sábado, 15 de outubro de 2011

Quem disse que não é importante?

Desde que começou o Movimento contra a corrupção vemos, frequentemente, figurinhas carimbadas do cenário atual se balançando em cordinhas para desmerecer o movimento.
Já deram várias e estapafúrdias definições, já fizeram as mais absurdas comparações, já usaram pesquisas fajutas e nem tanto, para afirmar, com a convicção dos videntes que o tema não contamina o "povo", já houve quem dissesse que se deveria levar em consideração também, a corrupção popular que compra o guardinha da esquina. Tudo isso por vigarice intelectual e política, na tentativa de esfriar os ânimos da rapaziada.

FATO: A corrupção no Brasil não é nenhuma novidade. Verdade. Maluf e Sarney estão aí como provas contundentes.
Mas é fato também, que ela nunca foi tão descarada, tão cínica e tão desmerecedora para com a honestidade do povo do povo brasileiro.
É fato também, que a sociedade, organizada em sindicatos e Ongs compradas, estão se lixando para a roubalheira desenfreada que estamos assistindo e o fato se explica por ser elas também beneficiárias do condomínio criminoso montado pela Sofisticada Organização Criminosa criada, inventada e azeitada pelo partido quadrilha chefiada pelo PODEROSO CHEFÃO DO MENSALÃO.
Porém, é fato inegável, que a sociedade não organizada, tenha o direito de um dia se mostrar cansada do que vê.
Os movimentos que tomaram conta deste país nos últimos meses mostram um cansaço, ainda tímido, diante da roubalheira sem vergonha daqueles que deveriam tê-la como norte.

Nos 8 anos de governo do Pinguça, não lhe trato de outra forma pela total falta de respeito que demonstrou pelo Brasil em seu governo, os escândalos rolaram quase todos os dias diante de nossos olhos.
Trataram-no como um ser inimputável, inatingível. Culpa única e exclusiva de uma oposição medíocre que não lhe meteu um impeachment pelo meio das fuças.
Passado.

É no presente, no entanto, que está posto o xis desta questão.
10 meses de governo e um festival de roubalheiras, fofocas, fogo amigo, chantagens televisivas. Justo no momento em que uma crise, sem precedentes, bate em nossa porta.
É no presente que o esgoto político que caracteriza e que caracterizou o governo desta quadrilha, invade nossa casa, nosso trabalho, nossas vidas, respingando em todos os brasileiros honestos deste país os dejetos imundos vindos da atuação de ladrões vagabundos metidos a gente de bem.

Erenice Guerra, sombra da atual ocupante da presidência, e sua nojenta comissão de 6%, atuando nas barbas da eficiente gerentona. Aquela que tudo controla, que tudo vê, que faz questão de detalhes de tudo o que se coloca sob a sua responsabilidade, não foi capaz ( será? ) de saber o que se passava bem debaixo de seu nariz.
A oposição silenciou.

O Fradeco Safado que consegue em miseráveis 10 meses, uma fortuna de 20 milhões. Dinheiro caído do céu em meio a trapalhadas de laranjas e frutas diversas, e que, em cujo passado recente, movimentou mundo e fundos contra um miserável caseiro. Me fez lembrar de Eriberto no caso Collor, onde esta mesma quadrilha usou e abusou do motorista de Collor e PC Farias. O caseiro coitado, teve a má sorte de denunciar alguém poderoso da quadrilha.
A oposição silenciou.

Aí descobre-se que o Minstério dos Transportes transportava de tudo, até a grana roubada para o bolso de uma cambada de safados. Vieram as chantagens, vieram os discursinhos raivosos, e tudo foi se acomodando.
A oposição silenciou.

Vem o escândalo do Turismo proporcionado por um anão moral, um velho safado, que gostava de se deliciar em motéis com piranhas à custa do dinheiro público. Não só isso, mesmo com uma grana preta de salário, sustentava suas mordomias caseiras com dinheiro do parlamento que vem de nosso bolso, fora as falcatruas de ONGs e obras que nunca saíram do papel mesmo que o dinheiro tenha saída de nosso bolso.
A oposição, mais uma vez, silenciou.

Agora Orlando Silva nos proporciona uma verdadeira vergonha nacional. Mais uma.
E desta vez, acusa-se de recebimento de propina bem pertinho do esgoto em que chafurdam os ladrões da Sociedade Criminosa: A GARAGEM.
A oposição silencia mais uma vez.
Digo silencia por usar métodos que até aqui se mostraram ineficazes.

Dizer, como querem alguns, que a corrupção, eu chamo de ROUBO, não é importante para aglutinar pessoas, soa como algo imbecil.
É sim, só que a palavra CORRUPÇÃO tem que ser substituída pela palavra que o povão entende melhor:

ROUBO E LADRÕES.
Essa história do Enrolando Silva vem sendo denunciada não é de hoje.
Aqui mesmo, foram inúmeros posts denunciando o que estava se passando.
Para quem acompanha este espaço, não se trata de nenhuma novidade a reportagem de VEJA desta semana.
O que fez a oposição?
Por várias vezes recomendei a leitura dos posts publicados para figurões da oposição através do Tweeter.
Nada. Niguém se moveu.
Publiquei aqui que um deputado Boliviano denunciou o roubo de mais de 200 milhões na estrada da cocaína do cheirador Morales.
O que fizeram?
Nada.

E querem criticar as Marchas contra a corrupção?

2.600 pessoas ocuparam Wall Street, 70 no Brasil, 2000 na Nova Zelândia. Uma merreca já que se trata de uma manifestação dita mundial, bancada financeira e política por Obama e George Soros.
No Brasil a marcha colocou em Banânia, mais de 40 mil pessoas nos estados brasileiros.
Só em Brasília foram 20 mil e é tratada como insignificante?

Qual a diferença entre as duas em termos de importância.
Mas a primeira é tratada como sucesso mundial. Coisa de gênios.
A nossa é coisa de classe média revoltadinha.

Senhores das Marchas, usem ROUBO e LADRÕES e passem a dar nomes aos bois. Passem a mostrar o que eles estão fazendo com o povo e como isso lhe afeta.
Não desistam.
Nossas marchas são muito mais significantes, em motivos e em NÚMEROS, que o protesto arranjado de Obama e George Soros.

DO BLOG COM GENTE DECENTE

JN avisa: Fantástico também vem com denúncias contra o ministro da tapioca, da merenda e do dinheiro na caixa de tênis.

Jornal Nacional, audiência de 40 milhões de telespectadores, avisa que o Fantástico, audiência de 25 milhões de telespectadores, vai apresentar reportagem-denúncia contra a ONG Pra, Frente Brasil, comandada por uma vereadora do PCdoB do Orlando Silva, ministro dos Esportes, que teria desviado milhões do Programa Segundo Tempo. O nome da comunista dona da ONG é Rosa Malvina da Silva. Mais uma Silva! Tem Orlando, tem Lula e também tem a Malvina. 
DO COTURNO NOTURNO

Landinho quer ir ao Congresso.

Landinho ficou uma ferinha e disse que vai reagir à "altura às gravíssimas acusações".
Landinho é mesmo uma piada pronta.
Leiam, depois volto:

Amanda Romanelli, Enviada especial a Guadalajara
O ministro do Esporte, Orlando Silva, interrompeu sua agenda de trabalho em Guadalajara, cidade mexicana em que são realizados os Jogos Pan-Americanos, para falar durante quase 40 minutos sobre as denúncias publicadas pela revista Veja. O político afirmou que vai processar por calúnia José Dias Ferreira e Célio Soares Pereira, que o acusaram de receber verbas desviadas do programa Segundo Tempo, e que acionou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que as denúncias sejam investigadas pela Polícia Federal (PF). Também afirmou estar disposto a ir ao Congresso para dar explicações sobre o assunto.


Por que ir ao Congresso?
Por que lá não tem gente com aquilo roxo para enfiar alguém contra a parede.
Lá se fornece ABA ( atestados de bons antecedentes ) até para Valdemar Costa Neto.
Landinho tem que ir é na polícia, mas a federal Landinho.

