terça-feira, 2 de agosto de 2011

Investigação do TCU revela descontrole de gastos da Agricultura

Novo foco de acusações de corrupção no governo, o Ministério da Agricultura, comandado pelo PMDB, não exerce controle adequado sobre operações milionárias. Segundo auditoria do Tribunal de Contas da União, o resultado é a abertura de brecha para desvios de verba, informa reportagem de Breno Costa publicada na Folha desta terça-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A investigação, aprovada em junho pelos ministros do tribunal, foi realizada no ministério e em órgãos a ele vinculados, como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Sergio Lima - 20.jan.2011/Folhapress
O Ministério da Agricultura, liderado por Wagner Rossi, é alvo de auditoria pelo Tribunal de Contas da União
O Ministério da Agricultura, liderado por Wagner Rossi, é alvo de auditoria pelo Tribunal de Contas da União
"[Verifica-se] a inexistência de uma sistemática efetiva de controles internos no ministério, o que se mostra temerário por tratar-se de um órgão que exerce a fiscalização de transações de grande valor econômico, com poderes de aplicação de multas, apreensão de mercadorias, interdição de estabelecimentos", diz o relatório.
O Ministério da Agricultura informou, em nota, que o ministro Wagner Rossi já determinou "às áreas pertinentes a máxima atenção para o cumprimento das determinações do tribunal", em relação à melhoria dos mecanismos de controle interno.
"Consta a implantação de ações de mapeamento e automação dos processos internos do ministério, e de rotinas de controle interno, que estão sendo executadas nas condições condizentes com o seu orçamento anual e a complexidade de seus processos", diz a nota.
'DESPREPARADO'
As denúncias contra a pasta foram feitas por Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e ex-diretor financeiro da Conab, à revista "Veja".
Na segunda-feira, Rossi negou que exista a necessidade de fazer uma "faxina" no órgão e afirmou que Jucá Neto é "despreparado para o cargo". Rossi admitiu que Jucá Neto foi indicado para o cargo por ser irmão do líder do governo no Senado e disse que ele foi pego "numa flagrante ilegalidade e agora quer criar uma crise política ao tentar colocar todo mundo no mesmo saco".
Também na segunda-feira, o senador pediu desculpas à presidente Dilma Rousseff pela postura de seu irmão.
Em reunião reservada com a presidente, o líder governista disse que "desaprova a conduta" de Jucá Neto. "Foi um absurdo o que ele fez, eu desaprovei a sua conduta. Pedi desculpas à presidente e já tinha também conversado com o ministro Wagner Rossi [Agricultura]. Ele viajou, eu não sabia que ele daria entrevista. Tenho que discordar da sua postura", afirmou o líder.

Editoria de Arte/Folhapress

Ex-ministro "faxinado" volta como senador e avisa que vai ligar corrupção com eleição da "Mãe do PAC"

Houve um tempo em que tudo era só sorrisos. Na foto abaixo, em 27 de abril de 2009, muito antes da campanha eleitoral, Lula, Dilma e Nascimento viviam de braços dados pelo Brasil, inaugurando obras inacabadas. Nunca se gastou tanto para eleger uma presidentA na história deste país. Nessa época aí da foto, a mulher que aparece ao centro era a Mãe do PAC. Hoje, virou a Tia da Faxina. E está varrendo para fora do governo aqueles aliados mais fiéis, que a ajudaram a virar presidente. Foi no Amazonas de Nascimento que Dilma teve a maior votação do país. Por culpa de Dilma, Nascimento, que lhe deu a maior vitória no país, virou vilão. Fala, Nascimento. Conta tudo! Não esconda nada!
Ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento,  reassume mandato de senador e diz a aliados que ligará gastos da pasta à disputa presidencial em discurso. Ministros chamaram integrantes do PR para reunião e pediram que senador evite colocar "gasolina na fogueira".  

O ex-ministro dos Transportes e senador Alfredo Nascimento (PR-AM) avisou a aliados que, no discurso de hoje em retorno ao Senado, associará o aumento de gastos da pasta com obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) à corrida presidencial de 2010. Magoado com a "fritura" a que foi submetido na pasta, contou a parlamentares que dirá que a previsão de gastos do PAC com obras de transportes subiu R$ 16 bilhões no ano da disputa presidencial. Ele lembrará que a responsabilidade inicial pela coordenação do programa era da presidente Dilma, que antes era chefe da Casa Civil. Nascimento deixou o cargo em julho diante de suspeitas de irregularidades na pasta. Mais de 20 pessoas foram demitidas, a maior parte ligada ao PR, seu partido.

Ele contou a aliados que hoje irá listar os Estados em que houve inclusão de mais obras no PAC. Deve citar como exemplos São Paulo, Minas, Paraná e Santa Catarina. Segundo integrantes do PR, ele dirá que, coincidentemente, são Estados onde Dilma enfrentava maior dificuldade eleitoral. A Folha apurou que esta correlação será apenas insinuada. Ministros do Planalto chamaram ontem à noite integrantes do PR para conversar. Pediram que convençam Nascimento a não jogar mais "gasolina na fogueira". Hoje, haverá uma outra reunião. Mas Nascimento prometia ser duro. Disse a correligionários que vai declarar independência do governo e que acha "ótima" a ideia de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) nos Transportes. Defenderá seu filho, cuja evolução patrimonial é alvo de investigação, e repetirá que o atual ministro e ex-secretário-executivo, Paulo Sérgio Passos, estava à frente do ministério quando houve maior volume aditivos em contratos.(Da Folha de São Paulo)
DO BLOG DO CEL 

Por que Dilma não livra o Brasil do Jucá?

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é uma das coisas mais abjetas da política brasileira. Líder do governo FHC, agora líder do governo Dilma, sua biografia é um manancial de acusações de corrupção. Quando ministro da Previdência, sua mulher, prefeita de Boa Vista, Teresa Jucá, teve os bens bloqueados. O seu patrimônio, que expandiu progressivamente de 1994 a 2002, foi todo passado para os nomes de parentes. Aliás, foi um irmão colocado por ele na Conab que promoveu negócios escusos que geraram a sua recente demissão. O que Romero Jucá, líder da Dilma no Congresso fez? Pediu desculpas para Dilma. E lá continua, como um dos piores exemplos da política brasileira. Bastava botar a Polícia Federal em cima dele e da família para, em questão de dias, banir este senhor da vida pública. A Tia da Faxina é seletiva. Ela só espana, não tira a sujeira grossa.
DO COTURNO NOTURNO