sábado, 27 de novembro de 2010

Rio pega fogo. Dilma mergulha na piscina da covardia.

sábado, 27 de novembro de 2010

Não se combate um sistema criminoso enraizado no Estado com um punhado de operações policiais estoicas. Na Itália, a operação Mãos Limpas parou o país. No Brasil, o governo federal sequer se envolve. No máximo, tem espasmos de solidariedade e empresta umas tropas para o teatro de operações.

A pouco mais de um mês de sua posse, a presidente eleita não dá uma palavra sobre a guerra. Parece estar preparando a transição para governar a Noruega.

Possivelmente Dilma Rousseff esteja sendo orientada por seus marqueteiros a ficar longe das chamas do Rio. É o que os especialistas chamam de “evitar o desgaste”. Enquanto o Rio pega fogo, ela prefere discutir a cor das cortinas do Palácio Alvorada.
O Rio deve ter cerca de 500 mil bandidos perigosos. Até agora, nem 50 foram presos. Há que se perguntar: a guerra contra o tráfico de fato começou?

Há que se refletir: A elite do Rio (e do Brasil) segura os pobres retidos nos morros comprando-lhes drogas. Os traficantes fazem uma espécie de divisão do lucro, prestando pequenos favores.
Pois cabe perguntar: essa turma nova que mora no morro vai se contentar com um bolsa família, como acontece com o pobre que mora na chapada do Araripe? Lá no morro, 100 Reais não paga sequer a conta de telefone, que dirá a passagem de ônibus para trabalhar ou estudar. Portanto, além de expulsar traficantes dos morros, prendê-los antes que tomem conta de outras cidades e controlar a entrada de drogas nas fronteiras, o governo terá que encontrar uma outra fonte de renda para a população desempregada e desamparada.
Um bom começo é cortar a bolsa banqueiro, que manda para fora do país mais de 200 bilhões de Dólares por ano.
Para uma coisa a Copa do Mundo e as Olimpíadas vão servir: para mostrar ao brasileiro a verdade sobre o Brasil. Uma verdade que a imprensa tentou esconder, a custa de anúncios milionários de obras inexistentes, para proteger um governo corrupto e inoperante, que passou a mão na cabeça dos bandidos de Brasília e de todos os morros.
Acabamos de ficar sabendo que quase 13 milhões de brasileiros estão passando fome. A informação é do IBGE. Pena que não disseram isso antes da eleição. Mas não acredito no IBGE. Essa informação é mentirosa. Visa tão somente dar munição a Dilma, para inventar novos gráficos de falsa redução da pobreza no seu primeiro ano de governo. Salve essa postagem e em dezembro de 2011 volte a ler, confrontando com as notícias plantadas pelo Planalto.
Postado por MEU ARARIPE às 15:22

SERÁ QUE ALGUM PETRALHA RESPONDE ISTO?

Uma última interrogação intriga milhões de habitantes da zona conflagrada. O presidente autopromovido a Pacificador do Universo já se ofereceu para resolver a crise do Oriente Médio e para reaproximar o Irâ atômico do resto do mundo. O que é que há com Lula que não se oferece para acabar com a batalha do Rio?
O QUE ACONTECE NO RIO É UM DOS MUITOS EXEMPLOS DE QUE O ESTADO

VIROU O NINHO DE UMA BURGUESIA CALHORDA QUE MANIPULA OS MENOS

FAVORECIDOS, ASSALTA A CLASSE MÉDIA E PROTEGE OS RICOS QUE VIRARAM

LACAIOS DAS OLIGARQUIAS POLÍTICAS PROSTITUÍDAS.

GERALDO ALMENDRA
Por Augusto Nunes - Veja Online


Ao longo da campanha eleitoral, Dilma Rousseff recitou a cada comício, debate ou entrevista que faltava pouco para que o sistema de segurança pública, a exemplo do que ocorreu na área da saúde, chegasse à perfeição. Graças ao padrinho, garantiu a afilhada, nem teria muita coisa a fazer depois de eleita. Nos últimos oito anos, a violência dos tempos de FHC foi progressivamente substituída pela paz da Era Lula. Ponto para o estadista que encarou a herança maldita.



