segunda-feira, 14 de março de 2011

Dívida interna bate R$ 2,3 trilhões, mas Lula leva US$ 200 mil para alardear “sucesso econômico


Por Jorge Serrão

A maior herança maldita de Lula para sua sucessora ganha contornos tsunâmicos. A dívida interna da União atingiu R$ 2 trilhões 297 bilhões e 900 milhões de Reais, em 31 de dezembro de 2010. Estes números – tão destruidores quanto um trágico terremoto japonês – Lula não cita em suas palestras internacionais, como a que estreia hoje em Doha, no Catar. A convite da TV Al-Jazeera, Extalinácio receberá seu primeiro cachê de US$ 200 mil dólares.

O economista Ricardo Bergamini traz mais números que comprovam a catastrófica gestão econômica de Luiz Inácio Lula da Silva – que seguiu a política de seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Foi brutal o aumento nominal da dívida interna total (em poder do mercado e do Banco Central). Atingia R$ 65,6 bilhões (18.78% do PIB), em 1994, subindo para R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB), em 2002.

O economista lembra que, na gestão FHC, o governo federal assumiu todas as dívidas do estados e municípios, cujo valor atualizado com base em dezembro de 2010 era de R$ 471,7 bilhões (13,56% do PIB). Com Lula, a dívida interna total se descontrolou dos R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB), em 2002, para R$ 2.297,9 bilhões (65,55% do PIB), em 2010.

Bergamini observa que a dívida Interna em poder do mercado saltou de R$ 2,1 bilhões (9,19% do PIB), em 1994, para R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB) em 2002. Na Era Lula, a mesma dívida interna em poder do mercado de R$ 558,9 bilhões (37,82% do PIB), em 2002, para R$ 1.603,9 bilhões (45,75% do PIB), em 2010.

O professor mostra que a dívida interna em poder do Banco Central também se descontrolou. Era R$ 33,5 bilhões (9,59% do PIB), em 1994, passando para R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB), em 2002. Na Era Lula, a mesma dívida pulou de R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB), em 2002, para R$ 694,0 bilhões (19,80% do PIB) em 2010.

Bergamini informa que a Dívida Líquida Total da União (Interna e Externa) também cresceu. Houve um aumento nominal de R$ 87,8 bilhões (25,13% do PIB), em 1994, para R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB), em 2002. Com Lula, também ocorreu um aumento nominal de R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB), em 2002, para R$ 2.388,0 bilhões (68,12% do PIB). em 2010.

O pesquisador também desvenda o comportamento da Dívida Externa Líquida da União (Dívida Externa Bruta Menos Reservas). Segundo Bergamini, na Era FHC, houve aumento nominal de R$ 22,2 bilhões (6,35%do PIB), em 1994, para R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB), em 2002. Já com Lula, nesta conta, aconteceu uma redução nominal de R$ 262,9 bilhões (17,79% do PIB), em 2002, para R$ 90,1 bilhões (2,57% do PIB), em 2010.

Ricardo Bergamini revela o que está por trás do alardeado falso-sucesso pregado por Lula, quando fala de tal “diminuição”: “Quanto ao citado empréstimo ao FMI, o Brasil nada mais fez do que uma operação normal e rotineira de um adiantamento para futuro aumento da sua participação na cota do “DES” (Direto Especial de Saque). A única coisa nova e surpreendente nessa operação foi à transformação do Senhor Lula, um homem sempre radical pregando por 28 anos o Fora FMI ter mudado para a frase a seguir: É chique emprestar ao FMI. Com esse marketing o mercado financeiro internacional concedeu diversos prêmios internacionais ao Sr. Lula”.

DO BLOG ALERTA TOTAL

O PT estatizou a miséria para se eternizar no poder.


O pobre no Brasil virou aquele funcionário público da pior espécie. Aquele que recebe sem trabalhar e sem oferecer nada em troca para a sociedade que arca com a conta. As esmolas sociais foram transformadas em salário fixo e crescem cada vez mais. Assim como o governo federal não consegue reduzir o gasto público com folha de pagamento e benefícios que são oferecidos para verdadeiras castas encasteladas no Executivo, Legislativo e Judiciário, os gastos com as esmolas sociais explodem a cada ano que passa.

Este ano a Bolsa Família está recebendo mais R$ 2,1 bilhões, fato comemorado pela ministra da Fome, Teresa Campello.  A cada ano, é necessário criar novos impostos para sustentar estas sangrias e sobra menos capital para investir em saúde, educação, infra-estrutura e outros itens que podem gerar verdadeiros empregos e crescimento econômico. Hoje, em artigo na Folha de São Paulo, a ministra da Fome defende o slogan "país rico é um país sem pobreza", que deveria ser mudado para "país rico é país que não remunera a pobreza". Não há como diminuir a miséria dando uma "libreta" magnética para o povo, como em Cuba. O contingente de dependentes públicos, em pleno período de bonança e crescimento, aumentou, em vez de diminuir. Na próxima crise mundial, pois as crises são cíclicas, vai piorar e teremos mais gente sendo contratada pela Empresa Brasileira da Bolsa Família.

O resultado mais nefasto é que a estatização da miséria virou a mais poderosa arma eleitoral, única no mundo. Uma arma que ameaça e sufoca a democracia.  Basta o presidente usar a máquina de mídia que tem em mãos para dizer que o adversário, se eleito,  vai demitir o pobre da Bolsa Família que já arranca com 30 ou 40 milhões de votos de vantagem para a sua reeleição. Em matéria publicada hoje, na Folha, onde é feita uma análise sobre o fim dos partidos de direita no Brasil, o cientista político Fernando Abrucio, da FGV, afirma que o quase sumiço das legendas liberais resulta do "consenso social-democrata que se consolidou no país após os governos FHC e Lula". Segundo Abrucio, "hoje é praticamente inviável eleitoralmente defender abertamente bandeiras liberais, sobretudo se isso implicar cortes em gastos sociais"

Sentiram a armadilha? A direita, hoje, é associada imediatamente com o fim da Bolsa Família, graças à propaganda massiva que a esquerda fez e faz sobre o tema, fato, aliás, que decidiu as duas últimas eleições a favor do PT. E sabem quem é a direita no Brasil, hoje? É qualquer força política que se oponha ao PT. Portanto, se qualquer partido quiser almejar a presidência da República algum dia, precisa levar um tema muito mais importante do que tipo de voto para dentro da reforma política: uma regulação restritiva à participação do presidente, dos ministros e dos dirigentes de  estatais nas campanhas eleitorais. Criar uma legislação anti-PT, com normas duríssimas e  determinando o fim da reeleição para qualquer cargo no Executivo. A reforma política é a oportunidade única para que todos os partidos se unam contra o PT, voltando a ter alguma chance de chegar ao poder. De que adianta falar em financiamento público de campanha, se quem está no poder usa e abusa da máquina pública?  A hora é agora. De outra forma, os 30 ou 40 milhões de funcionários públicos da miséria estatizada vão continuar reelegendo Lulas, Dilmas ou qualquer outro poste e adeus alternância de poder, o que é uma séria ameaça à democracia.

DO COTURNO NOTURNO