sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Os parentes dos heróis mortos no Haiti precisam de ajuda para vencer os vigaristas

Os parentes dos heróis mortos no Haiti precisam de ajuda para vencer os vigaristas

Todos vinculados ao texto publicado sob o título O governo que festeja os soldados da hora humilha com o calote as famílias dos 18 heróis brasileiros mortos no Haiti, foram três comentários em 14 minutos. Mais que comentários, foram três recados ao Brasil que presta em menos de um quarto de hora. Ou mais que isso: cada uma limitada a três frases, as mensagens enviadas por Cely Zanin são três provas contundentes de que o país atingiu um adiantado estado de decomposição moral.

Viúva do coronel João Elizeu Souza Zanin, morto no desabamento do quartel-general da ONU em Porto Príncipe, Cely é uma das brasileiras duplamente castigadas pelo terremoto no Haiti: depois de perder o marido, vai perdendo a confiança na palavra do presidente da República, que não cumpriu o combinado há 11 meses. Aos 43 anos, mãe de um filho de 18 e outro de 17, Cely luta pela sobrevivência em paragens assoladas pela epidemia de amnésia cafajeste. Pode acabar perdendo a fé em valores que o coronel Zanin defendeu até a morte.

Às 23:39 deste 2 de dezembro, chegou a primeira mensagem: “Obrigada pela divulgação do nosso caso. Infelizmente o Brasil não cultua seus HERÓIS. Estamos tristes e frustradas com tanto descaso dos políticos em relação a nossa indenização”. Observei que não há o que agradecer. Quem está em dívida com os heróis que tombaram no Haiti somos nós. Somos todos devedores envergonhados com o tratamento ultrajante dispensado pelo governo às famílias das vítimas que, até agora, não receberam a indenização e as bolsas de estudos prometidas por Lula.

A segunda chegou às 23:45: “Já estamos desgastadas com todo o sofrimento que tivemos, agora estamos sozinhas, viúvas, para criar nossos filhos. Dinheiro nenhum compensará a dor da perda dos nossos maridos, nossos companheiros de uma vida. Tudo isso é muito triste para todas nós”. A terceira, sucinta e dolorida como as anteriores, é a mais perturbadora: “Agradeço, sim, pois são poucos os que se preocupam em divulgar notícias como essa. Infelizmente, o Brasil e principalmente os políticos possuem um “ranço” muito grande em relação aos militares. Mais uma vez, obrigada!”

O que há com os brasileiros que agora digerem com mansidão bovina todas as sem-vergonhices, afrontas e vigarices produzidas, dirigidas ou interpretadas pelos canastrões federais? O que há com a oposição oficial que não interrompe a rotina do medo, do minueto e da mesura para topar um único e escasso confronto com os donos do poder? Que fim levou a altivez dos chefes das Forças Armadas, que já não defende sequer os direitos de seus mortos no cumprimento da missão? O que há com a imprensa que endossa essa segunda morte dos heróis do Haiti com o silêncio só episodicamente rompido pela teimosia de combatentes solitários? Enfim, o que há com o Brasil que já não se exaspera com nada?

Depois de dizer a Cely que podia ao menos contar com esta coluna, reli os comentários que escoltam o post. Com uma única e irrelevante exceção, todos apoiam incondicionalmente a causa dos bravos esquecidos. Mas são 120. É pouco para um tapa na cara da nação. E então me pergunto: o que há com os homens decentes que parecem ter renunciado ao bom combate depois de uma eleição que comprovou a existência de 44 milhões de insatisfeitos?

A luta travada pela resistência democrática, escrevi mais de uma vez, não pode ser condicionada pelo calendário eleitoral, nem se limita a disputas nas urnas. Diferentemente da oposição oficial, que entra em recesso entre uma campanha e outra, a oposição real não tira férias. Vive a vida intensamente, sorri, ama, sabe divertir-se ─ mas não foge da boa briga em nenhum momento.

Dito isso, a coluna dá por encerrado o período de licença concedido aos que há um mês desfalcam o timaço de comentaristas. Precisamos da ajuda de todos para que seja honrada a palavra empenhada com a família do coronel Zanin. Essa briga é nossa.
BLOG AUGUSTO NUNES

Lula conseguiu tudo, chegou ao topo. E o que explica essa fome de reputações alheias?

