quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A doença da educação brasileira é ideológica. E seu nome é “petismo”

No post das 16h13, há um retrato do ensino no Brasil, revelado pela Prova ABC. É uma vergonha! Digam o que disserem, acreditem: não chegamos a isso por falta de verba. Dada a realidade do país, o Brasil gasta bastante com a educação. Não dispomos é de mecanismos eficazes para avaliar a qualidade do trabalho feito nas escolas e intervir para corrigir as deficiências.
Sempre que o debate é colocado, tudo termina na ladainha sindical de sempre: se os professores fossem mais bem pagos, tudo seria diferente. Essa é uma das falácias mais influentes no setor. Seria estúpido afirmar que salários maiores fariam mal aos alunos — e, com efeito, há realidades dramáticas em certas áreas do país. A verdade insofismável, no entanto, é que o aumento da remuneração poderia fazer bem aos professores sem mudar uma vírgula na qualidade de ensino.
Há um coquetel de problemas que resulta nesse desastre. Embora tenham naturezas distintas, têm algo em comum: desprezam o aluno, que deixou de ser o centro da preocupação das escolas — em especial, dos educadores. Vamos ver. Os estados e municípios, pouco importa o salário que paguem, não dispõem de mecanismos para promover os competentes e punir os incompetentes.
O estado de São Paulo, na gestão Serra, instituiu um sistema de promoção salarial por mérito. A escola melhorou, provaram os exames. Os petista-cutistas da Apeoesp foram às ruas protestar. Chegaram a queimar livros didáticos em praça pública, os fascistas! Neste momento, a Apeoesp tenta negociar com a Secretaria da Educação o fim do modelo. Os valentes não querem saber de mérito. Eles gostam é do demérito que iguala todos por baixo. Os alunos que se danem! No Brasil inteiro, a educação é refém da militância política, especialmente a petista — quando não está entregue a radicais à esquerda do PT.
Embora as escolas privadas não sejam lá grande coisa, já demonstraram alguns outros indicadores, a Prova ABC evidencia que o desempenho dos estudantes dessas instituições é muito superior ao das escolas públicas. A razão é simples: a cobrança é maior.
O ensino — também em boa parte das escolas privadas, note-se — está corroído por uma doença ideológica. Boa parte dos “educadores” acredita que sua função não é ensinar português, matemática e ciências, mas princípios de cidadania, com o objetivo de formar “indivíduos conscientes”. Alunos seriam pessoas “oprimidas”, que precisam passar por um processo de “libertação”. O mal que a paulo-freirização fez à escola levará gerações para ser superado. Todos os mitos ideológicos que Paulo Freire criou com seu método de alfabetização de adultos foram transferidos para a educação de crianças e jovens. O resultado é devastador. Escrevo sobre esse assunto há anos. Era um dos temas recorrentes da revista e site Primeira Leitura.
À pedagogia “libertadora” de Paulo Freire se juntou, mais recentemente, a turma da “pedagogia do amor”, de que Gabriel Chalita é um dos formuladores. Em vez de educar, o professor liberta; em vez de educar, o professor ama. Se toda essa conversa mole der errado, há o risco até de a escola ensinar alguma coisa. O fato é que o cruzamento de Freire com Chalita resulta em ignorância propositiva e amorosa.
Enquanto objetivos claros não forem estabelecidos e enquanto as várias esferas do estado não dispuserem de instrumentos de intervenção para exigir qualidade, podem esquecer. A reação bucéfala às medidas modernizadoras implementadas pelo governo Serra, em São Paulo, demonstra que a raiz do problema é, sim, ideológica. O sindicato dos professores foi usado como mero instrumento da luta política. De dia, a presidente da entidade, a notória Bebel, fazia passeata; à noite, encontrava-se com Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e era tratada como heroína.
E uma última questão por ora: deixem um pouco o sociologismo fora disso. Essa conversa de que é impossível ensinar alunos com fome, vindos de lares desestruturados etc. não cola mais. A fome é exceção no Brasil. A imensa maioria das famílias pobres é mais organizada e hierarquizada do que as de classe média e média-alta — o tal “povo” é bastante conservador nessas coisas. Desorganizado e desestruturado, no que concerne à educação, é o estado brasileiro.
Por Reinaldo Azevedo

Oposição recorre ao Supremo contra o triunfo da sem-vergonhice nas obras da Copa do Mundo