No meio da discurseira, aparecia inevitavelmente o exemplo do Rio. Com a disseminação das Unidades de Polícia Pacificadora, as miraculosas UPPs, o companheiro Sérgio Cabral concluíra a façanha histórica iniciada pelo PAC e consolidada pela popularidade de Lula. Nem o mais insensato comandante do narcotráfico ousaria enfrentar os 80% do maior dos governantes desde Tomé de Souza.



Dado o aviso, Dilma sacava do coldre imaginário o trabuco com a bala de prata: se alguma facção do crime organizado tentasse conflagrar os morros cariocas, o Mestre não hesitaria em mobilizar a temível Força Nacional de Segurança Pública. Por que o exército medonho até hoje não foi visto em ação? “Porque o governo de São Paulo não quis”, repete Lula desde 2006, quando a capital do Estado administrado pelo PSDB foi convulsionada por sangrentos ataques simultâneos do PCC.
Em campanha pela reeleição, Lula Tarso Genro, comandante da tropa fantasma, baixaram em São Paulo para informar que poderiam sufocar a rebelião em quatro ou cinco horas. Bastava uma solicitação formal do governador. Pena que os tucanos paulistas teimaram em ignorar o bom exemplo dos companheiros cariocas, suspirava Lula antes que a Guerra do Rio recrudescesse com dimensões apavorantes.



Até o começo da semana, o presidente e a sucessora sustentaram que a aliança entre os governos federal e estadual era suficiente para matar no nascedouro qualquer ofensiva do narcotráfico. Nesta quinta-feira, dois telefonemas reduziram a farrapos outra fantasia do Brasil do faz-de-conta. Depois de alguns dias de sumiço, Lula e Dilma ligaram para conversar com Sérgio Cabral sobre o drama que apavora o Rio e assombra o país. Nem o atual nem a futora presidente ofereceram a ajuda da Força Nacional. Ofereceram votos de solidariedade.

O exército fantasma do Planalto só entra em combate na guerra eleitoral.

Até o começo da semana, o presidente e a sucessora sustentaram que a aliança entre os governos federal e estadual era suficiente para matar no nascedouro qualquer ofensiva do narcotráfico. Nesta quinta-feira, dois telefonemas reduziram a farrapos outra fantasia do Brasil do faz-de-conta. Depois de alguns dias de sumiço, Lula e Dilma ligaram para conversar com Sérgio Cabral sobre o drama que apavora o Rio e assombra o país. Nem o atual nem a futora presidente ofereceram a ajuda da Força Nacional. Ofereceram votos de solidariedade.

O exército fantasma do Planalto só entra em combate na guerra eleitoral.

O estelionato da fome zero.

Na tentativa de minimizar um dado grave, gravíssimo, vergonhoso, criminoso, que só aparece depois das eleições, um petralha do Ministério do do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, tenta justificar dizendo que o Brasil ter quase 12 milhões de brasileiros famintos, em insegurança alimentar,é um problema que aparece até mesmo nos Estados Unidos, mas que estamos muito melhor do que o México. A pergunta é: e nós com isso? O Lula e a Dilma não passaram toda a campanha eleitoral dizendo que tiraram 30 milhões da miséria? Como é que agora são apenas 3,7 milhões que deixaram de passar fome nos últimos 5 anos? Leiam com atenção a matéria do Estadão. É só clicar na imagem para ampliar.

RIO - Pelo menos 11,2 milhões de brasileiros passavam fome ou estavam sob risco iminente de não poder comer por falta de dinheiro, aponta o IBGE no estudo Segurança Alimentar, com dados de 2009. Na primeira edição da pesquisa, em 2004, o número era de 14,9 milhões. São 3,7 milhões de pessoas a menos em "situação de insegurança alimentar grave", uma queda de 24,8% em cinco anos. No período, a população do País aumentou 5,5%.