Então a gente combina assim: Lula não desiste de dizer suas batatadas, e eu não desisto de acusar suas batatadas. Fica bom? Olhem, estamos por 28 dias. A menos que o, já aí ex-presidente, decida falar todo dia, ficaremos livres de certas ligeirezas. Leiam o que informa Breno Costa, na Folha Online. Volto em seguida:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que os vazamentos de telegramas da diplomacia americana em todo o mundo pela organização WikiLeaks deve preocupar não ele, mas o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Para Lula, as revelações “machucam a nobreza da diplomacia mundial e o comportamento da diplomacia americana”.

“Eu acho que quem deve estar muito preocupado com esse vazamento é o presidente Obama, e acho que isso é uma lição para, daqui para frente, os embaixadores passarem telegramas com mais responsabilidade. A gente não pode chegar ao final do dia, para prestar contas ao chefe, a gente ficar escrevendo qualquer coisa e mandando para o chefe”, disse o presidente, durante entrevista a correspondentes internacionais, no Rio de Janeiro. Lula, que, na terça-feira, chamou as revelações sobre o Brasil de “insignificantes”, se referiu aos vazamentos em embaixadas americanas em outros países, de “gravíssimos”.

Walesa
O presidente contou que, no início de seu governo, tinha medo de repetir o fracasso do sindicalista Lech Walesa, na Polônia. Segundo Lula, ele não poderia errar.

“Eu tinha muito o Walesa e o fracasso dele na Polônia, eu tinha muito… Eu tinha um medo de errar, eu tinha… Eu deitava com a Marisa e ficava assustado. Eu falava: Marisa, nós não podemos errar. Nós vamos ter que trabalhar porque se a gente errar, nunca mais um trabalhador vai poder ser presidente da República, nunca mais”, afirmou. Lula ainda aproveitou para alfinetar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“Eu precisava provar [que seria um bom presidente] porque, quando você pertence à elite de um país, você é governante, se você errou ou não errou, ninguém está ligando. Você termina seu mandato, vai passar seis meses fazendo um retiro em Harvard ou você vai para Sorbonne, você vai fazer qualquer coisa. Ninguém se preocupa em cobrar que não deu certo”, disse o presidente.

Voltei
Qualquer pessoa razoável percebeu que não existe nada de espantoso ou grave nas mensagens dos diplomatas americanos. Ao contrário até: confesso que até me surpreendi com o realismo da tigrada. Considerando que são mensagens escritas para circular em ambiente seguro, sigiloso, a linguagem, ao contrário do que sugere Lula, é até bastante decorosa. Não existe motivo para Obama estar “muito preocupado”; tampouco as revelações sobre outros países são “gravíssimas”.

Mas o nosso Valente poderia demonstrar a sua tese de outro modo: expondo ao público as mensagens secretas do Itamaraty. É verdade que seriam bem poucos os interessados nesses segredos, mas teríamos a chance de cotejar as mesquinharias da diplomacia americana com as lições de ética dadas pelos homens de Celso Amorim. Quem não gostaria de ter acesso à troca de mensagens entre o Brasil e os assassinos de mulheres do Irã?

Quanto à enésima referência a FHC… Que coisa, não!? É uma verdadeira obsessão mesmo! FHC não se tornou professor da Sorbonne porque era elite — aliás, no máximo, pode-se dizer dele ter sido e ser classe média. Seu patrimônio pessoal certamente é inferior, aos 79 anos, ao de Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, que deve ter uns 30 e poucos… E acho que o ex-presidente trabalhou um pouco mais, não? Aliás, eu duvido que o patrimônio do tucano seja superior ao do próprio Lula, o “operário”. Ah, qual é?

FHC foi professor da Sorbonne porque se preparou para tanto. Outros com origem ainda mais modesta chegaram lá. Lula não pode dar aula porque já confessou que cai no sono quando pega um texto para ler. É uma questão, digamos, de índole, de gosto, de inclinação pessoal, não de origem social.

Esse ressentimento é inexplicável, injustificável, sob qualquer parâmetro minimamente racional. O cara atingiu o topo, chegou lá, foi eleito presidente, reeleito, é uma figura admirada pela maioria dos brasileiros, tem um reconhecimento internacional acima de seus próprios feitos. Caramba! O que é que lhe falta?