A oposição decidiu recorrer ao STF contra a lei que instituiu o Regime Diferenciado de Contratação. Leiam o que vai abaixo. Volto em seguida:
Na Folha Online:
Os partidos de oposição –PPS, PSDB e DEM– entraram com uma ação contra a lei que instituiu o RDC (Regime Diferenciado de Contratações). A lei foi criada para facilitar as contratações das obras da Copa de 2014 e Olimpíada 2016. No pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal), a oposição diz que o RDC é fruto de uma emenda colocada em uma medida provisória que tratava de outro assunto. Para as legendas, o expediente adotado pelo governo é inconstitucional.
Os partidos afirmam ainda que o RDC pode “abrir uma porta” para a corrupção. Na ação, as siglas argumentam que o próprio relator da emenda, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que seriam abordados aspectos que “não constam do teor levado a conhecimento público quando da publicação do instrumento de que se cuida”. Não se trata de “filigrana do processo legislativo sem repercussões exteriores às casas legislativas”, afirma a oposição.
Aprovado em junho pelo Congresso e sancionada pela presidente Dilma Rousseff neste mês, o RDC estabelece regras flexíveis, em relação à Lei de Licitações, para contratar projetos ligados à Copa de 2014 e à Olimpíada do Rio, em 2016. A medida traz mudanças polêmicas, como a manutenção do sigilo dos orçamentos prévios de um projeto até o fim da licitação. Durante o processo, somente órgãos de controle terão acesso aos preços.
Pela lei anterior, os órgãos públicos colocavam os preços que consideram justos no edital, e as empresas deveriam concorrer entre si sabendo qual é o teto máximo. Segundo o governo, o sigilo impede que empresas possam agir em conluio para combinar preços maiores.
Comento
As oposições foram ao STF e fizeram muito bem! Os motivos que justificariam o RDC não param de pé. São pura mistificação. O modelo não impede o conluio. O que ele dificulta, aí sim, é a identificação da sacanagem.
Quem fez a crítica mais contundente ao RDC foi o ex-deputado Luis Roberto Ponte, autor da atual Lei de Licitações, com a experiência de quem foi presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção por longos 15 anos. Segundo ele, o sistema “abre as portas da corrupção”. Numa espécie de carta enviada a Sarney, em que pedia para ser ouvido no Senado, escreveu:
“Disseram-lhe que a divulgação prévia do orçamento da obra facilita a vida dos concorrentes para o conchavo; o quanto, então, deve facilitar a vida do concorrente preferido receber essa informação privilegiada?
(…)
Desde quando a ausência de preço impede que haja conchavos? Sem projeto nem orçamentos conhecidos mesmo é que a tendência é que as propostas sejam apresentadas com valores mais altos que o estritamente necessário para a execução da obra.
(…)
“Não se pode dar aos governantes os mesmos poderes que têm dirigentes privados para negociar seus contratos porque, diferentemente destes, aqueles devem prestar contas ao povo do dinheiro gasto e assegurar iguais direitos a qualquer um que possa executar a obra, fazer a venda ou prestar o serviço.”
E há mais: o RDC passará a valer para os 26 estados e para os municípios. Vai ser a festa da uva. O governo Lula ficou girando em torno da própria cauda no que diz respeito à Copa do Mundo, com irresoluções que se estenderam ao governo Dilma, e a solução encontrada pelos petistas, como de hábito, foi estuprar a lei em nome da urgência.
Assim, essa gente nos conduziu à seguinte (falsa) escolha: ou se permite a mais desbragada lambança, ou a Copa do Mundo será um vexame. Como ninguém quer vexame, então que venha a lambança!
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

Ih, os capas-pretas do PMDB estão batendo boca… Que boa notícia!

