sexta-feira, 4 de março de 2011

Acusados de corrupção em comissões do Congresso ameaça a democracia, diz Roberto Romano


Por Sérgio Roxo, no Globo Online:
A volta de personagens envolvidos em escândalos de corrupção aos holofotes da cena política é um atentado à ideia de República, para Roberto Romano, professor de ética e filosofia política da Unicamp. Ele atribuiu o fato ao “anacronismo absolutista” da sociedade brasileira, em que há diferenças de direitos entre o cidadão comum e os ocupantes de cargos públicos.
Nos últimos dias, réus em processos foram nomeados para comissões na Câmara . João Paulo Cunha (PT-SP), acusado no mensalão, foi eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça , uma das mais importantes da Casa. Paulo Maluf (PP-SP), procurado pela Interpol, Valdemar da Costa Neto (PR-SP), também réu no mensalão, e Eduardo Azeredo (PSDB-MG), réu no processo do mensalão mineiro, foram escolhidos para integrar a comissão da reforma política. “Quem faz a lei não pode responder por uma acusação de desrespeitar a lei”, afirma Romano.
Tais nomeações, diz, geram uma “ameaça ao Estado democrático de direito”: “A situação mostra a fragilidade da nossa República. É uma República quase de fachada.” Para o cientista político Cláudio Couto, professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas, essas nomeações mostram que os partidos “estão se lixando” para a opinião pública: “É uma conduta comum a todos os partidos, tanto de oposição como situação. Não sobra ao eleitor escolher alguém que não esteja envolvido nesse tipo de situação.” Couto acredita que episódios como os das nomeações já foram banalizados pela avalanche de escândalos: ” É até difícil dizer que é um escândalo, porque se tornou algo tão rotineiro essa desfaçatez da classe política com a população. Escândalos, por definição, não podem ser coisas rotineiras. “
Por Reinaldo Azevedo

Carnaval da Dilma: R$ 8 milhões para transformar a Barreira do Inferno em paraíso.


O Centro de Lançamentos da Barreira do Inferno, no Rio Grande do Norte, recebeu melhorias que custaram R$ 8 milhões, apenas para receber a presidente Dilma Rousseff para o feriado de carnaval. Além das reformas para transformar o local em hotel cinco estrelas e das tradicionais comprinhas para cama, mesa e banho, a base adquiriu equipamentos de comunicação, informática e segurança. As informações são de O Globo. Não é de rolar de rir que uma base de lançamento de foguetes não tivesse este tipo de equipamento? A pergunta que fica é: por que Dilma não foi para a Base Naval de Aratu (Bahia) ou para o Forte dos Andradas(Guarujá,SP), onde já foram gastos alguns milhões para receber Lula? Na Bahia, por exemplo, Dilma poderia utilizar até mesmo aquela caixa de isopor que Lula carregou na cabeça.  No Guarujá, poderia aproveitar a panela de prata rechaud comprada por quase R$ 1.000. A não ser que o velhaco tenha feito como o crucifixo e colocado estas coisinhas no caminhão da mudança.

Lulopetismo: PIB cresceu apenas 4%.

O grande fracasso do lulopetismo no poder é não ter aproveitado o boom da economia global para preparar o Brasil para o crescimento: nos oito anos de Lula, o PIB cresceu em média 4%. O crescimento "fora da curva" de 2010 deveu-se a um grande estelionato eleitoral promovido para eleger Dilma, deixando como herança maldita os juros mais altos do mundo, arrocho do salário mínimo , a explosão dos gastos públicos, um calote de mais de R$ 30 bilhões em obras já contratadas e o pior dos fantasmas: a volta da inflação. A previsão do primeiro ano do governo da invenção de Lula é que o crescimento volta à casa dos velhos 4% do PT. Não há nada a comemorar. Chegou a hora de pagar a conta, enquanto o ex-presidente velhaco faz lobby para empresa multinacional ganhar a concorrência do trem-bala, cobrando R$ 200 mil a palestra. E o FMI volta a avalizar a política econômica. 
 
DO COTURNO NOTURNO

Aprovação de Dilma despenca 20 pontos em relação à Lula.


 


Com apenas 50% de ótimo e bom, contra 70% da última pesquisa de Lula, Dilma começa o governo em baixa. A pesquisa foi feita para medir os primeiros 45 dias do governo e ainda não pegou o efeito do salário mínimo de R$ 545, abaixo da inflação, nem o corte de R$ 50 bilhões. A pesquisa é do Instituto Análise e não teve muita repercussão, tendo em vista a lua-de-mel de Dilma com a imprensa e, em especial, com a Folha do Datafolha. O Sensus, que faz a famosa pesquisa para a CNT, aquela que, se Lula ficasse mais um ano daria a ele uma popularidade de 110%,  está em compasso de espera, depois de mais um escândalo envolvendo Clésio Andrade, o presidente da entidade e do PR.

DO B. DO CEL