Esse buraco sem fundo, que tem de tragar biografias, reputações, história, tudo, não se explica pela sociologia. Afirmei hoje à tarde que ele havia desenvolvido uma espécie de psicopatia política. Há o risco de eu ter sido generoso.
Por Reinaldo Azevedo

O GOLPE DE LULA

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

LULA, DE BOBO NUNCA TEVE NADA, POR ISSO, GOLBERY O ESCOLHEU.

FOI APROVADA NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS EMENDA CONSTITUCIONAL QUE PREVÊ ELEIÇÕES EM 90 (NOVENTA) DIAS EM CASO DE VACÂNCIA NO CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA.

ESSA EMENDA FOI ENCOMENDADA PELO PRÓPRIO LULA PARA O CASO DE DILMA ROUSSEFF, MORRER DURANTE OS PRÓXIMOS 4(QUATRO)ANOS. LULA NÃO PRETENDE DEIXAR O PMDB, E MUITO MENOS MICHEL TEMER ASSUMIR O CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA CASO A MORTE DE DILMA SOBREVENHA ANTES DO FINAL DE SEU MANDATO, POR ISSO, ELE DECLARA QUE NÃO PRETENDE SE CANDIDATAR EM 2014, PORQUE ELE ESPERA QUE DILMA NÃO COMPLETE SEU MANDATO PRESIDENCIAL.

LULA É ASTUTO E JÁ ESCOLHEU DILMA SABENDO DE SUA CONDIÇÃO DE SAÚDE E DAS PREVISÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO CÂNCER QUE É EXTREMAMENTE AGRESSIVO. DURANTE A CAMPANHA PRESIDENCIAL DILMA TEVE QUE SER ATENDIDA POR DIVERSAS VEZES, NA CALADA DA NOITE, POR CAUSA DOS PROBBLEMAS QUE TEM COM A EVOLUÇÃO DE SUA DOENÇA.

LULA NÃO DÁ PONTO SEM NÓ. E ELE SABE QUE SE ALGUMA COISA ACONTECER COM DILMA ELE SERIA O ÚNICO QUE ESTARIA PRONTO PARA VOLTAR NOS BRAÇOS DO POVO, PODENDO ASSIM CONCORRER A MANDATO COM DIREITO A REELEIÇÃO. DAÍ QUE PRETENDE SAIR DO GOVERNO COM A POPULARIDADE EM ALTA, E PROCURAR MANTER-SE COMO MITO A FIM DE FAZER UM RETORNO TRIUNFAL NA HIPÓTESE DE DILMA MORRER.

A SAUDE DE DILMA É DELICADA E OS MELHORES PROGNÓSTICOS LHE DÃO, NO MÁXIMO DOIS ANOS DE VIDA, POR ISSO, LULA TERIA UM BREVE DESCANSO DA PRESIDÊNCIA E COM A APROVAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL QUE RETIRA DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA O DIREITO DE SUCEDER O PRESIDENTE EM CASO DE MORTE, OBRIGANDO A REALIZAÇÃO DE ELEIÇÃO EM 90 DIAS, LULA ESTARIA EM ÓTIMA CONDIÇÃO ELEITORAL PARA SUCEDER A SUA SUBSTITUTA TEMPORÁRIA.

LULA VAI FICAR NA ARQUIBANCADA APLAUDINDO DILMA, ISTO É, A ELE PRÓPRIO, E ESPERANDO A HORA DE SE AUTOCONVOCAR PARA REASSUMIR O TRONO DE REIZINHO.

AGUARDEM.
CLOVIS LUIS MARCOLIN

"Ratito" Amorim faz jogo duplo.

B. DO CEL
É engraçado. Quando convém, Celso "Ratito" Amorim, como é conhecido em Honduras, usa as revelações do WikiLeaks para passar recibo aos atos contestados do governo brasileiro na área diplomática. Apega-se a um telegrama do embaixador americano em Honduras, onde este afirma que a deposição de Zelaya foi ilegal, para justificar o papel imbecil do Brasil no episódio, que até hoje não reconheceu o novo governo eleito. Resta saber se "Ratito" Amorim vai confirmar o que o site revelou sobre as relações do Brasil com o Irã, com as FARC e até a vista grossa que o governo brasileiro faz para o terrorismo islâmico da tríplice fronteira. Ou se vai usar apenas o que lhe convém das denúncias do WikiLeaks.