Eita! Não é que, de vez em quando, a gente lê uma boa notícia sobre o PMDB? A mais recente indica que pode estar prestes a acontecer um curto-circuito por lá. Parto do princípio de que, se o PMDB está brigando, os cofres públicos podem sair ganhando. Sem contar, né?, que conto com aquela possibilidade remota de que, no confronto, eles decidam contar tudo… Leiam o que segue. Volto em seguida:
Deputado do PMDB ataca aliados após perder cargo em comissão
Por Maria Clara Cabral, na Folha Online:
Um dia depois de ter sido tirado da relatoria da Comissão Especial sobre Código do Processo Civil, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) reagiu nesta quinta-feira. A principal reação foi pedir cópia de todas as auditorias feitas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) entre 2007 e 2010 na Funasa. No período, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE) presidiu o órgão. Forte é apontado por Eduardo Cunha como um dos responsáveis pelo motim que o tirou da comissão.
“Infelizmente ele foi colocado lá a época pelo partido e eu me arrependo de ter dado apoio, até porque isso manchou o partido”, disse Eduardo Cunha sobre o colega pelo Twitter. Ontem, Danilo Forte comemorou a saída de Cunha e disse que o partido estava entendendo a necessidade de renovação. Cunha e Forte são os principais protagonistas de uma disputa que divide o PMDB na Câmara.
O primeiro conta com o apoio do líder Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O segundo da vice-presidente da Câmara, Rose de Freitas (PMDB-ES). Cunha também criticou a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que pediu a sua saída pelo fato de ele não ser advogado. Ele disse que criaria uma Frente Parlamentar em defesa do fim do exame da Ordem.
“A profissão de médico que é muito mais grave a consequência do erro, pois pode ceifar vidas, não exige exame do CRM porque tem de ter da OAB? O melhor que a gente pode fazer e debater esse exame da Ordem que é um dos maiores absurdos que existem”, diz ele. Outro alvo foi o ministro Pedro Novais (Turismo). O deputado elogia o ministro, diz que todas as irregularidades na pasta são anteriores ao ministro. “O PMDB é que deveria entregar esse ministério e não indicar ninguém para ele mais e deixar que quem pariu mateus o embale”, afirmou.
Comento
Pra começo de conversa, acho que é preciso chamar Cunha na chincha. É fato que a Funasa foi aparelhada, retalhada, dividida, explorada por petistas e peemedebistas. Mas Cunha dá a entender que sabe ainda mais do que a gente. Acho que ele tem de contar, não é? Afinal, não é um parlamentar qualquer. E notem que ele está entregando um ex-aliado interno: deve saber do que fala.
Essa coisa pode render. É evidente que o Planalto está atuando para trincar o núcleo duro do PMDB. Com o partido dividido, é mais fácil negociar e dimiuir seu potencial de chantagem. É o que interessa nessa história.
Por Reinaldo Azevedo

Que vá de jumento

Ricardo Melo, Folha de S. Paulo
Mesmo num país com costumes políticos tão degradados, certos comportamentos ainda espantam. A atitude da família Sarney no Maranhão, ao usar um helicóptero público em convescotes privados, é um escárnio não apenas pelo fato em si mas também pela reação que se seguiu.
Não basta que o passeio tenha sido feito em prejuízo do socorro a doentes. Tampouco que o companheiro de patuscada da família do presidente do Senado e de sua filha tenha sido um empresário de ficha duvidosa. É preciso mais, como que para convencer o povo de que as coisas são assim, e pronto.
"Queria que o presidente [do Senado] fosse andar em jumento? Queria o quê? Enfrentar um engarrafamento? Esse helicóptero, é claro, tem que servir os doentes, mas tem que servir as autoridades, esta é a realidade."
Foi assim, com essa naturalidade e desfaçatez, que o vice-líder da governadora Roseana na Assembleia do Maranhão defendeu a família Sarney. Magno Bacelar, do Partido Verde, também reverberou as infames palavras do então presidente Lula sobre o senador: "Ele não é uma pessoa qualquer".
Ao colocar em plano semelhante "doentes e autoridades", Bacelar fez duas coisas. Primeiro, refrescou na memória de todos por que o Maranhão está na lanterna de qualquer ranking de bem-estar, conforme destacou, com o talento habitual, Fernando de Barros e Silva neste mesmo espaço.
Segundo, não falou toda a verdade. O povo local já estaria satisfeito caso tivesse direitos ao menos parecidos aos dos coronéis do sarneysismo, num Estado onde a "realidade" é ostentar certos sobrenomes.
O parlamentar que nos desculpe, mas o Maranhão precisa de tratamento de choque. Para tomar emprestada sua própria imagem, só vai dar certo no dia em que os enfermos tiverem preferência e os políticos, montados em jumentos, enfrentarem engarrafamentos quando quiserem se refestelar na praia.
DO BLOG DO NOBLAT

A formatura de Dilma.