Landinho, meu filhinho afro-descendente, mais uma vez menino:

Aproveita que a faxineira não faxina, que a procuradoria não procura, que a justiça não pune, que a oposição não se posiciona e sai fora rapidinho.
Quem sabe ainda não dá tempo de segurar a grana? 

DO COM GENTE DECENTE

Orlando Silva e seu bando têm de cair fora do ministério que virou covil do PCdoB

Direto ao Ponto

Pilhado em flagrante de novo, agora chapinhando no pântano do programa Segundo Tempo, o ministro Orlando Silva tentou trocar a pose de cartola a serviço da nação em Guadalajara pela fantasia de voluntário da pátria gravemente ofendido. “Confesso que eu estou chocado”, caprichou o canastrão vocacional ao saber das denúncias publicadas na edição de VEJA que acaba de chegar às bancas. “Estou estupefato, perplexo. Um bandido fala e eu que tenho que provar que não fiz, meu Deus?”.
A fala decorada às pressas foi desmentida pela voz de quem deve, pela cara de culpa e pelas duas palavras finais: um comunista que invoca Deus quando o emprego está em perigo é tão confiável quanto um ministro que compra tapioca com cartão corporativo.
De todo modo, é compreensível que qualifique de bandido o companheiro do PCdoB que até recentemente era contemplado por verbas milionárias e audiências no Ministério do Esporte.
Orlando Silva sabe que, no momento, cavalga o quinto andar da procissão dos condenados ao despejo. Não por vontade de Dilma Rousseff, que é só um codinome de Lula.
Vai perder a boca no primeiro escalão por exigência dos milhões de brasileiros fartos de tanta ladroagem impune. Há limites para tudo.

Há limites também para a farsa encenada há quase nove anos. Um texto aqui publicado em março registrou que, no balanço dos dois mandatos que Lula registrou em cartório, a enxurrada de deslumbramentos do Segundo Tempo inunda quatro das 2.200 páginas divididas. Lançado em 24 de novembro de 2003 pelo Ministério do Esporte, bate no peito o parágrafo de abertura, o programa “visa democratizar o acesso à prática e à cultura do esporte de forma a promover o desenvolvimento integral da criança, do adolescente e do jovem, como fator de formação da cidadania e de melhoria da qualidade de vida, prioritariamente daqueles que se encontram em áreas de vulnerabilidade social”.
Entre outros embustes superlativos, o palavrório que vai da página 345 à 349 jura que “o Programa Segundo Tempo, desde a sua criação, permitiu 3.852.345 atendimentos de crianças, adolescentes e jovens”.
Essas cifras de matar de inveja um dinamarquês não teriam sido alcançadas sem “a capacitação e qualificação de 9.246 profissionais entre coordenadores, professores, agentes formadores e gestores de esporte e lazer”. Magnânimo, o fundador do Brasil Maravilha divide a façanha com alguns parceiros.
“Foi por meio da celebração de convênios com governos estaduais, municipais e organizações não governamentais (ONGs), e de parcerias com outros ministérios, que se alcançaram, a partir de 2005, mais de 1 milhão de atendimentos anuais, considerando-se os convênios anuais e plurianuais. Isso foi possível em função do crescimento exponencial do orçamento do Programa Segundo Tempo, que iniciou (sic) com R$ 24 milhões em 2003 e alcançou R$ 207.887 milhões em 2010”.
Estelionato eleitoreiro é isso aí, atestam as incontáveis gatunagens da quadrilha que controla o programa nascido e criado para servir ao Partido Comunista do Brasil, premiado com o Ministério do Esporte no primeiro dia da Era Lula. Só em 2010, pelo menos R$ 69,4 milhões foram parar nos caixas de 42 ONGs e entidades de fachada controladas pelo PCdoB. O Estadão descobriu, por exemplo, que uma ONG explorada pelo partido em Santa Catarina resolveu importar merendas de Tanguá, no Rio de Janeiro.
A empresa presenteada com a encomenda no valor de R$ 4,6 milhões tem um funcionário só, cujo nome o dono ignora, prospera num galpão abandonado há quatro anos e jamais produziu uma única e mísera merenda.
No Distrito Federal, 3,2 mil crianças continuam à espera dos 32 núcleos prometidos pelo convênio entre o ministério e outra ONG de estimação. Em Teresina, o que deveria ser uma quadra é um matagal onde os iludidos pelo Segundo Tempo tentam jogar futebol e vôlei improvisando traves e redes com tijolos, bambus e muita imaginação.
A logomarca do programa num muro garante que aquilo é um núcleo esportivo. É só a prova de mais uma negociata que irrigou com R$ 4,2 milhões outra entidade a serviço do PCdoB.
“Vamos apurar todas as denúncias”, recita Orlando Silva depois de cada escândalo.
“Vou processar o acusador”, acaba de declamar em Guadalara. Vai coisa nenhuma. Pecador não apura; é investigado.
Delinquente não processa; é processado. As patifarias do Segundo tempo são apenas mais um tópico que inclui, entre outros espantos, os R$ 4 bilhões enterrados no Pan-2007 (veja o texto na seção Vale Reprise).
O ministro meteu-se num beco sem saída. Se não soube de nada, é inepto. Se soube, é corrupto. Em qualquer hipótese, não pode continuar no cargo. Tem de ser imediatamente afastado das cercanias dos cofres onde correm perigo os bilhões da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016.
Dois dias depois da descoberta de que o Ministério do Esporte anda roubando até crianças, Orlando Silva apareceu em São Paulo para discorrer sobre obras em aeroportos e estádios em construção. O craque das jogadas ilegais sonha com lances ainda mais ousados. No Brasil em adiantado estado de decomposição moral, os crimes já são anunciados com alguns anos de antecedência.
Se corrupção desse cadeia, a população carcerária não caberia numa Bolívia. Mas sempre há lugar para um Orlando Silva.
No primeiro escalão é que não pode haver lugar para uma figura dessas. Lula, que o transformou em ministro em 2006, sabe muito bem com quem continua lidando.
Dilma Rousseff também conhece bastante o parceiro que chama de “Orlandinho”.

Diga o que disser o protetor de bandidos companheiros, queira ou não queira a coiteira dos afilhados do chefe, Orlando Silva e seu bando têm de cair fora do gabinete que virou covil do PCdoB. Já.

DO RESIST.DEMOCRATICA

15/10/2011

Ministro da tapioca, da merenda e da caixa de sapato cheia de dinheiro avisa que não cai sozinho.

Fontes que acompanharam, direto de Guadalajara, o contato feito por Orlando Silva, ministro dos Esportes, com a presidente Dilma Rousseff informam que o acusado de receber propina em caixa de tênis, avisou que não cai sozinho. Quem acompanha os escândalos que envolvem este senhor e as suas sete vidas, na medida em que não cai por nada deste mundo,sabem a quem ele estava se referindo, que está bem mais acima que Agnelo Queiroz (PT-DF) na hierarquia "cumpanhêra". Aliás, gente que está no topo do pódio. Leia aqui matéria do Estadão. 
DO BLOG DO CELEAKS