Dois porquinhos e um urubu.

Dilma anunciou oficialmente que Antônio Palocci, o "porquinho" especializado em espiar a casa alheia, será o Ministro Chefe da Casa Civil. José Eduardo Cardozo, o "porquito" que gosta de gritar "socialismo ou morte" nas reuniões do Foro de São Paulo, será o ministro da Justiça. E Gilberto Carvalho, o "urubu" que esteve sempre voando em volta dos petistas que desceram para outra dimensão, será o Secretário Geral da Presidência, o que significa que continuará cumprindo a sua missão partidária de sempre

O que o PT espera do jornalismo e como ele recompensa os patriotas

Lula e os petistas não perdem uma miserável chance de atacar a “imprensa”, que resistiria em reconhecer os feitos do governo, o que é falso. E eles dão mostras evidentes do tipo de jornalismo que acham correto. Vejam só:

- Franklin Martins é o autor original da tese de que o mensalão nunca existiu: ganhou a Secretaria de Comunicação Social;.
- Tereza Cruvinel tinha uma opinião um pouco diferente: todos faziam a mesma coisa, e atacar o PT era mero preconceito. Levou a direção da Lula News;
- Helena Chagas, diretora de sucursal, tinha uma possível bomba na mão, mas preferiu a conversa privada com o ministro interessado à reportagem — não era bomba coisa nenhuma, e o rapaz foi terrivelmente humilhado. Vai substituir Franklin.

É isto o que o PT espera do jornalismo de verdade: patriotismo! E os petistas sabem reconhecer como ninguém o amor à pátria.
Por Reinaldo Azevedo

O psicopata político

Tenho um amigo psicanalista que, a exemplo de todos os psicanalistas (que eu saiba ao menos), se nega a tratar de psicopatas. Não seria fascinante? “Fascinante talvez, certamente perigoso e, acima de tudo, inútil”. Por mais estropiada que seja a cabeça de um sujeito, ele tem certo senso de moralidade, que lhe impõe limites: “Isso, eu não faço”. O psicopata não! É certo o que lhe convém.

Lula não deve ser um psicopata clínico. Acho que não. Mas é beneficiário da psicopatia política. E, por isso mesmo, precisa ser visto com olhos menos convencionais. Quando inventou a fantasia da “herança maldita”, estava assinando um seguro: “Se der tudo errado, culpo FHC; se der tudo certo, dirão que sou Pelé, Picasso, Mozart — eu mesmo direi que sou Jesus Cristo, mas não o que vai pra cruz, e sim o que vai pra farra”.

Hoje, ele voltou a afirmar que, à diferença dele, Dilma está recebendo uma herança bendita — ela própria, neófita, já se saiu com essa. Pensemos: se der tudo certo, o responsável será Lula; se der tudo errado, a culpada será Dilma, e Dom Sebastião pode se oferecer em 2014 para arrumar as coisas.

No fim das contas, nas formulações de Lula, nem FHC nem Dilma existem. O psicopata político engole as biografias alheias em benefício de sua lenda pessoal.

Não tem tratamento nem cura, me diz aquele amigo.
Por Reinaldo Azevedo

Juíza: Operação no Alemão é "verdadeira enganação"- ENTREVISTA

Reuters
Soldado de guarda enquanto crianças passam pelo Morro do Alemão, no Rio de Janeiro
Soldado de guarda enquanto crianças passam pelo Morro do Alemão, no Rio de Janeiro

Ana Cláudia Barros

"Uma verdadeira enganação". Esta foi a definição encontrada pela secretária do Conselho Executivo da Associação de Juízes para a Democracia (AJD), Kenarik Boujikian Felippe, para a resposta das forças de segurança à onda de violência no Rio de Janeiro. A magistrada, que é titular da 16ª Vara Criminal de São Paulo, considera equivocada a maneira como o tráfico de drogas está sendo combatido. Para ela, só a base da pirâmide está sendo atingida.

"O que se vê é a prisão dos pequenos. Para se ter um efeito real, é preciso combater os que estão lá em cima. Os de baixo são substituíveis", afirma, destacando que "a ponta de cima" é o empresário que ganha muito dinheiro com o tráfico. "Esse é intocável".