Festa de congraçamento é o nome convencional para o jantar oferecido anteontem pela caciquia do PMDB à presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Jaburu, residência oficial do seu vice e presidente do partido, Michel Temer. Nas circunstâncias, porém, seria mais adequado falar em festa de formatura. Dilma, que passou pelo menos a primeira metade destes seus oito meses no Planalto de costas para o partido, como que se recusando a encarar o entorno de sua nova condição, enfim se diplomou com distinção e louvor no curso intensivo de pragmatismo político ministrado pelo mestre da disciplina, seu tutor Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma semana antes, ela completou a graduação, ao dissertar sobre a "espinha dorsal do governo" para a banca de peemedebistas e petistas que a encarnavam. Prometeu respeitar os contratos políticos entre as duas legendas, intensificar os contatos com as respectivas lideranças parlamentares e descongelar as verbas para as emendas de seus liderados. Manifestou confiança nos abalados ministros do Turismo, Pedro Novais, e da Agricultura, Wagner Rossi - condecorando este último com o adjetivo "exemplar". No dia seguinte, quando ele renunciou, não houve no PMDB quem debitasse a sua queda à presidente. Quanto mais não fosse, o vice testemunhara os seus apelos para que ele reconsiderasse a decisão - e não fez mal nenhum para o prestígio de Dilma ela não perder ocasião de lastimar a saída de Rossi.

O jantar no Jaburu foi só alegria. Todos ali estavam cientes de que ela despira o uniforme de faxineira. Novais fica, fizera saber a presidente, salvo decisão em contrário de seus correligionários. O apadrinhado do presidente do Senado, José Sarney, e do líder peemedebista na Câmara, Henrique Eduardo Alves, começa a ser visto como um fardo por setores da bancada, ecoando as desavenças entre eles e o próprio Alves. É a pequena política de costume, mas a distância de Dilma. O destino do ministro mais recentemente acusado de malfeitorias, o das Cidades, Mário Negroponte, também dependerá da bancada de seu partido, o PP. Ela destituiu o líder Nelson Meurer, aliado de Negromonte, e diversos de seus membros querem de novo na pasta o antecessor Márcio Fortes.

Enquanto a presidente tira o avental, o companheiro Jaques Wagner, o governador da Bahia de quem o PP é o principal arrimo no Estado, veste a camisa da complacência. Erigir o combate à corrupção em bandeira do governo, disse ele na terça-feira em um almoço com empresários de São Paulo, seria um "desserviço" ao País. Afinal, "não estamos em um patamar que assuste, e no mundo todo há esse problema". E pensar que ele sonha com a Presidência da República. Mas o importante agora não é o patamar da convivência do petista com a bandalha, mas o que acha que Dilma acabou de fazer. Segundo ele, foi um "ajuste de conduta", depois de ela avaliar o resultado presumivelmente adverso da devassa no Ministério dos Transportes, que custou a saída do PR da base governista.

Isso significa que será preciso muitíssimo mais do que denúncias da imprensa para abalar o desvelo da presidente com o primeiro time dos seus colaboradores - embora a palavra desvelo não seja a mais apropriada para descrever o modo como os trata pessoalmente. Decerto os brasileiros preferiam que ela exercesse a sua afamada severidade em defesa da ética no governo, como se supôs que continuaria a fazer depois da varredura no valhacouto do Dnit. Mas, se continuasse, seria prova de que não tinha conseguido captar os ensinamentos de mestre Lula. E ela os captou, "capítulo e versículo", como dizem os americanos."Ao lado do PMDB, me sinto em casa", exultou a presidente diante de uma centena de peemedebistas (e um punhado de petistas) convidados pelo vice Temer, relatou o blogueiro Josias de Souza, da Folha de S.Paulo. "Vamos" - ela e o PMDB, evidentemente - "entregar um país ainda melhor do que recebemos." Uma pena Lula não ter assistido de corpo presente à exibição de sua pupila. Ninguém mais do que ele merecia estar lá. (Editorial do Estado de São Paulo)