A Multiplicação dos Pescadores

O deputado federal Arnaldo Jordy (PPS-PA) pedirá ao TCU que investigue possíveis irregularidades no seguro-defeso, que é pago aos pescadores artesanais de todo o país.
O parlamentar tomou essa decisão depois que Gil Castello Branco, presidente da ong “Contas Abertas”, publicou um artigo em O Globo relatando o meteórico crescimento na concessão desse benefício.
Ano       Pescadores 
2003      113.783
2011      553.172
Segundo o artigo de Castello Branco, os gastos do governo, obviamente, cresceram na mesma proporção. Em 2003, o Ministério do Trabalho pagou R$ 81,5 milhões a título de seguro-desemprego aos pequenos pescadores. Neste ano, a dotação do Orçamento Geral da União (OGU) é de R$ 1,3 bilhão. Este montante, diz o artigo, corresponde a mais que o dobro do orçamento do Ministério da Aquicultura e Pesca para 2011 (R$ 553,3 milhões). O valor bilionário pago com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador aos que vivem da pesca artesanal é, também, quase 3 vezes maior do que as exportações brasileiras de pescado mais crustáceos em 2009, que geraram US$ 169,3 milhões (R$ 318,3 milhões, com o dólar a R$ 1,88). Os números são tão estranhos que parecem “história de pescador”.
Leia abaixo a íntegra do artigo com os números suspeitos:
O mistério da multiplicação dos pescadores 
Por Gil Castello Branco
A Bíblia conta sobre a multiplicação dos pães e dos peixes. Na Galileia, Jesus pregava para uma multidão quando anoiteceu e aproximou-se o horário do jantar. Diante da preocupação dos seus discípulos, Jesus chamou um menino que tinha à mão um cesto com cinco pães e dois peixes e orientou seus apóstolos a distribuir esses alimentos. O milagre permitiu que mais de 5 mil pessoas fossem alimentadas.
No Brasil, a multiplicação recente não é dos pães ou dos peixes, mas sim dos pescadores. A Lei 8.287 criou o seguro-defeso, a chamada “bolsa pescador”. A intenção é correta. Para preservar espécies, o governo paga um salário mínimo aos pescadores artesanais por tantos meses quanto dure a reprodução, com base em portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Normalmente, o benefício é pago por 4 meses. Aos pescadores, basta comprovar o exercício profissional da pesca e que não possuem outro emprego, bem como qualquer outra fonte de renda.
Seja pela consciência ambiental, seja pela garantida renda fixa e fácil, o número de pescadores cresceu exponencialmente. Em 2003, eram 113.783 favorecidos. Em 2011, já são mais de meio milhão. Ou seja, exatamente 553.172 pessoas afirmam viver tão somente da pesca, individual ou em regime de economia familiar, fato que lhes assegura o direito de receber R$ 545,00 ao mês, durante um terço do ano.
Os gastos do governo, obviamente, cresceram na mesma proporção. Em 2003, o Ministério do Trabalho pagou R$ 81,5 milhões a título de seguro-desemprego aos pequenos pescadores. Neste ano, a dotação do Orçamento Geral da União (OGU) é de R$ 1,3 bilhão. Este montante corresponde a mais que o dobro do orçamento do Ministério da Aquicultura e Pesca para 2011 (R$ 553,3 milhões). O valor bilionário pago com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador aos que vivem da pesca artesanal é, também, quase três vezes maior do que as exportações brasileiras de pescado mais crustáceos em 2009, que geraram US$ 169,3 milhões (R$ 318,3 milhões, com o dólar a R$1,88). Os números são tão estranhos que parecem “história de pescador”.
É claro que tem boi na linha e no anzol. O procurador da República em Tubarão, Celso Três, afirma: “O pessoal que atua em outras atividades, que nunca viu um peixe na vida, inscreve-se na colônia de pescadores, paga a anuidade, conta como tempo de serviço e se aposenta. Existem o sindicato e a colônia, quase em disputa para ver quem distribui mais atestados. Na prática, basta não ter carteira assinada. Nós processamos aqui mais de 300 pessoas por fraudes, mas é como secar um oceano.
No Rio de Janeiro, por exemplo, cerca de 1.500 pescadores receberam o benefício em 2011, a maioria residente em Campos (319). Curiosamente, somados todos os pescadores artesanais de Rio de Janeiro, Niterói, Búzios, Angra dos Reis, Araruama, Rio das Ostras, Mangaratiba, Itaguaí e Arraial do Cabo, não se chega à metade dos que moram em Campos.
Para agravar o mistério, os nomes dos contemplados não são divulgados nos portais governamentais, impossibilitando o controle social. Após diversas solicitações, inclusive à Ouvidoria Geral da União, a Associação Contas Abertas obteve a relação nominal dos segurados e dos municípios onde ocorre o defeso. Até em Brasília existem favorecidos.
Como o que está ruim sempre pode piorar, há dois projetos de lei no Congresso Nacional que pretendem estender o seguro-defeso aos pescadores impedidos de exercer a atividade por conta das condições climáticas e, ainda, a toda a cadeia da pesca, incluindo os que transportam, comercializam, reparam embarcações e costuram redes, dentre outras atividades correlatas.
Ao contrário da passagem bíblica, fato que a religiosidade explica, é extremamente necessário que a Controladoria Geral da União, o Tribunal de contas da União e o Ministério Público investiguem – de imediato e com rigor – a multiplicação dos pescadores, que afronta o bom-senso e exala má-fé.

FIFA impõe suas vontades e o Brasil....aceita...como sempre.

De todas as sacanagens a que estamos assistindo relativas aos jogos do Mundial de 2014 em Banânia. A maior delas foi assinada esta semana pela PresidANTA Dilmarionete.
O governo da gerentona assinou uma lei que ISENTA a FIFA  do pagamento de TODAS as taxas fiscais que poderiam incidir sobre a entidade para a realização da Copa do Mundo e após ela até Dezembro de 2015.
Ou seja, além da herança maldita que o feladumapota daquele Sebento do caraleo nos deixou que é essa porra desse mundial de futebol. Ainda iremos pagar a conta dos estádios, de todas as maracutaias, dos superfaturamentos, e estamaremos obrigados a aceitar todas as vontades da toda poderosa FIFA. Além de tudo isso, ainda eles irão sair apenas com 100% do lucro nos bolsos livre de impostos.
Sem contar que quem usar o LOGOTIPO da copa de 2014 sem a autorzação da FIFA poderá amargar um processozinho básico que renderá uma indenizaçãozinha e talvez até cadeia para o infeliz.
A FIFA vem para cá, manda e desmanda e a imprensa amestrada ainda publica que a Dilmarionete está peitando as vontades da entidade e imposndo o Brasil como nação soberana. 
Só lamento informar aos jornaleiros de má fé e vendidos, que daqui da onde estou olhando a história não é bem essa que contam. O Brasil ajoelhou e está chupando certos paus até o saco. "que me perdoem meus leitores pela baixeza do comentário, mas é a única visão que tenho".
Enquanto isso, a câmara dos deturpados está as voltas em discutir o consumo de bebidas alcóolicas nos estádios durante a Copa e a infame ¹/² entrada para estudantes e idosos.
O que mais irrita é ver que a Dentuça foi até a Bélgica, foi recebida na sede da FIFA por um "aspone" qualquer, e a imprensa amestrada querendo mostrar ao mundo que a gerentona foi arreganhar os dentes e dizer que aqui em Baânia o buraco é mais embaixo...
Acabamos vendo que a FIFA tremeu de medo e só obrigou a Dentuça a sancionar uma lei que isenta a entidade de todos os impostos que ela teria que pagar pelos lucros obtidos com o mundial de futebol.
Eita paizinho de merda!!!!!
Ficamos com as contas dos estádios e sem os impostos dos lucros, taí uma Copa do Mundo que certamente não poderia faltar para o povo burro de Banânia.
Pelo visto os gringos quando olham para o Brasil enxergam ótimas oportunidades de ganhar muito dinheiro, pois ao contrario do que diz um certo cidadão de nove dedos, o brasileiro ainda continua aceitando miçangas e espelhinhos em troca de nossas riquezas. Acreditando dentro da própria mediocridade e arrogância que é o povo mais ÉXPÉRRRRTO do planeta.
E a discussão no congresso para liberar a venda de cerveja nos estádios, que CONTRARIA o eststuto do torcedor nada mais é do que abrir a tampa da safadeza e mais uma vez as pernas para a FIFA e deixar que a empresa que patrocina o mundial venda cervejinhas para os otários que forem assistir aos jogos. Mas não será Brahma não...vai ser uma Budweiserzinha básica.
Pois, assim foi em todos os mundiais de futebol desde sei-lá quando.
Então....PHODA-SE!!!!
DO BLOG O MASCATE

De Mino Pedrosa sobre Orlando Silva.

SOLDADO QUATRO ESTRELAS ADMITE QUE OPEROU CAIXA 2 DO PC DO B
Nas próximas horas, ou no máximo nos próximos dias, a presidente da República Dilma Housseff confirma a demissão do ministro dos Esportes Orlando Silva. Conforme publicamos, o soldado com poderes de general João Dias Ferreira, comandou um esquema milionário de desvio de verbas na criação de ONGs operando para o PC do B, dono do Ministério dos Esportes.
A operação foi revelada à presidente pelo seu fiel escudeiro coronel Buarque, da Polícia Militar.
Dilma tentou fazer o amigo Chefe da Casa Militar no DF, mas o governador Agnelo Queiroz teve outras preferências: o comandante Rogério da Silva Leão.