A juíza condena ainda os casos de violação de direitos humanos que começam a vir à tona após as ocupações, sobretudo, do Complexo do Alemão, e o tratamento que parte da imprensa tem dado às operações policiais. Os dois assuntos foram alvos de críticas da AJD, que, no início da semana, divulgou nota repudiando "a naturalização da violência ilegítima como forma de contenção ou extermínio da população indesejada e também com a abordagem dada aos acontecimentos por parcela dos meios de comunicação de massa que, por vezes, desconsidera a complexidade do problema social, como também se mostra distanciada dos valores próprios de uma ordem legal-constitucional".

- O papel da imprensa é trazer dados, informações para que as pessoas reflitam. Se você não mostra os fatos sob o ângulo da violação - que, infelizmente, está acontecendo -, se você vende uma imagem de que aquilo é uma solução, faz um desserviço.

Confira a entrevista.

Terra Magazine - Porque a AJD decidiu se manifestar?
Kenarik Boujikian Felippe - Em razão de seus propósitos institucionais. Só tem sentido a associação se manifestar nesse contexto. Entre as finalidades da associação, uma organização de juízes criada em 1991, está a questão dos valores do Estado Democrático de Direito. Foi dentro dessa perspectiva que a gente resolveu se manifestar. Em razão ainda de o problema não ser um fato novo. Há alguns anos, o Exército ocupou os morros no Rio de Janeiro. Naquela época, a associação se manifestou, tendo em vista que havia um desvirtuamento da função do Exército.
Hoje, há uma nova coloração, outros envolvidos, alguns fatos se alteraram. A associação não pode ver violações de direitos ocorrendo - e que isso possa ser encarado de forma positiva, como a imprensa tem mostrado -, e não fazer nada.
Na verdade, é necessário que o Estado cumpra seus papéis. É necessário que ele garanta os direitos fundamentais, e a segurança pública é um direito fundamental. Só que isso deve ser garantido sem que se cometam violações.

Na nota, a associação critica a atuação de parte da imprensa. O argumento é que estaria omitindo a violência policial.
Estão omitindo e não estão trazendo uma reflexão sobre os fatos. O papel da imprensa é trazer dados, informações para que as pessoas reflitam. Se você não mostra os fatos sob o ângulo da violação - que, infelizmente, está acontecendo -, se você vende uma imagem de que aquilo é uma solução, faz um desserviço.

A que a senhora se refere exatamente?
Em síntese, o que a imprensa está noticiando é que isso (Estado policial) vai resolver o grande problema que existe no Rio. E é uma situação mais complexa, que não vai se solucionar com a entrada da polícia, do Exército, da Aeronáutica e o que mais seja. Tem que haver um projeto de país, de comunidade, de estado, de município e o que existe é uma verdadeira enganação. E a imprensa está corroborando para isso, ao invés de ajudar a melhorar a situação, ajudar a resolver efetivamente o problema grave que existe no Rio e que tem uma população que está submetida à violência do Estado, submetida à violência das milícias e de pessoas envolvidas no mundo da criminalidade... A população é quem sofre e vai continuar sofrendo e o problema não vai se resolver.
Ou o Estado "ocupa" aquele território, e ocupar não significa colocar um imóvel onde vão ficar policiais. Ocupar no que diz respeito à função própria do Estado: colocar vários postos de saúde, urbanizar, cuidar do saneamento básico. Isso é uma coisa que leva tempo.
Fora isso, é preciso combater a criminalidade, mas de forma séria. O que se vê é a prisão dos pequenos. Para se ter um efeito real, é preciso combater os que estão lá em cima. Os de baixo são substituíveis.

Quando a senhora fala dos "que estão em cima" quer dizer aqueles que não vivem nas favelas, mas nas áreas nobres?
Que não vivem nos morros, mas ganham muito dinheiro com o tráfico de drogas. E onde está esse dinheiro? O tráfico é um mercado poderoso, mas não para aqueles que estão ali embaixo. São empregadinhos. E digo que são descartáveis. Hoje, são presos 100. Amanhã, entram mais 100. A polícia tem que agir, investigando de onde vem, para onde vai o dinheiro, qual é a fonte.