Novo prefeito de Campinas é afastado em processo na Câmara

Tatiana Fávaro, de O Estado de S.Paulo
CAMPINAS - A Câmara de Campinas aprovou na noite desta quarta-feira, 24, por 29 votos a favor e quatro contrários, a abertura de uma Comissão Processante (CP) para apurar infrações político-administrativas supostamente cometidas pelo prefeito Demétrio Vilagra (PT). O Legislativo também aprovou, com a mesma votação, o afastamento do petista do cargo assumido nesta terça-feira, após cassação do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), por até 90 dias, enquanto durarem os trabalhos da CP. O prazo passa a ser contado a partir da notificação do prefeito. Quem assumirá o Executivo, interinamente, será o presidente da Câmara, vereador Pedro Serafim, do mesmo PDT do prefeito derrubado pelo impeachment aprovado na madrugada de sábado.
O líder de governo na Câmara, Josias Lech, e o advogado do prefeito, Hélio Silveira, informaram que o petista recorrerá à Justiça para garantir seus direitos. Segundo Silveira, o pedido de afastamento é inconstitucional. O autor dos pedidos, Valdir Terrazan (PSDB), argumentou ter usado o princípio da simetria e que, conforme a Constituição, o presidente da República pode ser afastado em caso de investigação por uma Comissão Processante. "O dispositivo constitucional não se aplica a esse caso e esse tem sido, até hoje, o pronunciamento do Poder Judiciário sobre isso", afirmou o advogado de Vilagra.
O petista será investigado pelo Legislativo por suposto envolvimento em esquema de corrupção na Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa); supostas irregularidades nas licitações da Central de Abastecimento de Campinas (Ceasa), da qual esteve à frente; e suposto favorecimento de apadrinhados políticos no mesmo órgão público. Vilagra foi acusado formalmente pelo Ministério Público à Justiça pelos supostos crimes de formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e fraude em licitações e teve por duas vezes prisão decretada, sendo que em uma delas chegou a ser detido. As prisões foram revogadas.
Embora ao assumir tenha feito um pedido de apoio aos vereadores e tenha passado seu dia de prefeito tentando costurar alianças para continuar no cargo, Demétrio assistiu na noite desta quarta a uma votação esmagadora e argumentações pela coerência, por parte da oposição. "Vilagra me ligou no domingo", disse o vereador Bileo Soares (PSDB) no plenário. "Temos de ser coerentes, e o PT tem de ser coerente. O PT foi signatário da abertura da CP e votou pela cassação do Hélio. Quis a investigação do Hélio, então tem que querer a do Demétrio. Dois pesos, duas medidas? Que história é essa?"
Os votos contrários à abertura da CP e ao pedido de afastamento foram dos três vereadores da bancada petista e do vereador Sérgio Benassi (PC do B), o único a votar contra a cassação de Hélio de Oliveira Santos, na madrugada do sábado. "Reconhecemos e aceitamos o resultado de forma democrática", disse o vereador Angelo Barreto, líder da bancada petista, após o encerramento da votação.
Antes da abertura para os votos, o líder de governo Josias Lech pediu a suspensão da sessão desta quarta-feira por duas vezes, para questionar legalidade do pedido de abertura da Comissão Processante e a suspeição de a sessão ser conduzida pelo presidente, vereador Pedro Serafim, o próximo na linha sucessiva do Executivo. Orientado pelo advogado do prefeito, Lech apontou que Demétrio Vilagra não exercia o cargo de prefeito quando foi alvo de acusações do Ministério Público. A Consultoria da Câmara alegou que por vezes o petista substituiu Hélio de Oliveira Santos interinamente, o que configuraria a ocupação do cargo.

Humberto Costa está cansado de ser petista; pelo visto, deveria renunciar também à medicina. Será que o doutor vai tentar me censurar?