Com isso, Buarque passou a vigiar de perto os passos da política no Distrito Federal. Foi aí que o soldado João Dias fez revelações bombásticas de como funciona o Caixa 2 do PC do B e quem opera para o ministro do Esporte Orlando Silva e o governador do DF, Agnelo Queiroz, hoje no PT.
No relatório do soldado João Dias que chegou ao coronel Buarque aparece o nome do chefe de gabinete de Orlando Silva, o baiano, como Orlando, Vicente José de Lima Neto; Julio Cesar Soares da Silva, também membro do ME e ex-marido de Ralcelene Santiago (a Lene do PC do B, toda poderosa do Esporte agora lotada no GDF); um motorista de Orlando Silva e todo o esquema detalhado batizado pelo Ministério dos Esportes como Programa Segundo Tempo.
A novidade também levada por João Dias foi a participação da agência de publicidade , Fields Comunicação, de Sidney Campos, dona da conta de publicidade do Ministério dos Esportes, que faz o repasse de propinas para membros do PC do B.
A empresa tem o seu nome no Ministério Público na Caixa de Pandora, o maior escândalo de corrupção política já revelado no país, também batizado de Mensalão do DEM.
A presidente Dilma chamou o deputado do PC do B , Aldo Rebelo porque estava em dívida com o líder do Partido, por conta dele não ter emplacado o nome como ministro do TCU – Tribunal de Contas de União. A presidente pediu a Aldo uma posição, mas o líder do PC do B não quis segurar o correligionário Orlando Silva.
O soldado João Dias, envolvido em vários escândalos que estão abalando as estruturas do Governo do Distrito Federal, resolveu disparar sua metralhadora , virou um general quatro estrelas e derrubou o Ministro do Esportes Orlando Silva, que será substituído em poucos dias, provavelmente pelo cacique do PC do B, Aldo Rebelo.
O soldado general está dando " voz de prisão" a grandes patentes da política Federal e do DF. Após denuncia da Revista Eletrônica Quidnovi da existência de um aparelho repressor no coração da Capital Federal , na Península dos Ministros, as estruturas do poder estão cada vez mais abaladas. O soldado João Dias era freqüentador assíduo da "casa da maldade" e durante sua estada no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, engordou seu dossiê contra os poderosos aliados Agnelo Queiroz e Tadeu Filipelli, bem como o secretário de Governo número 1, Paulo Tadeu. Todo o staff do governador Agnelo está sob a mira do soldado.
João Dias Ferreira é um dos protagonistas do volumoso processo que tramita na Justiça Federal que já tem pedido de prisão para o soldado apadrinhado por tubarões da política. Apesar da baixa patente, o soldado atua na Esplanada dos Ministérios como um general quatro estrelas e começa a mandar recados aos ex- "padrinhos". Antes de cair nas mãos da Justiça, João Dias abre a boca no rotadecolisaoagnada.blogspot.com e denuncia ministros, o governador Agnelo, o vice Filipelli, deputados e senadores. O soldado promete derrubar as mais altas patentes do país, antes que seus superiores, na hierarquia militar lhe coloquem a mordaça. João Dias está com a prisão decretada, mas conta com habeas corpus para ainda fazer revelações bombásticas. O soldado, com extensa folha corrida, agora teme por sua vida. Sabe que uma das formas de se manter vivo é botando a boca no trombone.
O soldado, hoje foco principal dos holofotes da política no Planalto Central, transita no poder desde a gestão de Agnelo Queiroz como Ministro dos Esportes. João Dias, esportista, lutador de artes marciais, um campeão de Kung-Fu, de família humilde da cidade satélite de Sobradinho, deslumbrou-se com a vida palaciana.
Através de várias ONGs , movimentava muito dinheiro em operações para o então ministro dos Esportes Agnelo Queiroz, fazendo o caixa para a campanha do Governador do DF em 2010. Ali, como também revelou a Revista Quidnovi, começou o que a Justiça Federal batizou de Operação Kung-Fu, e posteriormente chamada de Operação Shaolin, recheada com assassinatos, desvio de verba pública, orgias sexuais envolvendo menores e muita corrupção.
O lutador de Kung Fu é praticamente o representante do governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz, no quartel general da QL 12, conjunto 4, casa 2, na Península dos Ministros. De posse das arapongagens, João Dias nomeia , cria cargos, remaneja comandos no GDF e mesmo, sem o poder da caneta, faz com que o governador e o vice-Tadeu Filipelli, assinem embaixo de suas decisões.
Foi no episódio do "Sudoeste Caboclo" que o soldado raso, com status de general ficou conhecido do público. Todas as lentes do Governo, da Justiça, e da população se viraram para o rapaz, morador da periferia do Plano Piloto, em mansão cinematográfica , adquirida com o dinheiro público, com carros importados na garagem.
Agora, João Dias já percebeu as manobras do Poder. Sabe que corre risco de vida. E, como soldado, quer morrer na batalha, atirando. Todos os dias, tem revelado em seu blog bombas que espalham o terror na Esplanada dos Ministérios e na Praça do Buriti.
O primeiro alvo foi o ministro dos Esportes Orlando Silva, que chegou da viagem a Europa, onde se apresentou timidamente em todas as entrevistas. Espremido de um lado pela FIFA, e visivelmente abandonado pela presidente Dilma Housseff, Orlando estava desconfortável toda vez que falava a imprensa e chegou em casa com péssimas notícias. João Dias derrubou o ministro dos Esportes fazendo uma bagunça no PC do B, denunciando militantes do Partido, entre eles Lene, assessora de Orlando Silva no ME, e o marido Julio Cesar, também do ministério, acusados de fazerem caixa para o partido e para o ministro.
Tudo isto não é novidade para a presidente Dilma Housseff que recebe diariamente relatórios da ABIN com informações sobre o processo da Operação Shaolin. Diante desta situação, Aldo Rabelo, procurado por Dilma, foi obrigado a abandonar Orlando e retomar as rédeas do Ministério dos Esportes, que é o único no Governo Dilma, nas mãos do PC do B. Aldo precisa manter o espaço de seu partido e nas próximas horas deve ser decidido quem ocupara a pasta vedete internacional do Governo Dilma pelo menos até 2016. Ao que tudo indica, será o próprio Aldo Rebelo que ficará à frente do Ministério, uma vez que seu ex-correligionário, Agnelo Queiroz, e Orlando Silva, tiveram desempenhos que, com certeza vão manchar a história do PC do B.
Enquanto isso, o Palácio do Buriti também estremece. O Ministério Público mais uma vez acompanha passo a passo, dia a dia o governo Agnelo/Filipelli . O Plano Piloto vai passar por turbulências mais uma vez. A população, atenta, mostra que não assiste calada os desmandos do Governo.
Agnelo Queiroz vem de longo tempo sob a mira do Ministério Público e parece que desta vez , a apenas 10 meses no Governo, não conseguirá sair do mar de atoleiro de corrupção que se alastra há mais de 10 anos no DF. Agnelo está refém das ações do passado e das nomeações que fez em seu Governo. A saída é desqualificar o soldado João Dias. Mas o rapaz está muito bem municiado para a luta com o Poder.
DO COM G.DECENTE
PS.: QUEM QUISER VISITAR O BLOG DO SOLDADO BOMBA ELE ESTÁ AQUI.

Se beber, não faça política.

A política, nos moldes em que é exercida atualmente em Banânia, deixou de ser coisa de profissionais.
Passou a ser primazia de traíras.
Quem com trairagens trai, com traições será devidamente "trairado".

Determinadas notícias dizem mais do que as palavras, nelas contidas, podem sugerir.
Leiam com atenção o que diz Ilimar Franco de O Globo ( control C+Control V do muro ):

Reviravolta estratégica do DEM
Ilimar Franco, O Globo

Vinte anos depois de terem sido os principais parceiros na Nova República (1985-1989), o DEM e o PMDB voltam a se aproximar. As direções dos dois partidos têm conversado muito nas últimas semanas. A maioria dos deputados e senadores do DEM aposta numa aliança estratégica com o PMDB. A antiga aliança dos demistas com o PSDB está desgastada. Eles se consideram traídos pelos tucanos, que fomentaram a criação do novo partido, o PSD, do prefeito Gilberto Kassab (SP). Como o PSD não pretende fazer oposição, se a aproximação do DEM com o PMDB se consolidar, o PSDB ficará politicamente isolado.