Então, na avaliação da senhora, o combate ao tráfico no Rio está sendo feito parcialmente, apenas de um lado?
Do lado mais baixo da pirâmide que envolve o tráfico. O que estão "lá embaixo" são o que chamamos de aviões, mulas, pequenos vendedores. A ponta de cima é o empresário que ganha muito dinheiro com isso. Esse é intocável. A imprensa não usa uma linha para sequer explicar e vende a ilusão para a população de que o problema está sendo resolvido.

Em relação às últimas operações policiais realizadas no Rio de Janeiro, quais os erros e acertos na avaliação da senhora?
Acertos? Sinceramente, não consigo enxergar os acertos. Não consigo enxergar que a violação de algum direito fundamental possa ser acerto. Eles partem de que pressuposto? Que os policiais podem invadir as casas. Meu Deus, não é possível! Ou respeitamos a Constituição ou não.

Na nota, a associação foi bem dura, ressaltando que, ao violar a ordem constitucional, o Estado perde a superioridade ética que o distingue do criminoso. Fica igualmente à margem.
Todos nós somos atingidos por isso. Quando abro uma exceção de violação de um direito, não estou violando só para aquele proprietário da casa na favela X, Y. Na verdade, a violação é de todos nós. Admito a violação, só que não podemos ser ingênuos de imaginar que esse Estado vai atingir outra população. A violação direta é só para um tipo de população, a mais pobre, a mais vulnerável. Vai me dizer que eles vão fazer alguma coisa do gênero em algum outro local? Não vão.
Vamos falar bem claramente: vão fazer uma busca e apreensão... Nem busca e apreensão. Vão simplesmente entrar na minha casa, derrubar a porta para ver se há alguma arma ou droga? Não vão fazer isso. Eu moro nos Jardins, aqui, em São Paulo. É seletivo. Então, "só pode ser o pobre o grande inimigo do Brasil", e as coisas não são assim. O que me incomoda muito é que a imprensa reforça uma ideia que não tem o mínimo de veracidade, o mínimo de racionalidade.

O que exatamente?
Toda essa política de que vão entrar lá (no Complexo do Alemão) e resolver o problema, sendo que ele continua. E não é só no Complexo do Alemão. Isso não é algo que se resolve a curto prazo. Uma investigação séria demanda um certo tempo, mas é necessário começar. Quem está ganhando tanto dinheiro com o tráfico?
Tem que haver essa vertente de polícia, de criminalidade. Acho que tem que haver mesmo, mas não nesse patamar que estão colocando, que é absurdamente ridículo. O problema não vai terminar nem diminuir. Estão vendendo uma imagem de que estão resolvendo o problema e é mentiroso isso.

Qual seria o caminho mais apropriado?
São dois caminhos básicos. De um lado, o Estado ocupa o território no sentido de fazer as políticas que lhe competem dentro daquela comunidade. Tem que ter uma cultura a ser criada e se cria essa cultura através da garantia dos direitos. Educação, saúde... Quando digo educação, refiro-me a um projeto para aqueles jovens. Qual expectativa que eles podem ter de trabalho? É preciso investir nisso. É uma algo a longo prazo, mas é preciso começar já. Estamos atrasados.
Ao mesmo tempo é preciso ter uma política referente à área criminal que seja efetiva. Hoje, eles podem prender mil. São pessoas consideradas socialmente descartáveis. Amanhã, haverá outros mil para fazer a mesma coisa. Agora, se você "quebrar" quem tem o dinheiro, quem está lucrando com isso, aí se pode haver outra perspectiva. O que me incomoda é que a política adotada não é séria e tem a seguinte caracterísitica: viola os direitos da Constituição.

Como a AJD está acompanhando as denúncias de violação aos direitos humanos nas favelas ocupadas pelas forças policiais?
Agora é que elas estão começando a aparecer. Na verdade, a imprensa ficou vários dias jogando confete para as ilegalidades. Lá no Rio, há várias organizações que estão começando a receber uma série de informações. Não dá para desconsiderar toda essa realidade. É preciso que se dê andamento. Até no Judiciário mesmo.

Juíza: Operação no Alemão é "verdadeira enganação"

Ana Cláudia Barros - Terra magazine

"Uma verdadeira enganação". Esta foi a definição encontrada pela secretária do Conselho Executivo da Associação de Juízes para a Democracia (AJD), Kenarik Boujikian Felippe, para a resposta das forças de segurança à onda de violência no Rio de Janeiro. A magistrada, que é titular da 16ª Vara Criminal de São Paulo, considera equivocada a maneira como o tráfico de drogas está sendo combatido. Para ela, só a base da pirâmide está sendo atingida.