Humberto Costa, senador pelo PT de Pernambuco, já não agüenta mais ser petista. É, gente, é sério! Segundo entendi, esse negócio de ser do PT acaba lhe rendendo algumas palavras duras, que ele considera insultos. Como um petista pode trocar de pêlo, mas não de vício, o jeito é proibir as pessoas de falar mal de seu partido. É onde todo “progressista” como Costa termina: tentando esmagar a liberdade alheia. E não é uma liberdade qualquer, não! Ele acha que “ofender o PT” é uma coisa tão séria, mas tão séria, que quer acabar com a imunidade parlamentar para proteger, deixe-me ver, patriotas como Delúbio Soares, José Dirceu, José Genoino, Erenice Guerra, aquele cara da cueca… Costa deveria pegar o boné e ir para casa em vez de tentar censurar seus colegas e o debate público. E cobro aqui um posicionamento público da Associação Brasileira de Psiquiatria e da Associação Médica Brasileira. Vocês verão por quê. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto em seguida.
Tucano e líder do PT trocam insultos no Senado
Por Rosa Costa:
Um bate-boca entre o senador tucano Mário Couto (PA) e o líder do PT, Humberto Costa (PE), quase transforma o plenário e o cafezinho do Senado num ringue. Faltou pouco para eles se atracarem. O confronto esquentou quando o líder petista afirmou que a CPI da oposição só serve para “dar palanque àqueles que não têm compromisso com o Brasil, mas apenas com o histrionismo para aparecerem na televisão defendendo coisas que nós sabemos que são absolutamente indefensáveis”. Couto tinha acusado a presidente Dilma Rousseff de sugerir a seus aliados que “roubem” porque não demitirá ninguém.
“A Ideli, Brasil! Aquela Ideli, senadora que vocês viam aqui, aquela Ideli diz que o governo vai assegurar a liberação de R$ 1,7 bilhão para os deputados calarem a boca”, disse Couto. E continuou: “É, Brasil grandioso e querido! Olha como caminhas. Ó Pátria querida, olha o que os teus filhos fazem contigo, pátria, te abandonaram; pátria, dizem para ti: te lixa! Ninguém assina a CPI da Corrupção, ó pátria amada!”.
Humberto Costa retrucou, do meio do plenário, que a Mesa Diretora precisa tomar uma posição. “Aqui, nosso partido já foi chamado de partido de bandidos, de vagabundos e a Mesa não faz nada porque dizem: “Não, trata-se de um louco, de um débil mental. E a quantidade de agressões que são feitas aqui? O Regimento precisa ser atualizado, modernizado, para impedir que todos os dias se repitam aqui as agressões a pessoas, a partidos. E muitos não querem comentar porque acham que se trata de discursos folclóricos. Estou apresentando neste momento uma solicitação ao presidente, ao corregedor da Casa.”
A ida do líder petista para o cafezinho transferiu a troca de insultos para lá. Humberto Costa dava entrevista quando Couto chegou e tocando-o no ombro, retrucou: “Débil mental, não”. Ao que Costa respondeu: “Débil mental, sim, você deve aprender a respeitar as pessoas”. “Moleque”, acrescentou. “Você é um safado”, contra atacou Couto. “Safado é você”. Os assessores de Humberto Costa tentaram contê-lo, enquanto Mário Couto deixava o cafezinho gritando: “Corrupto tem de acabar no pau, mesmo. Não pode dar trégua. Você acorda e vê, é corrupto a toda hora, tem de acabar.”
Voltei
Não endosso o estilo deste ou daquele. Couto tem seu jeito de se manifestar. Há quem aprove. Há quem reprove. Mas está amparado pela imunidade parlamentar para dizer o que bem entender. O senhor Humberto Costa, formando em medicina, também estudou jornalismo e faz mestrado em ciência política. Uau! E ainda não sabe o que é liberdade de expressão! Na pendenga entre Rosa Luxemburgo e Lênin, no pós-1917, ele estaria com o careca assassino: “A liberdade é a liberdade dos meus amigos”. O facinoroso não disse essa frase. Estou expressando o espírito de sua tese.
Couto pode até ser “exagerado” na expressão, como querem alguns, mas está amparado na lei. Quem está cometendo uma penca de desatinos é Humberto Costa. Este senhor é formado em medicina, com especialização em psiquiatria. Qualquer psiquiatra que empregue a expressão “débil-mental” para desqualificar um adversário está desrespeitando os valores contidos no Código de Ética Médica. Um psiquiatra deve se encarregar de minorar os sofrimentos dos que têm alguma forma de debilidade mental, jamais usar a doença como pecha.
Os malefícios causados por uma eventual debilidade mental podem, quase sempre, ser minorados com remédio. O que não tem remédio é a debilidade moral.  Costa não agüenta mais críticas? Por que não vai se juntar a Bashar Al Assad, um dos amigos que o PT tem no mundo?
Ah, sim: o médico Costa foi o pior ministro da Saúde da história destepaiz; como especialialista em liberdade de expressão, a gente vê do que ele é capaz.
Texto publicado originalmente às 20h38 desta quarta
Por Reinaldo Azevedo