PacXote-Estelita_PanaSacaram algo de anormal além do isolamento da tucanada burra?

O projeto PACMAN, esse verdadeiro Steve Jobs da política nacional, está indo para as calendas das cucuias.

Não é aó o PSDB que fica isolado, mas o próprio PAC MAN e seu puxa-saco de plantão Estelita Guerra.

Foram eles que fomentaram o racha no DEM quando da candidatura Serra. Foram eles que jogaram metade do DEM na fogueira de suas vaidades para fazer corpinho mole e não se enfiar de corpo e alma na candidatura de Serra. Foram eles que explodiram o PSDB e o DEM, com seus umbigos real.
Ambos, PSDB e DEM, navegam pelo esgoto do esfacelamento político.

Em Minas, terra do PAC MAN, o PSDB está prestes a se destruir. O PAC MAN entregou o partido ao vermelhinho-progressistas que tem a prefeitura, por que o PAC MAN não trabalhou para o partido.

O PAC MAN se lança em 2010 como o "líder aglutinador" ( heim????? ) capaz de reunir forças para derrotar a quadrilha.
Vai chegar em 2014 como Sancho Pança e dom Quixote.
ELLe e Estelita.

O certo é que o DEM descobriu, tardiamente, a furada que é o barco pilotado pelo traíra PAC MAN.
Bem feito.

DO COM GENTE DECENTE

Reparem: ELLE ESTÁ DE TOGA.

Reparem que este ladrão está de TOGA.
Viva Eliana Calmon.

Essa vem da Fôia:

Promotoria tenta bloquear bens de conselheiro do TCE
DE SÃO PAULO

cnt225472_w382_h215_imgO Ministério Público Estadual pediu à Justiça o afastamento de Eduardo Bittencourt Carvalho do cargo de conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo e a indisponibilidade de todos os seus bens.
A investigação apontou que o conselheiro, que recebe vencimentos de R$ 30,7 mil ao mês, acumulou entre 1995 e 2009 a soma de R$ 50 milhões, como revelou ontem o jornal "O Estado de S. Paulo". O Ministério Público suspeita que esses recursos são provenientes de corrupção.
Deputado estadual de 1983 a 1990 pelo PL (atual PR), Bittencourt assumiu cadeira no TCE em 1990 no governo de Orestes Quércia (1987-1991).
A investigação sobre o conselheiro teve início na década passada, quando ele foi acusado por um ex-vice-presidente da extinta concessionária Sopave de ter recebido propina em troca de aprovação de contratos públicos. Bittencourt nega a acusação.
Em agosto de 2009, a pedido da Promotoria, o Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a quebra de sigilo bancário do conselheiro e pediu ao Banco Central os extratos bancários e aplicações financeiras dele e de seis de seus familiares, além de informações sobre transações de empresas das quais participava.
Com base no inquérito, a Promotoria requereu agora a condenação de Bittencourt à perda do cargo e dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, suspensão dos direitos políticos por até 10 anos e pagamento de multa.
Além do inquérito cível do Ministério Público de São Paulo, Bittencourt também é alvo de um inquérito penal no Superior Tribunal de Justiça, que apura suposto crime de lavagem de dinheiro. Em 2009, o STJ decretou a quebra do seu sigilo fiscal. O conselheiro nega a acusação e a atribui a uma disputa judicial com sua ex-mulher.
OUTRO LADO
A Folha não conseguiu localizar ontem o conselheiro Eduardo Bittencourt. Durante as investigações, ele contestava as acusações contra ele e as qualificava de "suposições totalmente absurdas e até mesmo ofensivas".

Em janeiro de 2008, ele encaminhou carta ao jornal afirmando que as denúncias eram falsas e nasceram de uma contenda judicial com sua ex-mulher, que visava receber vultosíssima pensão.
Segundo ele, esses processos de separação "correm em segredo de Justiça na Vara da Família. Nessas disputas, minha ex-mulher e seu companheiro têm procurado identificar e localizar patrimônio e rendas imaginários, que possam ser acrescidos aos montantes cobiçados".
Disse que "ela tem procurado provar as suas teorias, no que, evidentemente, não tem sido bem sucedida pela dificuldade que tem de separar o real do imaginário".
DO COM GENTE DECENTE

Cercado por fraudes, Segundo Tempo turbina caixa e políticos do PC do B

Projeto do Ministério do Esporte só em 2010 distribuiu R$ 30 milhões a ONGs de dirigentes e aliados do partido; ‘Estado’ percorreu núcleos esportivos no DF, GO, PI, SP e SC e flagrou convênios com entidades de fachada, situações precárias e de abandono

 Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Principal programa do Ministério do Esporte, comandado por Orlando Silva, o Segundo Tempo, além de gerar dividendos eleitorais, transformou-se num instrumento financeiro do Partido Comunista do Brasil (PC do B), legenda à qual é filiado o ministro.
Crianças improvisam a pelada no terreno baldio onde deveriam existir dois núcleos do programa - Ed Ferreira/AE
Ed Ferreira/AE
Crianças improvisam a pelada no terreno baldio onde deveriam existir dois núcleos do programa

Veja também:
link Chuteiras novas à espera de um gramado
link Ministério defende seus critérios e culpa entidades
link ONG recebe R$ 4,2 mi e abandona núcleos
A reportagem do Estado foi conhecer os núcleos do Segundo Tempo no Distrito Federal, em Goiás, Piauí, São Paulo e Santa Catarina. A amostra, na capital e região do entorno, no Nordeste mais pobre ou no Sul e no Sudeste com melhores indicadores socioeconômicos, flagrou o mesmo quadro: entidades de fachada recebendo o dinheiro do projeto, núcleos esportivos fantasmas, abandonados ou em condições precárias.
As crianças ficam expostas ao mato alto e a detritos nos terrenos onde deveriam existir quadras esportivas. Alguns espaços são precariamente improvisados, faltam uniformes e calçados, os salários estão atrasados e a merenda é desviada ou entregue com prazo de validade vencido.
No site do ministério, o Segundo Tempo é descrito como um programa de "inclusão social" e "desenvolvimento integral do homem". Tem como prioridade atuar em áreas "de risco e vulnerabilidade social", criando núcleos esportivos para oferecer a crianças e jovens carentes a prática esportiva após o turno escolar e também nas férias.
Conferidas de perto, pode-se constatar que as diretrizes do projeto, que falam em "democratização da gestão" foram substituídas pelo aparelhamento partidário. A reportagem mostra, a partir deste domingo, 20, como o ministro Orlando Silva, sem licitação, entregou o programa ao PC do B.
O Segundo Tempo está, majoritariamente, nas mãos de entidades dirigidas pelo partido e virou arma política e eleitoral. Só em 2010, ano eleitoral, os contratos com essas entidades somaram R$ 30 milhões.

Ministro da tapioca e da merenda também recebia dinheiro em caixa de sapato.

