a presidente. Do contrário, o mensalão ficará para sempre como o desfecho de uma trajetória - toda ela - excepcional.
Quem diria que um fugitivo da miséria do Nordeste, um ex-torneiro mecânico semianalfabeto, governaria o Brasil duas vezes? E elegeria seu sucessor?
Quem diria que o partido dele, dono do discurso da ética e da honradez, patrocinaria um dia o maior escândalo de corrupção da história recente do país?
É patética a reação de alguns dos condenados do PT às decisões tomadas pelos ministros do Supremo. Sugerem que os ministros trocaram de lado se unindo aos conservadores e reacionários.
Culpam a imprensa por isso. (Jamais em parte alguma vi uma imprensa tão poderosa...).
E incitam os chamados "movimentos sociais", movidos a dinheiro público, a promover o "julgamento do julgamento".
Voltaremos à época dos júris estudantis simulados? Se voltarmos estarei dentro!
Os mensaleiros foram sentenciados por uma larga maioria de ministros que Lula e Dilma escolheram.
A imprensa é livre para defender seus pontos de vista, embora seja falsa a ideia de que atua em bloco cobrando a condenação dos réus. Até porque a maior fatia dela é chapa branca, sempre foi e sempre será.
Como não tem independência financeira não pode sequer fingir que tem independência editorial.
Por esperteza e sensatez, Lula aguarda em silêncio o fim do julgamento. Deveria se sentir obrigado a comentá-lo mais tarde.
Não é possível que nada tenha a dizer sobre a condenação daquele a quem chamou um dia de "o capitão do time" - José Dirceu. E sobre o pedido de desculpas que ele próprio apresentou aos brasileiros quando se disse traído e apunhalado pelas costas.
Admite que o Supremo identificou os traidores?
Se responder que não é porque sabe quem o traiu.
Que tal aproveitar a ocasião e explicar o que o levou a avalizar para cargos importantes do governo nomes indicados por Rosemary de Noronha, secretária de Dirceu durante mais de 10 anos?

Ao herdar Rosemary, Lula a promoveu a chefe de gabinete da presidência da República no escritório de São Paulo. Sempre que viajava ao exterior, Rosemary o acompanhava.
Pois bem: na semana passada, a Polícia Federal prendeu seis pessoas e indiciou mais 12, acusadas de fraudarem pareceres em agências e órgãos federais.
Acusada de corrupção ativa, Rosemary faz parte do grupo, e mais dois irmãos que ela empregou no governo. A nomeação de um deles foi recusada duas vezes pelo Senado em dezembro de 2009.
Lula forçou a mão e no ano seguinte a nomeação foi votada pela terceira vez. Finalmente saiu.

Por que tanto empenho para atender um pedido de Rosemary?
Enganado de novo, Lula?
Sei.
Seja pelo menos original.
Não fale em traição. 

DO NOBLAT