Arranjo para demissão em Itaipu rendeu R$ 145 mil a Gleisi

Por Eduardo Bresciani e Leandro Colon, no Estadão:
Ao conseguir ser “demitida” de um cargo público, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, recebeu pelo menos R$ 145 mil. Em 29 de março de 2006, ela foi “exonerada” do cargo da diretoria financeira de Itaipu Binacional. Só que a ministra saiu da função na época porque quis: ela saiu candidata ao Senado naquele ano, mas não foi eleita.
Por meio de um acordo com o comando de Itaipu, Gleisi trocou a “exoneração a pedido”, o que de fato ocorreu, pela “exoneração”, ou seja, demissão. Com isso, recebeu, além de férias proporcionais, entre outros, os 40% de indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), além de poder sacar o próprio FGTS.
A assessoria da ministra confirmou ao Estado que ela recebeu a multa de 40% relativa ao FGTS no valor de R$ 41.829,79. Foi informado ainda que ela sacou o fundo, mas Gleisi se recusou a revelar o valor. Pelo cálculo em cima dos 40%, a ministra teria pelo menos R$ 104 mil de FGTS. Ou seja, o “acerto” com Itaipu rendeu a ela cerca de R$ 145 mil em 2006.
A exoneração de Itaipu foi publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de março de 2006, dois dias antes do prazo final de desincompatibilização. O dinheiro entrou na conta de Gleisi quando ela já era pré-candidata ao Senado, mas sua assessoria nega que o recurso tenha sido investido para esse fim. A ministra também não quis explicar por que não pediu a exoneração. Quando deixou Itaipu, sua remuneração bruta era de R$ 31 mil.
A Itaipu informou que, por ser binacional, a empresa tem “regime trabalhista próprio”. Esse modelo é similar à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o que garante aos funcionários direito ao FGTS e à multa rescisória. Segundo a empresa, desde 1990 esse direito foi estendido aos diretores.
Também ex-diretor de Itaipu, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) disse ter recebido proposta para ser exonerado quando pediu para sair da empresa, em junho de 2004. Bueno, porém, preferiu recusar a oferta da binacional, que chegaria a R$ 50 mil.
“Cargo público não é para ganhar dinheiro, por isso eu falei que não queria fazer isso”, disse. A exoneração dele foi “a pedido” e, portanto, sem ônus para a empresa e para o FGTS.
Por Reinaldo Azevedo

Quem é LuLLa?

Vocês tem acompanhado aqui, a forma como trato e como defino o maior câncer da política brasileira.
Dou-lhe nome, endereço, CPF e identidade.
Ele se chama LUIZ INÁCIO LULLA DA SILVA.O maior salafrário que este país já colocou na presidência da república.
Afirmo também:LULLA NÃO TEM CULTURA, É UM ANALFABETO ESTUDANTIL, MORAL E ÉTICO.Mas é PROFUNDAMENTE INTELIGENTE.Usa a sua inteligência PARA O QUE DE PIOR ALGUÉM INTELIGENTE PODE USAR UMA VIRTUDE QUE DEUS DEU PARA ALGUÉM.Pois bem.
Finalmente alguém, com muita credibilidade no meio jornalístico, assina embaixo tudo o que, faz tempo, venho dizendo.Peço que assistam a entrevista de José Neumane Pinto.Vale a pena.
DIVULGUEM.

O ENDEREÇO DA REPORTAGEM, ESTÁ AQUI.


PS.: TEM DIRETA RELAÇÃO COM TUDO O QUE VENHO DIZENDO TAMBÉM, SOBRE A ATUAÇÃO DA OPOSIÇÃO E A FORMA DE SE DERROTAR ESTE VAGABUNDO.