Aqui, o texto de Veja. Abaixo, o texto do Blog do Juca Kfouri:

Já faz muito tempo que o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr. protagonizou uma cena humilhante ao se encontrar com o jornalista Roberto Salim, da ESPN-Brasil e ouvir dele, com todas as letras: “O senhor desonra sua raça, a história do seu partido, o esporte brasileiro e o Brasil”. O jornalista, um cidadão pacato, não conseguiu conter sua indignação diante de tudo que já sabiamos ser prática do ministro do PCdoB. Que volta à cena, agora na capa da revista  “Veja”, que deu a seguinte chamada em sua edição desta semana:  “O ministro recebia o dinheiro na garagem”
  Uma reportagem de seis páginas, assinada por Rodrigo Rangel, traz depoimentos, com nome e sobrenome de ex-integrante do PCdoB pego em falcatruas com o dinheiro do programa Segundo Tempo — que também manchou definitivamente o nome do ex-ministro do Esporte e atual governador de Brasília, Agnelo Queirós –que revelam as aventuras de Orlando Silva Jr. com dinheiro público, muito dinheiro, 40 milhões de reais nos últimos oito anos, num esquema que exigia 20% dos repasses do ministério às ONGs parceiras do programa.
“Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebia verbas do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais”, diz uma das testemunhas. Que, como as demais, estão identificadas, prontas para serem ouvidas pela polícia, pelo Ministério Público, enfim, pela Justiça brasileira. Oportunidade de ouro, também, para a presidenta Dilma Rousseff se livrar de Silva, como gostaria desde que foi eleita.
DO BLOG DO CEL 

Todos olham para 2014

O governador Geraldo Alckmin (SP) está numa sinuca. O prefeito Gilberto Kassab quer o apoio do PSDB para disputar a prefeitura paulistana em 2012 - com Afif Domingos ou Henrique Meirelles - em troca do apoio do PSD à reeleição de Alckmin em 2014 (ainda não se sabe quem dará a cabeça de chapa; o "Estadão" diz que Kassab quer um nome do PSD para defender seu legado). Tudo estaria muito bem se o PSDB não tivesse uma penca de candidatos, entre eles o aguerrido José Aníbal, atual secretário de Energia do estado (os demais são Ricardo Trípoli, Bruno Covas e Andrea Matarazzo). Cientes da ameaça, os pré-candidatos tucanos querem realizar prévias para escolher o nome já em dezembro, enquanto Alckmin pretende jogar a disputa para março de 2012, na tentativa de convencê-los de que a proposta de Kassab é um bom negócio para o partido. Dessa vez, Alckmin tem em José Serra - muito próximo a Kassab - um aliado. Na verdade, a reeleição de Alckmin é crucial para o PSDB em 2014. Creio que não é hora de priorizar os projetos pessoais, mas de ter os pés bem plantados no chão.
DO BLOG DO JEFFERSON

EUA enviam mais 14 contêineres suspeitos ao Brasil

A Receita Federal aguarda a chegada de mais 14 contêineres dos Estados Unidos encomendados pela mesma confecção de Santa Cruz do Capibaribe que importou 46 toneladas de lixo hospitalar retidas nesta semana no porto de Suape, em Pernambuco. A informação é da reportagem de Fábio Guibu publicada na edição deste sábado da Folha (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Lixo hospitalar dos EUA é vendido no Nordeste
Receita aciona Procuradoria contra lixo hospitalar em PE
Contêiner com lixo hospitalar é apreendido em porto de PE

Leo Caldas/Folhapress
Confecção em Santa Cruz do Capibaribe, onde reportagem da Folha encontrou material
Confecção em Santa Cruz do Capibaribe, onde reportagem da Folha encontrou material
Os contêineres estão em um navio e deverão chegar em uma semana, segundo o inspetor da alfândega da Receita Federal local, Carlos Eduardo de Oliveira. O conteúdo ainda é desconhecido e a empresa exportadora pode fazer essa declaração até cinco dias antes de o navio atracar em seu destino.
A confecção que importou os contêineres, cujo nome ainda não foi divulgado, já adquiriu oito carregamentos neste ano dos Estados Unidos.
Os dois últimos foram apreendidos depois que a Receita Federal desconfiou do valor da nota. Ao inspecionar, descobriu se tratar de lixo hospitalar.
Leia a reportagem completa na Folha deste sábado, que já está nas bancas.

Editoria de Arte/Folhapress

Militante do PCdoB acusa: Orlando Silva recebeu dinheiro de esquema fraudulento na garagem do Ministério do Esporte; ou Dilma acha a vassoura ou será assediada pela sujeira

As coisas ficaram definitivamente complicadas para o comunista sem multidões Orlando Silva, ministro do Esporte e homem-chave — deveria ser ao menos — na organização da Copa de 2014. A presidente Dilma Rousseff pode prestar um favor à moralidade pública e à competição com um único ato: a demissão de Silva, que tem de ir cantar em outra freguesia. Será uma decisão tardia. Deveria ter sido demitido por Lula. Jamais deveria ter sido reconduzido por ela própria.
Vocês se lembram daquele imbróglio envolvendo o PCdoB e ONGs de fachada que recebiam uma bolada do Programa Segundo Tempo e não prestavam serviço nenhum? Alguns militantes do partido foram presos. Entre eles, estava o policial militar João Dias Ferreira. Em entrevista à VEJA desta semana, ele dá detalhes de como funcionava (funciona ainda?) um esquema instalado dentro do Ministério do Esporte que pode ter desviado R$ 40 milhões em 8 anos.
Mas isso ainda é muito pouco. O chefe do rolo, ele garante, é o próprio Orlando Silva.  João Dias afirma que, quando secretário-executivo do Ministério — o titular era Agnelo Queiroz, do PT, atual governador do Distrito Federal —, O MINISTRO RECEBEU PESSOALMENTE SOMAS DE DINHEIRO NA GARAGEM DO MINISTÉRIO. Ele diz que, na gestão Agnelo, que também se beneficiava da maracutaia, o programa Segundo Tempo já funcionava como caixa dois do PCdoB.
A roubalheira era simples e eficiente. As ONGs só recebiam o dinheiro mediante uma taxa previamente negociada, que podia chegar a 20% do valor dos convênios. O PC do B indicava tudo: de “fornecedores” a pessoas encarregadas de dar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias. O próprio João Dias, amigão de Agnelo, controlava duas entidades, que receberam R$ 3 milhões. Segundo o inquérito, dois terços desse dinheiro desapareceram. Quando foram presos, os militantes do PC do B deram algumas pistas sobre o funcionamento do esquema. João Dias ficou de bico calado. Agora decidiu falar.
Ele dá o nome do homem que fazia a coleta e levava dinheiro para o ministério, inclusive para o agora ministro. Trata-se de Célio Soares Pereira, que também fala a VEJA. O relato sobre uma ocorrência de 2008 impressiona: “Eu recolhi dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas R$ 50 e R$ 100″.
Por que agora?
E por que Ferreira resolveu romper o silêncio? Leiam um trecho da reportagem de Rodrigo Rangel:
A lua de mel do policial com o ministério e a cúpula comunista começou a acabar em 2008, quando passaram a surgir denúncias de irregularidades no Segundo Tempo. Ele afirma que o ministério, emparedado pelas suspeitas, o deixou ao léu. “Eu tinha servido aos interesses deles e, de repente, quando se viram em situação complicada, resolveram me abandonar. Tinham me prometido que não ia ter nenhum problema com as prestações de contas.” O policial diz que chegou a ir fardado ao ministério, mais de uma vez, para cobrar uma solução, sob pena de contar tudo.
No auge da confusão, ele se reuniu com o próprio Orlando Silva. “O Orlando me prometeu que ia dar um jeito de solucionar e que tudo ia ficar bem”, diz. O ministro, por meio de nota, confirma ter se encontrado com o policial. Diz que o recebeu em audiência, mas nega que soubesse dos desvios ou de cobrança de propina. “É uma imputação falsa, descabida e despropositada. Acionarei judicialmente os caluniadores”, afirmou o ministro em nota.
Dinheiro na campanha do Apedeuta
Leiam na edição impressa a íntegra da reportagem, de seis páginas. Entre outras coisas, João Dias revela que repassou, em 2006, R$ 1 milhão da dinheirama para a campanha presidencial de Luiz Inácio Apedeuta da Silva. Dinheiro dos impostos. Dinheiro dos pobres. O policial afirma que, numa das idas ao ministério para tentar resolver seus problemas, foi recebido pelo secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Cesar Filgueira, também do PC do B: “Eu fui lá armado e dei umas pancadas nele. Dei várias coronhadas e ainda virei a mesa em cima dele. Eles me traíram”. Filgueira admite o encontro, mas nega ter apanhado… O fato é que, vejam lá, ele conseguiu parte do que queria com ou sem os sopapos.
Credibilidade?
Já posso ouvir certo alarido: “Que credibilidade tem alguém com esse perfil?” Ora, a pergunta não deve ser feita à reportagem de VEJA, mas ao agora governador Agnelo Queiroz e a Orlando Silva. Do primeiro, o policial é amigo; do segundo, é correligionário. Tanto o ministro como um secretário da pasta o receberam em gabinete. Se João Dias é bandido, temos um ministro e um secretário que se encontram com bandido, certo? VEJA cumpre o seu papel: contar o que sabe. De resto, não há dúvida de que o Programa Segundo Tempo era uma pilantragem controlada pela turma do PC do B. Agora é um militante do partido e um ativo participante do esquema quem diz: o chefe é Orlando Silva.
É evidente que o ministro não tem condições de continuar na pasta. Moralmente, já não tinha desde o ano passado, quando o esquema foi revelad. A (des)organização da Copa do Mundo de 2014 prova, também, que ele é incompetente. A partir de agora, corre o risco de ter seu tempo tomado pela necessidade de se defender. A República e o próprio torneio podem arcar com esse custo?
Não faltam motivos, como a gente vê, para que a população saia às ruas com uma vassoura na mão. Está na hora de Dilma descobrir onde esqueceu a sua.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Presidente do Incra diz que Lula "jogou as pessoas na terra" e fez reforma agrária "não qualificada.