"O que se vê é a prisão dos pequenos. Para se ter um efeito real, é preciso combater os que estão lá em cima. Os de baixo são substituíveis", afirma, destacando que "a ponta de cima" é o empresário que ganha muito dinheiro com o tráfico. "Esse é intocável".

A juíza condena ainda os casos de violação de direitos humanos que começam a vir à tona após as ocupações, sobretudo, do Complexo do Alemão, e o tratamento que parte da imprensa tem dado às operações policiais. Os dois assuntos foram alvos de críticas da AJD, que, no início da semana, divulgou nota repudiando "a naturalização da violência ilegítima como forma de contenção ou extermínio da população indesejada e também com a abordagem dada aos acontecimentos por parcela dos meios de comunicação de massa que, por vezes, desconsidera a complexidade do problema social, como também se mostra distanciada dos valores próprios de uma ordem legal-constitucional".

- O papel da imprensa é trazer dados, informações para que as pessoas reflitam. Se você não mostra os fatos sob o ângulo da violação - que, infelizmente, está acontecendo -, se você vende uma imagem de que aquilo é uma solução, faz um desserviço.

PRÉ-GOVERNO DILMA Meio bilhão para comprar o Vassourão de Dilma

Estão negociando a compra de um novo avião para a presidenta. O modelo escolhido é quase cinco vezes o que custou o AeroLula. Depois falam em cortes de gastos ameçam volta com a CPMF, fazer uma reforma da previdência, não dá aumento aos funcinários públicos e negam um teto salarial federal digno para os policiais e bombeiros militare

Postado por Toinho de Passira
Fontes: Dois em Cena, O Globo, Poder Aéreo, Blog de Sonia Racy

Dilma mandou comprar um avião novo e Lula já se pronunciou favorável, dizendo que o Brasil “passa humilhação” lá fora com seu avião presidencial de R$ 98 milhões. O site poder aéreo diz que as negociações para a compra começaram antes das eleições, desde setembro desse ano.

O avião usado por Lula, comprado em 2005, mais conhecido por Aerolula, é uma luxuosa e personalizada versão executiva do Airbus-319. Tem 12 horas de autonomia de vôo (8.500 km). Segundo Lula, isso é uma vergonha porque o avião tem que fazer várias escalas em viagens de longa distância.

Isso é uma justificativa ridícula. Com 12 horas de autonomia de vôo, um avião partindo de Brasília, alcança Bruxelas, o centro da Europa, e Toronto no Canadá, no extremo do continente americano. Apenas para outros destinos mais distantes, seria necessária uma escala.

O novo avião que pretendem comprar, teria 18 horas de autonomia, o que não evitaria pelo menos uma escala técnica, para um vôo, por exemplo, para Tóquio, um dos destinos mais distantes do nosso país, que pode levar até 22 horas.

Apenas pelo pequeno inconveniente de poucas escalas, o um governo que fala em economia, e precisa fazer cortes em gastos públicos, vai gastar algo como meio bilhão de reais, para adquirir uma nova aeronave.

No que se fala o avião pretendida para ser o “Vassourão” de Dilma seria o Airbus A340 VIP, de 80 passageiros, com um interior exclusivo.

Por outro lado, a equipe de transição não perdeu tempo, como o novo avião pode demorar, mandou comprar para o avião presidencial, todo um novo enxoval que irá servir a nova presidenta. Foram adquiridos 16 jogos de lençóis 600 fios, metade de cetim e os demais em seda, colchas matelassê 400 fios e para as suítes, 12 toalhas de rosto com fios egípcios e mais 12 toalhas de banho 600 fios em cetim.

Perguntamos: Por que esse pessoal não usa toalhas e lençóis comuns? Esse fios egípcios são para renovar as ataduras da múmia Dilma? Como será o papel higiênico do avião presidencial? Será aquela que contém vitamina E, óleo de amêndoa com pêssego, que vitamina o ... do usuário?

Isso é que eles chamavam, durante as eleições, de continuidade do Governo Lula.

Mentiu que era doutor. Agora é o "cara" que vai mandar na pesquisa no Brasil. Somos um país de mentira.