ESTOU DE ALMA LAVADA.
DO BLOG COM GENTE DECENTE

DILMA COMPARA CORRUPTOS COM MÁRTIRES CRISTÃOS DE ROMA ANTIGA

Roma antiga e os mártires cristãos: relação com corrupção?
A presidente Dilma Rousseff disse ontem que seu governo não é "Roma antiga" -época na qual os cristãos eram jogados aos leões no Coliseu- e que não aceita a criação de um "ranking" de demitidos entre ministros.
Aos jornalistas, ela demonstrou irritação com o termo "faxina" e com a ideia de que responde a denúncias da mídia demitindo ministros.
"Essa pauta de demissões, [em] que fazem ranking, não é adequada para um governo. Essa pauta eu não vou jamais assumir. Não se demite nem se faz escala de demissão, nem sequer demissão todos os dias. Isso [aqui] não é de fato Roma antiga", disse a presidente após um evento no Palácio do Planalto.
As afirmações da presidente são uma reação a reportagens e declarações de aliados de que ela promove uma "faxina" no governo ao demitir ministros.
QUATRO MINISTROS
Desde o início do governo, quatro ministros deixaram a Esplanada por causa de denúncias de irregularidades ou devido a declarações que desagradaram o Planalto: Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes) em junho; Nelson Jobim (Defesa) e Wagner Rossi (Agricultura) em agosto.
Agora, pelo menos outros dois ministros encontram-se "na linha de tiro".
A forma como os ministros saíram criou o temor entre seus aliados de que ela "jogaria aos leões" todos aqueles que tivessem denúncias divulgadas pela imprensa.
Ontem Dilma disse que tomará providências "sempre que houver malfeitos", mas que se guiará pela presunção da inocência: "Se combate o malfeito, não se faz disso meta do governo. Faxina no meu governo é faxina contra a pobreza, o resto são ossos do ofício da Presidência, e isso não se interrompe", disse.
PRISÃO
Ao rechaçar o termo "faxina", Dilma se referiu à sua prisão durante a ditadura militar (1964-1985) ao comentar que não permitirá que servidores públicos passem por situações "ultrajantes": "É importantíssimo respeitar a dignidade das pessoas, não submetê-las a condições ultrajantes. Eu sei disso porque já passei por isso".
A presidente ficou especialmente incomodada com o recente vazamento de imagens -publicadas na imprensa- dos detidos pela PF na Operação Voucher, que investiga irregularidades no Ministério do Turismo.
Eles foram fotografados sem camisa ao darem entrada em um presídio do Amapá. Após o vazamento das fotos, a presidente prometeu coibir os "abusos" contra pessoas investigadas.
Ontem, Dilma reafirmou sua defesa do respeito aos "preceitos da Justiça moderna" e dos "direitos individuais e as liberdades". Do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira

MEU COMENTÁRIO: Como sempre, liberou geral! E Dilma ainda compara corruptos com os mártires cristãos de Roma antiga. 
Sem palavras. 
DO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Troca de gentilezas.


O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e o tucano Mario Couto (PA) tiveram que ser apartados  no Cafezinho do Senado. Duelaram na tribuna e depois discutiram ao se encontrar onde os senadores costumam relaxar tomando refrescos e café com biscoitos. Chamaram-se mútua e literalmente de corruptos. ( Do Poder Online, IG)

Transcrição do Plenário:

O SR. MÁRIO COUTO (Bloco/PSDB – PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidenta, pedi pela ordem apenas para dar uma notícia à Nação brasileira. Há pouco foi informado de que as redes da Internet anunciam que, após a arguição, a sabatina de três diretores do Dnit aqui neste Senado, os três diretores foram a um almoço, no restaurante do Senado, adivinhem com quem? Com o famoso Pagot. O problema do Brasil é a corrupção. Esse é o problema do Brasil. Acabaram de ser sabatinados e, em seguida, já foram pegar as instruções de como praticar a corrupção, com o mestre da corrupção no Brasil: Pagot.
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O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT – PE) – Senador Mário Couto, agradeço o aparte de V. Exª, e não assinarei a CPI da Corrupção exatamente para não dar a pessoas como V. Exª, que, além da deselegância de tratar um companheiro, dizendo que vim aqui defender a corrupção, quer um palanque para fazer a defesa de suas propostas. Não vou assinar a CPI da Corrupção porque a corrupção está sendo...
O Sr. Mário Couto (Bloco/PSDB – PA) – Que decepção, Senador.
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT – PE) – Não concedi o aparte a V. Exª.
O Sr. Mário Couto (Bloco/PSDB – PA) – Que decepção, Senador.
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT – PE) – Não concedi o aparte a V. Exª.
A SRª PRESIDENTE (Marinor Brito. PSOL – PA) – Senador Mário Couto, V. Exª não está com direito de aparteá-lo agora.
O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco/PT – PE) – Não concedi o aparte a V. Exª. Não vamos assinar porque isso está sendo apurado. A Controladoria-Geral da União, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas, todos esses órgãos que são reconhecidos pela sociedade como órgãos sérios estão fazendo exatamente o trabalho que precisa ser feito. E o que diferencia, Senador, um governo de outro não é a existência ou não de corrupção, que, como eu disse, infelizmente, é uma realidade que há no mundo inteiro, mas é como cada governante este problema...
DO B. DO CEL