O presidente do Incra, Celso Lacerda, atacou Lula e sua cambada que passou pelo Ministério da Reforma Agrária. Afirmou à Folha de São Paulo que nada será como no governo passado e que nenhum decreto foi publicado por Dilma até agora por ela ser uma administradora "muito minuciosa". "Ela não deu decreto não foi porque ela não dá importância à reforma agrária, é porque ela quer de fato um processo qualificado." Lacerda foi duro e afirmou que o governo Dilma, ao contrário do governo Lula,  não vai mais "jogar uma família na terra e levar dois anos para liberar o primeiro crédito e depois demorar mais dois anos para liberar a assistência técnica". Também informou que, ao cotrário do que fazia Lula, as áreas agora terão que ser de "de qualidade", "bem localizadas", e que sirvam ao combate da pobreza rural. É um avanço ver o PT reconhecendo o mal que o PT fez ao pais. Os assentamentos do MST e da reforma ágrária reúnem, hoje, um milhão de miseráveis em todo o país.
DO BLOOG DO CEL

Dirigente de ONG ameaça ministro do Esporte

O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal João Dias Ferreira é um personagem recorrente de denúncias envolvendo o Ministério do Esporte. Dias presidiu duas entidades acusadas de desviar cerca de R$ 2 milhões do programa Segundo Tempo do Ministério. Desde o começo das denúncias, Ferreira sempre se manteve na sombra. Há duas semanas, porém, ele mudou de atitude. Ferreira criou um blog e passou a atacar desafetos por meio dele. No blog, Dias promete, entre outras coisas, fazer revelações sobre “arrecadadores da gestão do Orlando Silva (ministro do Esporte)”. Ferreira afirma, também, que um ex-servidor do ministério, supostamente requisitado por Orlando Silva, cobrava propina para “sumir” com processos de prestação de contas dos convênios supostamente fraudados. Dias afirma que não pagou pelo serviço, mas dará nomes de quem teria aceitado pagar. O advogado de João Dias disse que não conseguiu localizá-lo para comentar o conteúdo do blog. Em nota à revista, o Ministério do Esporte afirma que não comentará “invencionices” do policial. Disse, ainda, que o autor das denúncias deveria “procurar a justiça”.
Reportagem publicada no blog Quidnovi, na sexta-feira, afirma que o soldado João Dias detalhou, a uma pessoa próxima à presidente Dilma Rousseff, desvios de dinheiro do programa Segundo Tempo para o PC do B, partido do ministro Orlando Silva. Ainda de acordo com a reportagem, Dias deu informações sobre desvios no contrato que o Ministério do Esporte mantém com uma empresa de publicidade. Entre os favorecidos com as supostas irregularidades estariam ex-funcionários e o chefe de gabinete do ministro Orlando Silva, Vicente José de Lima Neto. Segundo o Ministério do Esporte, a empresa foi contratada mediante licitação e as afirmações (João Dias) não têm fundamento. “As insinuações são invencionices”, diz a nota.
Em maio do ano passado, ÉPOCA publicou reportagem sobre relatório final da Operação Shaolin, da Polícia Civil de Brasília, que investigou desvios no Segundo Tempo a partir de convênios com as associações de João Dias. De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias: a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e a Associação João Dias de Kung Fu. As associações foram contratadas para desenvolver atividades esportivas com alunos da rede pública de ensino. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006.
Murilo Ramos
REV EPOCA

A valentia de Sarney ao “peitar” o Supremo pode causar crise gravíssima sobre distribuição do dinheiro federal

Gilmar Mendes com Sarney: o ex-presidente e suas razões especialíssimas para "peitar" o Supremo (Foto: Agência Senado)
É espantosa a declaração do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de que vai “peitar” o Supremo Tribunal Federal e de que o Supremo “não manda” no Senado em relação a uma decisão da Suprema Corte declarando, no início do ano passado, inconstitucional a atual forma de distribuição do dinheiro grosso que a União repassa aos Estados por meio do Fundo de Particpação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).
É espantosa porque Sarney ocupa um posto-chave nas instituições, passou uma vida inteira se declarando um democrata, não tem nenhuma razão nesse caso e não pode, em hipótese alguma, contrapor-se a uma decisão do Supremo, sob pena de se criar uma gravíssima crise política e institucional, que inevitavelmente repercutirá nos Estados envolvidos.
É preciso explicar aos amigos do que se trata a questão toda. Vamos lá.
De todo o dinheiro federal repassado, 85% atualmente ficam com Norte, Nordeste e Centro-Oeste
O governo federal repassa aos Estados, por mandamento da Constituição — artigo 159, inciso I, alínea “a” e inciso III –, 21,5% de tudo o que arrecada com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mais 29% do que tira do bolso dos contribuintes com a Constribuição sobre a Intervenção no Domínio Econômico (Cide), nome complicado para um tributo sobre combustíveis.
O problema é a forma de distribuir esse dinheiro. Segundo vários governadores que reclamam dos percentuais concedidos a cada Estado, 85% da dinheirama — que este ano deve chegar a 60 ou 70 bilhões de reais — são destinados aos Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto apenas 25% são repassados aos Estados que mais arrecadam, os do Sul e Sudeste.
O Supremo considerou que a atual forma de distribuir o dinheiro é inconstitucional
Justamente esse modelo de distribuição, fixado em lei de 1989, foi considerado inconstitucional pelo Supremo no dia 24 de fevereiro de 2010 — pela esmagadora maioria de oito votos a um. A decisão foi tomada no julgamento de quatro ações de inconstitucionalidade movidas, não por acaso, pelos governos de três Estados do Sul — Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul — e, curiosamente, pelos governos de três Estados do Centro-Oeste, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, certamente insatisfeitos com a repartição do bolo em relação aos Estados do Norte e Nordeste.
O Supremo, que é quem dá a última palavra sobre tudo o que se refere à Constituição, decidiu que essa lei de 1989 não estabelece os critérios de distribuição dos recursos, o que deveria ter sido feito dois anos depois que entrou em vigor. E concedeu prazo até 31 de dezembro do ano que vem, 2012, para que o Congresso aprove uma nova lei. Até lá, os atuais percentuais — garantiu o Supremo — podem continuar sendo utilizados. Mas só até lá.
O Fundo poderá até ser extinto!
Caso não se aprove uma nova lei, o FPE será extinto. Será extinto!
A valentia de Sarney está direitinho explicada no Radar On-line, do Lauro Jardim. Tem alguma relação com os altos interesses do país? Está ligada aos maiores destinos da pátria? É voltada ao aperfeiçoamento das instituições ou do sistema tributário nacional?
Nada disso. Lauro foi examinar os números e lá está a razão da resistência de Sarney em mudar o rateio do FPE: atualmente, seu Maranhão natal recebe nada menos do que 3,521 bilhões de reais por ano. É o tereceiro Estado mais beneficiado do Brasil. Já São Paulo, o Estado que mais arrecada todos os impostos e que tem o segundo pior repasse entre as 27 unidades da Federação — e não reclamou no Supremo — fica com apenas 487 milhões de reais.
Sarney argumenta que os Estados mais pobres têm de ganhar mais. E pode até ter razão, mas o Supremo não disse “não” a essa tese. Só decidiu, em última instância, que a lei atual não estabelece os critérios como deveria e é inconstitucional.
Mas os ministros, por maioria, se manifestaram não no sentido de que os mais pobres, com menor PIB per capita, devem receber mais, mas que devem receber mais os Estados com menor receita própria, e vice-versa.
Até o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), concorda com essa tese e tem projeto seu para regulamentar a questão. Sarney, no entanto, resiste.
POR RICARDO SETTI
REV VEJA