Na campanha eleitoral de 2006, Aloizio Mercadante mentiu descaradamente que era doutor pela Unicamp. Assim como Dilma Rousseff vinha mentindo que possuía mestrado e doutorado na mesma universidade. Uma passada na Plataforma Lattes, a grande ferramenta de busca da academia, bastou para desmascarar os currículos dos dois estelionatários acadêmicos. Agora Mercadante está cotado para assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia. Este ministério engloba o CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que centraliza a distribuição de verbas de pesquisa para mestres e...doutores. Este órgão também faz a gestão da Plataforma Lattes, onde Mercadante "aplicava" que tinha doutorado. Dilma continua com o seu currículo publicado e corrigido. Mercadante tirou do ar. Agora Mercadante será o "cara" da pesquisa no Brasil. Somos um país de mentira.

Enfim, juntos.

Helena Chagas, a jornalista que mandou o recado para Antônio Palocci que o caseiro Francenildo tinha recebido uma bolada de dinheiro, precipitando a quebra do seu sigilo bancário por ordem do ex-ministro da Fazenda, foi convidada para ser a nova ministra da Secretaria de Comunicação Social. Um dia ,Helena Chagas entregou uma informação privilegiada para Palocci, para livrá-lo da acusação de que frequentava a mansão de Mary Jeane Corner. Hoje está recebendo o devido reconhecimento e, nas reuniões ministeriais do governo Dilma, vai sentar lado a lado com Palocci. Darão boas risadas sobre o tema que, à època, precipitou a saída da jornalista de O Globo e custou a queda e desgraça do ministro. Estão todos reabilitados. Menos o Francenildo que ainda luta para ter uma indenização à altura do crime cometido contra ele.
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Oposição na sociedade civil organiza rede anti-PT

Já saiu a primeira reunião de uma frente ampla criada por 13 intelectuais, jornalistas, políticos, profissionais liberais, estudantes e empresários gaúchos, que estão inconformados com a paralisia da oposição durante e depois da campanha eleitoral e decidiram criar um instituto para avivar on line a defesa das liberdades política e econômica no Brasil, promovendo imediatas respostas às tentativas de implementação de discurso único totalitário, liderado pelo PT em Brasília e em Porto Alegre. A maior parte dos membros do instituto participou ativamente da luta política pelo restabelecimento da democracia no País e considera que ela está ameaçada, com ações e discursos que agora também atacam a liberdade econômica, mas principiaram por restrições à liberdade de imprensa - à liberdade de expressão. O novo governo do PT tenta consolidar o modelo de uma espécie de PRI brasileiro, perpetuando-se no Poder.

. O editor chama a atenção para o fato de que nas eleições deste ano, as manifestações da sociedade civil não se limitaram aos questionamentos religiosos - os valores sociais - mas se expressaram no resultado das urnas. A candidta de Lula obtete 55,6 milhões de votos, mas Serra, com adesões expontâneas e apenas inevitáveis, conseguiu 43,7 milhões de votos, 2,5 milhões de eleitores votaram em branco e a impressionante soma de 29,2 milhões de eleitores preferiram não votar. Isto significa que 76,5 milhões de eleitores brasileiros não votaram em Dilma Roussef, contra 55,7 milhões que ficaram com ela.

. A frente ampla é aberta a novas adesões, quer novas conexões em redes nacional e internacional e se coloca a serviço de toda a oposição gaúcha e brasileira.

. O mais provável é que a organização que se forma em rede, venha a adotar o nome do Instituto Brasileiro da Causa Pública.

. O editor é um dos signatários do manifesto de fundação, que será discutido e votado no dia 22 de dezembro em Porto Alegre.

Bofetada na cara do país.

Do Painel da Folha:

Medalha no peito Não obstante a crise do banco PanAmericano, Lula resolveu agraciar o empresário Silvio Santos com a Ordem do Mérito do Trabalho Getúlio Vargas no grau de grã-cruz. O vice José Alencar e o maestro Isaac Karabtchevsky receberam a mesma distinção.
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Como é bondosa a Renata, a Lo Prete, editora da coluna. Crise do banco Panamericano? Crise? O Tesouro coloca R$ 3,2 bilhões em um banco falido e o dono ainda ganha medalha do Presidente da República? Isso é uma "crise"? Deveriam ganhar um par de algemas. Os dois.