O estudo divulgado nesta sexta-feira, 26, foi feito em convênio com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Para o IBGE, o impacto do Bolsa-Família foi o principal fator para a redução do número de brasileiros que passam fome. O aumento do salário mínimo seria o segundo motivo.

"A queda foi muito importante, mas ainda há 11,2 milhões de pessoas que precisam ser vistas e cuidadas", diz a gerente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, Maria Lucia Vieira. "O objetivo é eliminar essa preocupação".

O secretário executivo do ministério, Rômulo Paes de Sousa, avalia que "o ganho foi excepcional para um período tão curto". Segundo ele, o objetivo do governo é acabar com a fome no País, mas a "supressão completa desse temor leva tempo". Para Sousa, a permanência de mais de 11 milhões de pessoas na situação grave deve ser relativizada. "A questão da insegurança alimentar aparece inclusive no país mais rico do mundo, os Estados Unidos", afirma. "Quando comparamos o Brasil com países que têm economia semelhante e investimento também em política social, como o México, a nossa situação é muito mais favorável", argumenta.

Segundo a pesquisa, apenas 65,8% dos brasileiros estavam em condição de segurança alimentar em 2009, ante 60,1% em 2004. Ou seja, no ano passado mais de um terço da população (34,2%) estava em situação de insegurança. São pessoas que apresentavam alguma restrição alimentar ou, pelo menos, preocupação com a possibilidade de ocorrer restrição por falta de dinheiro para comprar comida. Esse grupo se dividia em três categorias: 20,9% com insegurança leve, 7,4% com moderada e 5,8% na situação grave (11,2 milhões de pessoas). Do total na última classificação, 1 milhão eram crianças de 0 a 4 anos. Em 2004, a situação grave atingia 8,2% da população.

O representante do ministério citou dados do México para afirmar que, lá, 62% encontram-se em situação de insegurança alimentar (leve, moderada e grave). "Nos EUA, a insegurança alimentar moderada e grave era de 5,7% em 2008, antes da crise", afirma Rômulo. "A informação que temos é que a situação piorou em função da crise, por causa do aumento do desemprego."

O IBGE aponta forte associação entre condição alimentar e rendimento das famílias: 58,3% dos domicílios do País na situação de insegurança moderada ou grave tinham até meio salário mínimo per capita ou nenhum rendimento. O estudo também mostra que os porcentuais de insegurança alimentar são mais altos nos domicílios com maior densidade por dormitório.

A gerente da pesquisa ressalta que a redução ocorreu principalmente nos domicílios onde havia crianças, na região Nordeste e na área rural. "O foco do Bolsa Família são domicílios com limitação de renda e com crianças", explica ela. "Se o programa social estiver sendo encaminhado adequadamente, o impacto deve ter sido até mais importante do que o do salário mínimo", diz Maria Lucia.

O IBGE aplicou um questionário com 14 perguntas sobre insegurança alimentar nos domicílios investigados na Pnad. As respostas foram dadas com base na experiência dos entrevistados nos três meses anteriores. Não foi calculado, porém, o porcentual de famílias com insegurança alimentar que eram atendidas pelo Bolsa Família em 2009.

Revisão

O diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Francisco Menezes, defendeu uma "revisão permanente" do benefício do programa. "Acho que o Bolsa Família teve papel grande, porque existem famílias que não têm renda ou ela é muito baixa. Nesse sentido, está bem focado. Mas hoje o valor médio transferido é de até R$ 94, ainda abaixo da linha de pobreza extrema", avalia.

"Defendo uma revisão permanente. Hoje, isso ocorre às vezes. Deveria ser tal como é com salário mínimo, a cada ano. Ainda não é suficiente, mas ajuda muito." Para Menezes, o resultado do estudo mostra que o "progresso foi muito significativo, porque não é fácil fazer a redução".

"Vejo com esperança quando a presidente eleita diz que o foco principal dela vai ser enfrentar a pobreza extrema. Isso é factível, mas vai exigir não só continuidade dessas políticas como capacidade de integração cada vez maior para que se possa de fato erradicar a insegurança alimentar grave".