Dilma: convívio com movimento social deve ser tolerante

Dois protestos ocorreram em Porto Alegre durante a visita da presidente

Elder Ogliari, correspondente de O Estado
PORTO ALEGRE - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, 14, em Porto Alegre, que o convívio dos governantes com os movimentos sociais "tem que ser de absoluta tolerância", referindo-se aos recentes protestos contra corrupção em diversas cidades do País e também a manifestações de funcionários públicos por melhores salários.
Manifestantes aproveitaram a visita de Dilma a Porto Alegre - Wesley Santos
Wesley Santos
Manifestantes aproveitaram a visita de Dilma a Porto Alegre
Dois desses protestos ocorreram durante a visita de Dilma à capital gaúcha. Um, de trabalhadores da área de energia, bloqueou a BR-290 por duas horas para reclamar da exclusão do carvão mineral das fontes que participarão do próximo leilão de energia, em dezembro. O segundo, de algumas dezenas de servidores públicos, tentou mostrar para Dilma o descontentamento da categoria com os vencimentos atuais na praça Marechal Floriano, entre a Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini.
A presidente, que teria de passar perto do grupo para ir de um prédio a outro para cumprir sua agenda, optou por percorrer de carro o trajeto de 50 metros. "É absolutamente correto que os movimentos sociais tenham reivindicações e que nós tenhamos posições que às vezes contemplam tudo o que as reivindicações propõem ou só parte", comentou Dilma. "Esse é um País diferenciado, a gente não convive com manifestações como se fossem atitudes incorretas", prosseguiu, para sustentar que o convívio dos direitos de manifestação, de greve e de falar "é uma das coisas mais importantes da nossa democracia".
Dilma esteve em Porto Alegre para assinar acordo de participação dos Estados do Sul no Programa Brasil Sem Miséria e anunciar recursos para obras de infraestrutura urbana. A presidente permanece na capital gaúcha amanhã, quando troca a agenda oficial por encontros familiares.

CGU detecta ‘irregularidades’ de R$ 10 mi em Furnas


A CGU (Controladoria-Garal da República) concluiu a auditoria aberta no início do ano para apurar denúnicas de malfeitorias na estatal Furnas Centrais Elétricas.
Detectaram-se irregularidades na montagem do consórcio constituído para a construção da hidrelétrica de Serra do Facão, em Goiás. Obra do PAC.
Pelas contas da CGU, Furnas amargou um prejuízo de pelo menos R$ 10 milhões. Desperdiçaram-se verbas públicas em dois lances.
O primeiro ocorreu em novembro de 2007. Constituída para erguer a usina, a empresa Serra do Facão Participações S/A deveria emitir um lote de 14 mil debêntures.
O papelório iria ao mercado com o propósito de capitalizar a empresa. Estava tudo pronto. O conselho de administração de Furnas aprovara a operação.
A diretoria do BNDES, que no mês anterior aprovara a concessão de um empréstimo para a construção da usina, também referendara o lançamento dos papéis.
A despeito de tudo, a emissão das debêntures foi retirada da pauta de Furnas e acabou não ocorrendo.
Com isso, constatou a CGU, Furnas teve de arcar com despesas operacionais de R$ 1,6 bilhão. Gastos que “poderiam ter sido evitados”, anotaram os auditores.
Sobreveio, então, a segunda operação tachada pela auditoria como “irregular”. Auterou-se a composição societária da Serra do Facão Participações S/A.
Saiu do consórcio a empresa Oliveira Trust. Entrou no lugar a empresa Serra Carioca II. Para viabilizar a troca, Furnas aprovou uma modelagem defeituosa.
No dizer da CGU, tal modelagem “não previa análise jurídica, econômica e cadastral do novo empreendedor que iria substituir a empresa Oliveira Trust.”
Algo que “viabilizou a entrada da empresa Serra da Carioca II.” O problema é que, ao perscrutar o cadastro do novo sócio, o BNDES torceu o nariz.
A desaprovação do BNDES, atribuída à “má situação cadastral” da empresa, ocasionou “perdas financeiras para Furnas no montante de R$ 8,4 milhões”, informa a CGU.
Os resultados da auditoria constam de texto divulgado pela CGU nesta sexta (14). Pode ser lido aqui.
O documento não esmiúça as razões que levaram o BNDES a virar a cara para a Serra da Carioca II.
Em janeiro de 2011, os repórteres Hudson Corrêa e Rodrigo Rötzsch haviam relatado o que sucedera.
O BNDES constatou que sócios e investidores da Serra da Carioca II haviam sido investigados pela CPI dos Correios, que apurara o mensalão em 2005.
De resto, o cadastro omitia que a empresa tinha origem num paraíso fiscal. Os analistas do BNDES solicitaram informações sobre o quadro de sócios.
A empresa iformou que seus sócios eram os empresários João Alberto Nogueira e Sérgio Reinas (5% cada um) e a Gallway Projetos e Energia do Brasil (90%).
A Gallway tinha como controladora a Atlantic Energy Private Foundation (99,99%).
A Serra da Carioca absteve-se de informar que a Atlantic, paraíso fiscal das Antilhas Holandesas pertencia ao sócio João Alberto Nogueira.
A auditoria em Furnas foi determinada por Dilma Rousseff no alvorecer de sua gestão. Deu-se nas pegadas de uma disputa pelo controle político da empresa.
Reduto do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Furnas passou a ser cobiçada pelo PT do Rio, que enviou ao Planalto um dossiê.
Na peça, acusava-se o grupo de Cunha de patrocinar os malfeitos. Algo que o deputado negou.
Pelo sim, pelo não Dilma trocou o presidente de Furnas. No lugar de Carlos Nadalutti, apadrinhado de Eduardo Cunha, foi acomodado Flávio Decat, ligado à família Sarney.
Furnas compõe o sistema Eletrobras, que pende do organograma do Ministério das Minas e Energia, submetido a Edison Lobão, ministro da cota de José Sarney.
Concluída a auditoria, a CGU enviou ofício à direção da estatal. Recomendou “a instauração de procedimento administrativo.”
Para quê? Para apurar quem são os responsáveis “pelos fatos que tiveram como consequência perdas financeiras.”
Cópias do relatório da auditoria foram enviadas à pasta das Minas e Energia, à Casa Civil, ao TCU e ao Ministério Público.
DO BLOG JOSIAS DE SOUZA

Neurônio estrangeiro

“Concordamos com algumas das palavras que alguns movimentos têm feito ao redor do mundo, manifestação como a que a gente vê em Estados Unidos e outros países”.

Dilma Rousseff, durante discurseira em Porto Alegre, explicando que, como está engajada nos atos de protesto promovidos em Nova York e outras capitais estrangeiras, não ficou sabando da segunda rodada de manifestações realizadas nesta quarta-feira pelo movimento contra a corrupção para exigir o fim da roubalheira que obrigou o neurônio solitário a lamentar a perda de quatro ministros ─ por enquanto.

O quinto andor da procissão dos despejados

Neste sábado, pela quinta vez em nove mese e meio, a presidente Dilma Rousseff será confrontada com evidências contundentes da presença de outro prontuário de bom tamanho no primeiro escalão. E terá de escolher entre duas opções: ou se livra imediatamente da abjeção ou cede à tentação de varrê-la para baixo do tapete ─ o que só servirá para retardar por alguns dias o despejo inevitável do morto-vivo.
Depois de Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi e Pedro Novais, sempre por envolvimento em bandalheiras, o ministério do Brasil Maravilha vai perder mais um. O país que presta vai ganhar mais uma.
POR AUGUSTO NUNES
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